Segundo dados publicados pelo U.S Bureau of Labor Statistics, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos Estados Unidos, considerado o principal índice inflacionário do país, fechou em 0,9% em junho, muito acima da média esperada pelos economistas (0,4%).
Na base comparativa anual, a inflação nos EUA já soma 5,4%, maior valor desde 2008.
Quanto ao núcleo IPC, que desconsidera a variação nos preços de alimentos e energia, a subida é de 0,9% em junho ante o mês de maio. Na comparação anual, a alta é de 4,5%.
Acompanhe a série histórica do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na base comparativa anual.
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Uma pressão inflacionária norte-americana maior que o esperado é um fator de preocupação para o setor econômico mundial, e pode inclusive afetar o mercado brasileiro.
Com a retomada dos serviços e rodada massiva de investimentos na infraestrutura do país, as taxas de juros do país estão sendo mantidas de 0% a 0,2%. Isso aquece a economia, beneficiando países exportadores de commodities, como o Brasil.
Por conta da alta nos preços, porém, a expectativa do mercado é que os juros sejam aumentados mais cedo que o previsto, esfriando o crescimento econômico e consequentemente afetando o mercado global.
Segundo o Federal Reserve (Fed) do país, as recentes pressões inflacionárias são temporárias, e são provocadas pela retomada do pós-pandemia. Mesmo assim, a entidade indica que as políticas já podem ser revisadas em 2022.
Além disso, segundo o Labor Department, a alta nos preços de carros e caminhões usados (10.5%) representou mais de um terço do impacto na inflação do mês de junho. Por isso, alguns setores econômicos acreditam que a inflação já atingiu um pico.
Mesmo assim, a publicação da inflação já enviou uma onda de choque em Wall Street, que abriu em queda nesta terça-feira (13).