Internacional

Google recebe multa de 500 milhões de euros na França; Onda de protestos na África do Sul deixa mais de 40 mortos, mercado internacional e mais…

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GOOGLE RECEBE MULTA DE 500 MILHÕES DE EUROS NA FRANÇA

Nesta terça-feira (13), a Autoridade de Competição da França multou o Google em 500 milhões de euros por descumprir um acordo judicial envolvendo o pagamento de direitos autorais a editores de notícias.

Segundo o órgão francês, o Google desrespeitou uma ordem de abril do ano passado que determinava que a Alphabet, sua controladora, deveria negociar com veículos de imprensa o direito de exibir trechos de notícias nos resultados de buscas dentro da plataforma. A gigante do setor de tecnologia agora tem dois meses para apresentar propostas de compensação aos veículos para a exibição do material.

Caso descumpra a decisão da justiça francesa, o Google estará sujeito a multas de até 900 mil euros por dia de atraso. Através de um porta-voz, a empresa disse estar “decepcionada” com a sentença, mas que cumprirá a determinação.

“Temos agido de boa-fé em todo o processo. A multa ignora nossos esforços para chegar a um acordo e a realidade de como as notícias funcionam em nossas plataformas”, afirmou um porta-voz do Google.

Os veículos APIG, SEPM e AFP acusam o Google de não manter negociações de boa fé, impossibilitando um acordo de remuneração aos mesmos pela exibição de seus conteúdos no Google. Segundo a determinação do ano passado, a Alphabet tem até 3 meses para abrir negociações com qualquer empresa de notícias que fizesse uma solicitação.

Essa é uma das maiores multas já aplicadas pelo órgão de francês de defesa do consumidor. “Quando a autoridade impõe ordens às empresas, elas são obrigadas a aplicá-las escrupulosamente, respeitando sua letra e espírito. Neste caso, infelizmente, não foi o caso”, afirmou Isabelle de Silva, chefe da Autoridade de Competição da França.

ONDA DE PROTESTOS NA ÁFRICA DO SUL DEIXA MAIS DE 40 MORTOS

Nesta terça-feira, multidões voltaram a entrar em confronto com a polícia na África do Sul, no quinto dia de protestos após a prisão do ex-presidente Jacob Zuma. Zuma se rendeu às autoridades sul-africanas na última sexta-feira (9) para cumprir 15 meses de prisão.

O ex-presidente foi condenado por desacato à justiça, ao se negar a cooperar com um inquérito que investiga corrupção no seu governo, entre 2009 e 2018. A prisão de Zuma desencadeou uma onda de protestos no país, que levou a pelo menos 45 mortes desde sexta-feira.

Mais de 750 pessoas já foram presas no país. Os atos começaram com bloqueios de estradas e veículos incendiados, com ondas de vandalismo e lojas saqueadas ao longo do final de semana. As manifestações de maior expressão ocorrem nas províncias de Gauteng, onde fica Joanesburgo (capital econômica do país), e KwaZulu-Natal, onde o ex-presidente nasceu.

Na noite desta segunda-feira (12), o presidente Cyril Ramaphosa anunciou o envio de tropas para auxiliar a polícia nas regiões onde os protestos têm maior intensidade. Ao menos 2.500 soldados serão enviados para Gauteng e KwaZulu-Natal.

“Não há queixa ou qualquer razão política que possa justificar a violência e a destruição”, afirmou Ramaphosa. O presidente da África do Sul ainda afirmou que a violência e a “anarquia” só levam a mais caos e não resolvem os problemas.

INCÊNDIO EM HOSPITAL DEIXA MAIS DE 60 MORTOS NO IRAQUE

Nesta segunda-feira, houve um incêndio em uma unidade de Covid-19 de um hospital no Iraque. O acidente deixou ao menos 66 mortos e 100 feridos.

O incêndio aconteceu no hospital al-Hussain, na cidade de Nassíria, no sul do Iraque. Segundo investigações iniciais, o incêndio começou após faíscas de uma fiação defeituosa chegar a tanques de oxigênio na ala de tratamento a pacientes com coronavírus.

Os fogos se espalharam pelo hospital durante horas e, quando o incêndio foi controlado, o hospital já estava com sérios danos estruturais, como tetos afundados, paredes enegrecidas e vidros estilhaçados. Até o momento, apenas 39 corpos foram identificados.

Um médico, que havia deixado o hospital poucas horas antes da tragédia, apontou a falta de estrutura como principal responsável pelo incêndio. Segundo ele, o al-Hussain não possui alarmes ou sistema de extinção de incêndios.

Há pouco mais de dois meses, no dia 25 de abril, um acidente similar deixou mais de 80 vítimas no hospital Ibn al-Khatib, em Bagdá, capital do país. O presidente iraquiano, Barham Salih, afirmou que as tragédias são resultado de um sistema corrupto e de má gestão que historicamente colocam em risco a vida de iraquianos.


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ONDA DE CALOR PERSISTE NA AMÉRICA DO NORTE

Um nova onda de calor afetou os Estados Unidos e o Canadá nos últimos dias. A temperatura no Vale da Morte, na Califórnia, chegou a 54 graus celsius no domingo (11).

As temperaturas extremas impactam a América do Norte em meio a incêndios florestais no estado do Oregon. Segundo o Serviço Nacional do Clima, no entanto, a onda de calor alcançou seu pico no domingo, com as temperaturas tendendo a se normalizar até o final desta semana.

No Canadá, pesquisadores da Universidade de British Columbia indicam que aproximadamente 1 bilhão de animais marinhos tenham morrido por conta da onda de calor que afeta a região. Em regiões urbanas, diversas cidades do Canadá registraram novas temperaturas recorde no final de junho.

Em rochas e pedras, chegaram a se registrar temperaturas acima dos 50 graus celsius. O calor intenso levou moluscos a serem “cozidos” na região em uma praia próxima a Vancouver. Um pescador entrevistado pela agência Reuters afirmou que perdeu entre 30% e 40% da sua produção de ostras e mariscos.

A atual onda de calor já é a terceira a afetar a região oeste da América do Norte este ano, provocada por um sistema de alta pressão persistente que eleva as temperaturas. Segundo diversos especialistas, as anomalias são resultado das mudanças climáticas.

BOLSAS E CÂMBIO

Na Europa. os índices do continente fecharam em baixa. Embora os números de inflação nos países da zona do euro tenham sido recebidos com entusiasmo pelo mercado, a inflação dos Estados Unidos freou o desempenho das bolsas internacionais.

  • STOXX 600 (STOXX): +0,03 (460,96)
  • DAX (GDAXI): -0,01% (15.789,64)
  • FTSE 100 (FTSE): -0,01% (7.124,72)
  • CAC 40 (FCHI): -0,01% (6.558,47)
  • FTSE MIB (FTMIB): -0,50% (25.156,65)

Na Ásia, as bolsas do continente operaram em alta, após os resultados da balança comercial chinesa bastante acima do esperado. Confira os números do mercado asiático:

  • Hang Seng (HK50): +1,58% (27.885,62)
  • KOSPI (KS11): +0,77% (3.271,38)
  • Shanghai Composto (SSEC): +0,53% (3.566,52)
  • Nikkei 225 (N225): +0,52% (28.718,24)
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,18% (5.142,10)

Nos EUA, a inflação do país levou os índices do país a fechar em baixa nesta terça, mesmo com o início da temporada de resultados dos bancos. Confira os números do mercado norte-americano:

  • Dow Jones (DJI): -0,31% (34.888,79)
  • S&P 500 (SPX): -0,38% (14.677,21)
  • Nasdaq Composto (IXIC): -0,38% (14.677,70)

Confira a cotação das principais moedas estrangeiras:

  • Dólar: +0,09% (R$ 5,17)
  • Euro: -0,61% (R$ 6,10)

Imagem em destaque: G1 / divulgação

Guilherme Guerreiro

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