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Desbancarização, desburocratização e simplificação de processos: XP e Messem surgem como alternativa para investidores PJ

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Quando se fala de assessoria de investimentos, muitas pessoas associam a atividade à assistência dada às pessoas físicas. O que muitas pessoas não sabem é que a ajuda de um agente autônomo de investimentos pode ser crucial para a saúde financeira de empresas.

Nessa semana, conversamos com Anderson Turchetti, head do setor de corporate* da Messem, sobre o papel de uma assessoria financeira no dia a dia de empresas. Segundo ele, a pessoa jurídica tem um fluxo de caixa mais “nervoso”, pois há necessidade sazonal de se ter reservas em conta para atender os seus compromissos.

“Pagar fornecedores, pagar funcionários, folha de pagamento, gastos extraordinários. A empresa precisa ter esse dinheiro em conta, e para isso a gente tem que ofertar no fluxo de caixa da companhia produtos com liquidez”, afirmou. “E quando a gente fala de investimentos para companhias, têm que entender o fluxo de caixa da companhia”.

De acordo com Turchetti, um assessor de investimentos precisa entender o calendário de despesas de uma empresa para melhor orientar o cliente de acordo com a liquidez necessária e/ou desejada. Além da análise do fluxo de caixa, é necessário analisar o CAPEX (capital destinado a investimentos de expansão) das empresas, para melhor adequar os produtos de acordo com o cliente.

“Olhando não somente o curto prazo, conseguindo analisar o CAPEX da companhia, os investimentos que a companhia precisa fazer ao longo de um período específico, a gente consegue também ofertar produtos onde a liquidez é menor. Porém, a gente consegue adequar os investimentos para uma tomada de crédito, por exemplo, sem que a empresa precise se descapitalizar”, apontou.

LINHAS DE CRÉDITO

Quando se fala em linhas de crédito, Turchetti destacou as principais diferenças entre as principais modalidades de linhas de crédito praticadas pelo mercado: crédito colaterizado, crédito monetizado e crédito via asset.

A esteira do crédito colaterizado, segundo Turchetti, se destaca pelas condições diferenciadas de pagamento para as empresas e também pela praticidade. O crédito colaterizado usa como garantia a carteira de investimentos da companhia, e o valor do crédito aprovado é feito a partir de uma análise dos ativos da mesma, sejam eles CDBs, cotas em fundos, entre outros.

“Quando a gente tá analisando o crédito, se analisa o risco de cada papel, se calcula o LTV, tecnicamente chamado de Loan-to-Value, e se dá uma nota de crédito para cada papel. Em contrapartida, o cliente deixa o dinheiro dele aplicado conosco e pode tomar um volume de crédito de até 60 meses com pagamento somente no final”, apontou.

Segundo Turchetti, o principal diferencial do crédito colaterizado disponibilizado via Banco XP é justamente a ausência de pagamento parcelado, com o cliente encarregado de pagar o valor principal do empréstimo e dos juros somente ao fim do prazo do mesmo. A partir do refinanciamento do IOF, Turchetti afirma que é possível evitar a descapitalização do cliente.

“Esse é o crédito colaterizado, é um crédito de até cinco anos onde o nosso cliente PJ pode pré-pagar essa operação a qualquer momento, com cálculo de juros pro rata”, apontou. Para ele, a outra grande vantagem do crédito colateralizado é a praticidade, pois o mesmo pode ser tomado de forma totalmente digital e com processo de aprovação bastante desburocratizado.

“Não existe uma análise de balanço da companhia, a gente não está analisando a capacidade de balanço da companhia, mas sim qual é o LTV da carteira de investimentos daquela companhia para se fazer o montante de crédito. Um exemplo: uma companhia tem aplicado R$ 1 milhão em CDBs da XP, esse mesmo montante pode se tornar R$ 950 mil de crédito colateralizado por cinco anos com pagamento final, num custo bastante diferenciado”.

O crédito colateralizado pode ser tomado a partir de assinaturas eletrônicas e o processo todo, segundo Turchetti, pode levar apenas 8 dias úteis.

A outra alternativa de crédito disponível para os clientes é o crédito monetizado. Essa modalidade é feita a partir da monetização de uma aplicação financeira, os Certificados de Operações Estruturadas (COEs). O prazo de 60 meses, segundo Turchetti, se mantém, assim como a possibilidade de refinanciamento dos juros e o pagamento único ao final do período de empréstimo.

A vantagem nesta modalidade é a baixa taxa de juros, que é a taxa Selic para o período da operação, “O cliente aplica num Certificado de Operações Estruturadas, em muitos casos garantindo a rentabilidade (real) do ativo. Em contrapartida, ele pode tomar uma operação de crédito por 60 meses bullet, pagamento somente em cinco anos, a taxa de juros Selic mais IOF.

Para Turchetti, o crédito monetizado é uma boa opção para empresas que buscam, além do crédito, uma rentabilização dos seus recursos. Isso tudo sem descapitalizar a empresa.

Além das duas esteiras principais, há ainda as linhas de crédito mais convencionais, que são voltadas para empresas com menor capacidade de ter grandes reservas de capital. No chamado crédito via asset, é feita a avaliação do balanço do cliente, avaliando a capacidade da companhia de repagar o possível crédito tomado.

“Nessa operação, o pagamento é parcelado. Diferente do Banco XP, onde a gente faz uma operação bullet, na asset se faz uma operação parcelada”, apontou. Nesta modalidade, é possível dar até seis meses de carência e um prazo de pagamento do empréstimo de até 36 meses.

O diferencial desta operação está nas garantias aceitas para a operação de empréstimo. “A gente trabalha com aval, aceita imóveis residenciais e comerciais como garantia e também duplicatas emitidas pela XP. Então a gente é mais flexível nas garantias, também aceitamos um pedaço de garantias em aplicações financeiras”, apontou. Segundo Turchetti, estas operações também são bastante rápidas, mas se diferenciam justamente pela exigência da análise de balanço.


Saiba mais

50 escritórios e R$ 100 bi em custódia: os planos da Messem Investimentos


O BANCO XP: DESBANCARIZAÇÃO, DESBUROCRATIZAÇÃO E SIMPLIFICAÇÃO DE PROCESSOS

Idealizado no final de 2019, o Banco XP é um dos novos players do mercado de bancos comerciais do Brasil. Ainda que obviamente seja uma instituição jovem, Turchetti destaca os três pilares que permeiam a atividade da empresa: desbancarização, desburocratização e simplificação de processos

Turchetti destaca que um dos objetivos do Banco XP e dos escritórios de investimento, como a Messem, é ajudar na descentralização

“Em uma pesquisa recente, publicada na semana passada, saiu a informação que 79% do crédito no país está concentrado nos cinco maiores bancos, então existe uma alta concentração de crédito bancário. Existe sim uma necessidade de uma desbancarização, ou seja, existem poucos bancos no país e grande concentração”, apontou. Um dos compromissos da nova instituição é justamente de se apresentar como uma alternativa realmente diferente para os clientes, com conversas e produtos diferenciados. 

“Hoje a empresa tá cansada de falar sempre com os mesmos bancos e falar sempre sobre os mesmos produtos. Então a gente tem levado uma conversa diferente para a companhia, levando possibilidades diferentes, conversado e simplificado a conversa de produtos tidos até então como estruturados no mercado financeiro. A gente tá desmistificando essa sopa de letrinhas do mercado financeiro, a gente quer se tornar um banco e uma corretora referência no que se diz respeito a operações de produtos PJ”.

Quanto à desburocratização, Turchetti cita que o objetivo é simplificar o acesso ao crédito, descomplicando termos comuns ao mercado financeiro e desfazendo a “sopa de letrinhas” citada anteriormente.

“A gente não tá falando aqui que essas coisas, que hoje são o coração do mercado financeiro, são ruins. A gente quer, na verdade, fazer diferente, mostrar para a companhia produtos e serviços que resultem em uma rentabilidade melhor para o caixa da companhia, índices de liquidez e índices de balanço melhores, reestruturar pagamentos”, apontou.

Por fim, Turchetti afirmou que os dois itens citados acima passam diretamente pela simplificação dos processos. Isso se alcança, por exemplo, a partir de assinaturas eletrônicas e da digitalização de documentos. “Tudo isso que a gente tá falando, de desbancarização, desburocratização, de nada adianta a gente se a gente não simplificar processos”, disse.

E esses pilares são o que, segundo Turchetti, guia a atuação da Messem e do Banco XP na área corporate. Para ele, a grande missão é “ajudar o empresário brasileiro a investir melhor, facilitar a vida do empreendedor e democratizar o acesso a crédito e ao mercado de capitais.”

*As soluções e serviços para empresas são ofertados pela Messem Corretora de Seguros Ltda., que está devidamente credenciada e autorizada a atuar junto à Superintendência de Seguros Privados, Susep (cód. 202046387).


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Guilherme Guerreiro

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