Duas publicações marcam o dia no calendário de hoje no Brasil: a do IBC-Br, índice considerado prévia do Produto Interno Bruto (PIB), e a do Boletim Focus, publicado semanalmente com a colaboração de mais de 100 instituições financeiras. Ambas as publicações são feitas pelo Banco Central (BC).
Hoje marca o último dia antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para acontecer nos dias 15 e 16 de junho.
Confira as importantes publicações que são consideradas como termômetros da economia brasileira:
IBC-Br
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 0,44% em abril na comparação com março. Comparado com abril do ano passado, a alta é de 15,92%.
A alta severa na variação anual é explicada pela pandemia de COVID-19, que já tinha provocado medidas de restrição no 4º mês do ano.
Na soma de 12 meses, o índice apresenta queda de 1,2%. Em 2021, a alta acumulada é de 4,77%.
Embora o índice seja considerado uma prévia do PIB, o número não deve ser interpretado como um resultado a ser esperado pelos dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IBC-Br serve para a tomada de medidas em curto prazo, e não necessariamente reflete no resultado oficial do PIB.
Saiba mais
Boletim Focus
Publicado às 8h25, o Boletim Focus indica que a inflação brasileira pode acelerar de maneira mais grave. Segundo a análise das instituições financeiras, o IPCA deve terminar o ano em 5,82%, passando do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 5,25%.
Comparado com os dados da semana passada, as projeções para o IPCA subiram em 0,38%.
Os números acendem um alerta sobre a escalada acelerada nos preços, que é impulsionada também pela crise hídrica que afeta o sudeste e centro-oeste do país. Em maio, a inflação brasileira fechou em 0,83%.
Uma das ferramentas mais importantes de controle da inflação é a meta Selic, os juros básicos do Brasil. Ela é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), podendo aumentar ou diminuir de acordo com os resultados econômicos.
A expectativa do mercado é que o Copom aumente nesta semana a meta Selic, que está em 3,5% hoje.
As projeções corroboram com as apostas no Boletim Focus. De acordo com as instituições financeiras, a Selic deve ir a 6,25% até o fim do ano.
Outro índice que sofreu grandes variações no boletim é o Produto Interno Bruto (PIB). As análises subiram as projeções para 4,85%, uma variação de 0,49% comparado com o boletim da semana passada.
Na soma mensal, o boletim aumentou suas projeções para o PIB em 1,40%.
Quanto ao câmbio, o boletim indica que o dólar deve terminar o ano em R$ 5,18, uma queda de R$ 0,12 comparado com a semana passada.