A crise hídrica deve se agravar no mês de junho. É o que indica uma nota técnica do Operador Nacional do Sistema (ONS), que indica que os reservatórios vão ficar abaixo dos níveis registrados durante a crise de 2001.
Na Câmara, um “superpedido” de impeachment, que junta os outros 123, foi apresentado no Congresso Nacional por diversos parlamentares, partidos, lideranças e movimentos sociais.
A agenda do dia é marcada pela publicação do PMI Industrial de diversos países, como o Brasil, e dados sobre o desemprego nos Estados Unidos e Zona do Euro.
Com a publicação importante sobre a geração de emprego nas potências, as bolsas iniciaram a manhã na negativa.
Esses e outros destaques você confere agora.
CRISE HÍDRICA EM JULHO DEVE SER MAIS GRAVE QUE A DE 2001
Segundo o jornal Valor Econômico, os reservatórios do sudeste e centro-oeste do país devem chegar a 26,6% da capacidade no fim do mês de julho, ficando abaixo do nível dos reservatórios registrados durante a crise energética de 2001 na mesma data (26,8%).
A nota obtida pelo jornal vem do Operador Nacional do Sistema (ONS), e acende um alerta sobre o risco que o Brasil corre de sofrer apagões pela falta de abastecimento de energia elétrica. Apesar disso, vale lembrar que 85% da geração de energia elétrica na época FHC era proveniente das hidrelétricas. Hoje, é de 60%.
Para tentar suprir a demanda, o governo federal autorizou o acionamento de usinas termelétricas, que costumam ser mais caras que o padrão. O resultado disso é a aplicação da bandeira vermelha nível 2 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no mês de junho, seguida por um reajuste de 52% nos valores extras para julho.
Em um pronunciamento feito na segunda-feira (28), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, pediu por uso “consciente e responsável” por parte da população. Além disso, disse que o governo está promovendo um plano de racionamento voluntário com o setor industrial.
“Em parceria com a indústria, estamos finalizando o desenho de um programa voluntário que incentiva as empresas a deslocarem o consumo dos horários de maior demanda de energia para os horários de menor demanda, sem afetar a sua produção e o crescimento econômico do País”, disse o ministro.
“SUPERPEDIDO” DE IMPEACHMENT É APRESENTADO NA CÂMARA
Alianças de diversos partidos, movimentos sociais, coletivos e lideranças apresentaram nesta quarta-feira (30) o que está sendo chamado de “superpedido” de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. O texto tem 43 assinaturas de parlamentares.
O pedido junta os outros 123 pedidos em um único contando com mais de 23 crimes que teriam sido realizados pelo presidente da república. Entre eles, está a suposta prevaricação quanto ao caso da compra superfaturada da Covaxin.
“Na ocasião, os presentes compreenderam, de maneira uníssona, que a elaboração de uma única peça, que viesse a sintetizar as suas manifestações específicas, poderia ter o efeito de provocar a resposta há muito aguardada da presidência da Câmara dos Deputados, com a instauração, afinal, do competente processo de impeachment”, diz o texto apresentado.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que não deve acatar ao pedido.
“Até onde acompanhei na imprensa, o documento que foi protocolado hoje é uma reunião de outros pedidos de impeachment com o agregado dos depoimentos da CPI. Se esta é a novidade, o ideal é esperar o avanço da CPI que acontece na outra Casa para ver se há algo de verdade e contundente além dos depoimentos. Vamos aguardar os acontecimentos”, disse Lira.
Saiba mais
AGENDA
No Brasil, o destaque do dia fica para a publicação do Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) Industrial Markit referente ao mês de junho. O índice é publicado às 10h.
Às 15h, os dados da balança comercial do mês de junho são publicados pelo Ministério da Economia. Um pouco mais tarde, às 16h, o Índice de Evolução de Emprego do CAGED é publicado.
Pela madrugada, uma rodada de publicações do Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) Industrial marcou a agenda da Zona do Euro. Índice para a Zona do Euro ficou em 63,4, ficando acima dos valores registrados no mês anterior (63,1).
Na Espanha, o PMI industrial ficou em 60,4 em junho, um pouco acima do esperado por economistas e acima do valor registrado no mês anterior (59,4).
Na Itália, o PMI industrial ficou em 62,2 em junho, de acordo com as previsões e 0,01 ponto acima do valor registrado no mês anterior.
Na França, o PMI industrial ficou em 59,0, um pouco acima das previsões e 0,4 pontos abaixo do valor registrado no mês anterior.
Na Alemanha, o PMI industrial ficou em 65,1, acima das projeções, mas abaixo do registrado no mês anterior (64,4).
No Reino Unido, o PMI Industrial ficou abaixo do esperado e fechou em 63,9 pontos. No mês anterior, o índice havia ficado em 64,2.
Também é destaque na agenda a publicação da taxa de desemprego da Zona do Euro. O índice ficou em 7,9% no mês de maio. Embora tenha ficado 0,1 p.p. abaixo do previsto por economistas, é um avanço considerando os 8,1% registrados da taxa em abril.
Às 7h, foi realizada uma reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
Às 9h30 nos Estados Unidos, são publicados os pedidos iniciais de seguro-desemprego pelo Department of Labor. Caso fique de acordo com as previsões, o índice deve apresentar mais uma queda, seguindo a tendência iniciada no início do ano com a retomada da normalidade, vacinação em massa e planos fiscais que beneficiam a população.
Às 11h, é publicado nos Estados Unidos o Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) Industrial pelo institute for Supply Management (ISM).
BOLSAS E CÂMBIO
As bolsas europeias iniciam a manhã desta quinta-feira (01) de forma mista, com investidores de olho na publicação sobre a geração de emprego nos Estados Unidos e reagindo à taxa de desemprego da Zona do Euro.
A publicação deve indicar se o país está se recuperando de acordo com o previsto, ou se os efeitos inflacionários já pesam sobre a população. O receio de investidores é que o país aumente as taxas de juros básicos em um futuro próximo, esfriando o grande crescimento econômico promovido pelo país neste momento de pós-pandemia.
Além disso, os países ainda se preocupam com a nova onda de infecções por COVID-19 promovida pela variante delta do novo Coronavírus. Segundo recentes pesquisas, ela pode ser mais infecciosa e mortal que as demais, podendo provocar a aplicação de medidas de restrição.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,01%, indo a 452,90 pontos
- DAX (GDAXI): -0,11%, indo a 15.513,45 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +0,37%, indo a 7.063,75 pontos
- CAC 40 (FCHI): +0,00%, indo a 6.507,56 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): -0,16%, indo a 25.061,50 pontos
Na expectativa pela publicação dos dados sobre geração de emprego nos Estados Unidos, os índices asiáticos fecharam registrando perdas nos principais índices do continente.
Em Hong Kong, o mercado estava fechada para um feriado.
- Hang Seng (HK50): -0,57%, indo a 28.827,95 pontos
- KOSPI (KS11): -0,44%, indo a 3.282,06 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): -0,07%, indo a 3.588,78 pontos
- Nikkei 225 (N225): -0,29%, indo a 28.707,04 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,11%, indo a 5.229,66 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados mistos:
- Nasdaq 100 Futuros: -0,28%, indo a 14.508,75 pontos
- Dow Jones Futuros: +0,01%, indo a 34.404,00 pontos
- S&P 500 Futuros: –0,03%, indo a 4.287,12 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quinta-feira (01):
- Às 9h05, o Dólar caiu –0,45%, a R$ 4,95
- Às 9h05, o Euro caiu -0,24%, a R$ 5,89
Foto: Planalto / Divulgação
