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As falas do diretor-geral do ONS emitem um alerta quanto à crise hídrica brasileira. Além da conta de luz mais cara para o brasileiro, ela pode interromper a tendência de uma boa recuperação econômica do país, prejudicando inclusive o Produto Interno Bruto (PIB).

O Brasil passou da marca de 500 mil mortos pela COVID-19 no fim de semana. Com a média móvel ficando em níveis altos, há a preocupação de uma possível terceira onda da pandemia.

Quanto a agenda do dia, o destaque no Brasil fica para a publicação do Boletim Focus pelo Banco Central (BC). Além disso, investidores estão de olho no discurso de Christine Lagarde, do BCE.

Após o sell-off na sexta-feira (18), as bolsas europeias iniciaram a manhã registrando ganhos magros. Na Ásia, o mercado fechou registrando quedas nos principais índices.

Esses e outros destaques você confere agora.

ONS: RESERVATÓRIOS VÃO CHEGAR A 10% DA CAPACIDADE

Segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste devem chegar a 10,3% em novembro, o pior resultado em 20 anos.

Para a ONS, o cenário é “preocupante”. Os reservatórios dessas regiões são responsáveis por 70% da geração de energia elétrica do país.

“Com as ações que propomos e estamos realizando, a gente consegue chegar em 10,3%, que ainda é um nível preocupante, mas que nós não teremos nenhum problema de energia ou de potência ao final de novembro de 2021” disse o diretor-geral do ONS durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados.

Novembro deve marcar o fim da estiagem, normalizando os níveis das águas. Até lá, porém, além dos riscos de apagões e racionamentos, a conta de luz do brasileiro pode ficar mais cara.

O governo federal já autorizou o uso de usinas termelétricas para suprir a demanda sem contrato vigente de comercialização de energia. Como a energia gerada por esse tipo de usina costuma ser mais cara, ela deve ser sentida nas contas de luz da população.

A crise hídrica pode afetar inclusive a indústria, que deve além de pagar mais caro pela energia elétrica, sofrer riscos de racionamento.

Por isso, muitos consideram a crise de energia como um fator que pode prejudicar o crescimento da economia brasileira em 2021, além de provocar altas mais acentuadas na inflação.

BRASIL PASSA DA MARCA DE 500 MIL MORTOS POR COVID-19

No fim de semana, o Brasil passou a triste marca de meio milhão de mortos pela COVID-19. Com 502.086 óbitos confirmados e média móvel ficando em 2.063 no domingo (20), sobe o alerta para uma possível terceira onda da pandemia.

Óbitos diários no Brasil. Fonte: WorldoMeters

Os altos números são provocados pela flexibilização das medidas sanitárias, além do atraso da vacinação em massa.

Atualmente, 88.570.223 doses de vacinas foram administradas no país. Destas, 24.470.884 representam a segunda dose de um dos imunizantes distribuídos nacionalmente, representando 11.56% da população.


Saiba mais

Efeito cascata: entenda como a retomada econômica brasileira pode ser prejudicada pelos efeitos inflacionários da crise hídrica


AGENDA

O dia deve ser parado no calendário econômico. O destaque para o Brasil é a publicação do Boletim Focus às 8h25, contando com diversas projeções para a economia brasileira. O boletim é publicado pelo Banco Central (BC) com a colaboração de mais de 100 instituições financeiras.

Uma reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN) está marcada para acontecer às 15h, com participação do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Às 7h, o Banco Central da Alemanha (Bundesbank) publicou seu relatório mensal, contando com projeções econômicas e definição de políticas monetárias.

Na Zona do Euro às 9h30, Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (ECB em inglês) deve discursar.

Às 16h30 nos Estados Unidos, posições líquidas de especuladores para a soja, trigo, alumínio, cobre, ouro, petróleo, gás natural, Nasdaq 100 e S&P 500 são publicados no relatório da CFTC.

BOLSAS E CÂMBIO

Mesmo com quedas nos índices asiáticos, os índices europeus iniciam a manhã de forma positiva.

Os índices também seguem uma tendência de queda provocada pela alta fraca das commodities, esfriando o mercado.

Às 8h da manhã:

  • STOXX 600 (STOXX): +0,35%, indo a 453,63 pontos
  • DAX (GDAXI): +0,69%, indo a 15.554,95 pontos
  • FTSE 100 (FTSE): +0,10%, indo a 7.024,70 pontos
  • CAC 40 (FCHI): +0,22%, indo a 6.583,62 pontos
  • FTSE MIB (FTMIB): +0,38%, indo a 25.313,50 pontos

Após o sell-off em Wall Street na sexta-feira (18), os índices asiáticos fecharam a segunda-feira registrando quedas nos principais índices.

  • Hang Seng (HK50): -0,96%, indo a 28.478,00 pontos
  • KOSPI (KS11): -0,83%, indo a 3.240,79 pontos 
  • Shanghai Composto (SSEC): +0,12%, indo a 3.529,18 pontos
  • Nikkei 225 (N225): -3,29%, indo a 28.010,93 pontos
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -0,24%, indo a 5.090,39 pontos 

Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados positivos:

  • Nasdaq 100 Futuros: +0,45%, indo a 14.098,50 pontos
  • Dow Jones Futuros: -0,60%, indo a 33.353,50 pontos
  • S&P 500 Futuros: +0,45%, indo a 4.172,38 pontos

Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta segunda-feira (21):

  • Às 9h03, o Dólar subiu +0,16%, a R$ 5,07
  • Às 9h03, o Euro subiu +0,30%, a R$ 6,03

Foto: Reuters / Divulgação

Juan Tasso - Smart Money

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