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GIRO INTERNACIONAL: Tropas norte-americanas deixam base aérea de Bagram no Afeganistão; Vacina da Janssen é eficaz contra variante delta do novo coronavírus, afirma empresa; saiba mais sobre Google, Covid-19 na Europa e o mercado internacional

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TROPAS NORTE-AMERICANAS DEIXAM BASE AÉREA DE BAGRAM NO AFEGANISTÃO

Nesta sexta-feira (02), tropas norte-americanas se retiraram da principal base aérea do Afeganistão, na cidade de Bagram, cerca de 60 km da capital Cabul. A retirada dos soldados da base é considerada como um ponto final na Guerra do Afeganistão, o conflito armado mais duradouro da história dos EUA.

Principal base aérea em solo afegão, Bagram era a base logística da presença militar norte-americana no país. Tropas ainda estão presentes na capital afegã, de onde devem sair do local até o dia 11 de setembro deste ano.

O Taliban, grupo fundamentalista islâmico, comemorou a retirada das tropas norte-americanas da base em Bagram. “Consideramos esta retirada um passo positivo. Os afegãos podem ficar mais perto da estabilidade e da paz com a retirada total das forças estrangeiras”, afirmou à agência Reuters o porta-voz do Taliban, Zabihullah Mujahid.

A base de Bagram tem um longo histórico em conflitos armados. No final da década de 1970, foi usada pela União Soviética para organizar a ocupação do Afeganistão. Os soviéticos realizaram diversos investimentos na infraestrutura da base ao longo dos anos 1980, até a retirada da URSS do país.

Bagram ficou então sob controle do governo afegão até a ascensão do Taliban ao poder em 1999. Após os atendados de 11 de setembro de 2001, a base passou a ser controlada pelos EUA a partir da invasão do Afeganistão por uma coalizão internacional, sendo ocupada por soldados norte-americanos, da Otan e de empresas privadas.

VACINA DA JANSSEN É EFICAZ CONTRA VARIANTE DELTA DO NOVO CORONAVÍRUS, AFIRMA J&J

A Johnson & Johnson anunciou nesta quinta-feira (01) que a vacina da Janssen contra a covid-19 é eficaz contra a variante delta do novo coronavírus. O estudo foi feito pela própria empresa e ainda não foi certificado por outras entidades científicas ou agências reguladoras.

Segundo comunicado, o imunizante foi capaz de neutralizar a variante em oito pessoas vacinadas e acompanhadas pelo estudo. “Acreditamos que nossa vacina oferece proteção duradoura contra a Covid-19 e provoca uma atividade neutralizante contra a variante delta”, apontou Paul Stoffels, diretor científico da J&J.

A variante delta do novo coronavírus surgiu entre o final de 2020 e o início de 2021, foi descoberta na Índia e atualmente é a cepa predominante em diversos países. Mais contagiosa e letal entre as variantes do vírus, a “cepa indiana”.

A variante tem preocupado diversas nações, a medida que levou regiões da Europa a ter suas piores fases da pandemia recentemente. Moscou, capital da Rússia, registrou em junho deste ano números recordes de casos e mortes por Covid-19.

A vacina produzida pela Janssen, braço farmacêutico da J&J, é aplicada em dose única e já está sendo distribuída no Brasil. No fim do mês, o Ministério da Saúde efetuou a compra de um lote de 1,5 milhão de doses do imunizante com desconto de 25% da farmacêutica. A vacina da Janssen chegou ao Brasil terça-feira da semana passada, 22 de junho.

O Brasil comprou 38 milhões de doses da vacina da empresa norte-americana, que devem ser enviadas ao país até o final deste ano.

Vacinas com maior eficácia contra novas cepas, que devem continuar surgindo, tendem a receber maior aprovação da comunidade internacional e, consequentemente, vender melhor. Com a notícia da eficácia da vacina da Janssen contra a variante delta, as ações da Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) subiram 1,81% hoje, cotadas a US$ 168,98.

GOOGLE PODE ENFRENTAR PROCESSO POR GRAVAÇÕES ILEGAIS

Na noite desta quinta-feira, uma juíza distrital dos EUA afirmou que o Google deve enfrentar processo judicial por gravação e disseminação ilegal de conversas de usuários que acionaram o sistema de voz da empresa em seus smartphones.

A juíza Beth Labson Freeman permitiu que os reclamantes seguissem com as acusações contra a Google e a Alphabet, holding que controla a gigante de tecnologia. Segundo Freeman, o Google violou as leis de privacidade do estado da Califórnia.

Os reclamantes acusam o Google de gravar áudios sem autorização e de usar os mesmos para fazer propaganda direcionada aos usuários. O Google Assistant, presente em dispositivos Android e em diversos modelos de televisores e smart speakers, por exemplo, é programado para ser acionado com palavras chave, como “Ok Google”.

Segundo a juíza, no entanto, o contrato de privacidade de uso do assistente não informa suficientemente os usuários sobre a captação de áudios sem que o mesmo seja acionado pelos comandos definidos.

O processo coletivo contra a gigante da tecnologia busca indenização não definida para todos os compradores de dispositivos compatíveis com o assistente desde maio de 2016.


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COVID-19 AVANÇA NA EUROPA EM MEIO A ALERTA DA OMS

A medida que mais uma onda de Covid-19 se espalha pela Europa, governos e autoridades da área da saúde começam a entrar em conflito novamente no continente. Esta quinta-feira foi marcada por decisões questionáveis de governantes, contrariando novo alerta da OMS.

Pela primeira vez após 11 semanas, o número de casos da doença subiu na Europa. O diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), Hans Kluge, pediu cautela às nações do continente no afrouxamento das medidas de distanciamento social.

No mesmo dia, porém, passou a valer na União Europeia um certificado digital para facilitar a circulação de viajantes no continente. O documento digital oferece circulação livre entre os países do bloco cidadãos que comprovarem vacinação completa, recuperação de Covid-19 ou teste negativo para o novo coronavírus.

Existem, porém, exceções que vem causando discórdia entre os líderes das nações europeias. A Alemanha proibiu a entrada de viajantes vindos de Portugal, dada o surto da variante delta do vírus no país. Portugal, após pressão exercida pela premiê alemã Angela Merkel, passou também a exigir quarentena para viajantes vindos do Reino Unido.

Viajantes britânicos, inclusive, estão impedidos de entrar na maioria dos países da União Europeia. A Inglaterra foi o primeiro país do continente a registrar casos da variante delta do novo coronavírus, que teve os primeiros casos registrados na Índia e é mais contagioso e letal do que as demais cepas do vírus.

BOLSAS E CÂMBIO

Na Europa, as bolsas fecharam fora de sincronia. Com o avanço da Covid-19 no continente e a ansiedade pelo novo posicionamento do Banco Central Europeu, a volatilidade foi alta nesta sexta. Confira os números do mercado europeu:

  • STOXX 600 (STOXX): +0.25% (456,80)
  • DAX (GDAXI): +0.30% (15.650,09)
  • FTSE 100 (FTSE): -0.03% (7.123,27
  • CAC 40 (FCHI): -0.02% (6.552,86)
  • FTSE MIB (FTMIB): -0,01% (25.282,41)

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa hoje, com a repercussão negativa do discurso do presidente chinês, Xi Jinping, nas comemorações pelo centenário do Partido Comunista Chinês. A comunidade internacional, e o mercado, entenderam o discurso como um sinal de que o governo chinês aumentará os níveis de repressão à oposição no país. Confira os números do mercado asiático:

  • Hang Seng (HK50): -2,00% (28.252,12)
  • KOSPI (KS11): -0,01% (3.281,78) 
  • Shanghai Composto (SSEC): -1,95% (3.518,76 pontos)
  • Nikkei 225 (N225): +0,27% (28.783,28)
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -2,48% (5.081,12)

Nos EUA, os índices de Wall Street fecharam em alta impulsionados por um pequeno rali do setor de tecnologia. O destaque ficou mais uma vez para o S&P 500, que renovou sua máxima histórica pela sétima sessão consecutiva. Confira os números do mercado norte-americano:

  • Dow Jones (DJI): +0,44 (34.786,34)
  • S&P 500 (SPX): -0,75% (4.352,34)
  • Nasdaq Composto (IXIC): +0,81% (14.639,30)

O dólar e o euro operaram em alta ante o real nesta sexta. A moeda norte-americana fechou seu quarto dia consecutivo em alta hoje, se firmando acima dos R$ 5. Confira a cotação das principais moedas estrangeiras:

  • Dólar: +0,18% (R$ 5,05)
  • Euro: +0,33% (R$ 5,99)

Imagem em destaque: CBC / divulgação

Guilherme Guerreiro

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