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Reforma Tributária: Planalto defende a ampliação da faixa de isenção do IRPF

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Em mais um capítulo da Reforma Tributária, uma sinalização direta do presidente Jair Bolsonaro indica uma ampliação da isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

Atualmente, a faixa de isenção do IRPF é de R$ 1.903,99. Segundo cálculos da equipe econômica para a Reforma Tributária, a avaliação da isenção do imposto estava em R$ 2.400, mas um pedido pessoal do Planalto quer que a equipe de Guedes estude uma isenção de R$ 2.500.

Outra proposta a ser analisada pelo governo é a redução de 25% para 20% a alíquota de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ). Setores empresariais já pressionam para que a redução aconteça de imediato, contra os estudos atuais do governo que avaliam uma redução em até dois anos.

A segunda fase da Reforma Tributária deve ser enviada na próxima quarta-feira (23) ao Congresso Nacional. Até lá, a equipe do ministério de Paulo Guedes deve analisar a nova sinalização do Planalto.

Para arcar com os custos da isenção do IRPF, a pasta da Economia avalia ampliar para 20% a alíquota da tributação sobre os lucros e dividendos. A proposta inicial era de 15%, que agora deve ser ampliada.

Assim, a tributação para os lucros e dividendos terá uma faixa de isenção de R$ 20 mil por mês (R$ 240 mil ao ano).

Segundo uma fonte do jornal UOL, também está em estudo a extinção dos pagamentos de juros sobre o capital próprio (JCP), ferramenta que as empresas usam para remunerar os acionistas.

Um assunto que parece ter sido abandonado pelo governo é a discussão sobre uma nova tributação sobre transações digitais, apelidada de “nova CPMF”. A nova tributação era uma ideia do ministro Paulo Guedes, mas aparentemente não passou pelo Planalto.


Saiba mais

Ministério da Economia avalia estabelecer uma faixa de isenção tributária para os dividendos em reforma do IR


Andamento da Reforma Tributária

Atualmente, a Reforma Tributária está fatiada, sendo avaliada por deputados na Câmara dos Deputados e pelos membros do Senado Federal. Na Câmara, a proposta que unifica os PIS e Cofins está travada, por enquanto sem a identificação de quem será o relator.

A ideia é que os demais projetos enviados por Paulo Guedes ao Congresso Nacional destravem as propostas. Mesmo assim, a equipe econômica já admitiu que a reforma tributária não deve acontecer de forma ampla, deixando de lado mudanças radicais para focar na simplificação de alíquotas.

A reforma tributária sofre críticas recorrentes por diversos setores por conta do fatiamento. Como os projetos devem ser analisados por ambas as casas do Congresso, corre o risco de aprovação de apenas parte do que está sendo previsto pela pasta da Economia. Isso pode acarretar em um aumento de tributação para a população brasileira.

Do ponto de vista do Planalto, a reforma tributária faz parte de uma lista de promessas feitas pela campanha do presidente. O andamento delas, das privatizações, foram travadas por conta da pandemia, conflitos internos no governo e instalação da CPI da Covid no Senado Federal.

Foto: Agência Brasil / Divulgação

Juan Tasso - Smart Money

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