De acordo com dados da National Bureau of Statistics of China (NBS) desta quarta-feira (14), o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 7,9% na base anual no segundo trimestre de 2021, ficando um pouco abaixo das projeções que indicavam alta de 8,1%.
O dado trimestral na base anual representa uma retração ante o crescimento de 18,3% do primeiro trimestre do ano. O alto crescimento no período é explicado pela completa paralisação da economia nos primeiros meses de 2020, quando a pandemia do novo Coronavírus se iniciou.
A desaceleração no segundo trimestre do ano, portanto, era esperada por economistas.
Na base trimestral, a alta foi de 1,3% comparado com os três primeiros meses do ano.
Confira a série histórica do PIB chinês na base anual:
Embora o país continue a tendência de forte recuperação econômica, alguns fatores externos e internos começam a preocupar o governo e o setor econômico. Um deles é a fraca demanda doméstica, e receios que o rendimento da população não acompanhe a alta da economia.
Outro fator de preocupação é a instabilidade do mercado global. Embora os EUA e China estejam em um período de boom econômico, na Europa, por exemplo, a variante Delta do novo Coronavírus segue sendo um fator que gera cautela.
Um crescimento acelerado e instável também pode prejudicar empresas chinesas, indicando que Pequim talvez tenha que elevar os gastos para a aplicação de políticas de apoio.
Saiba mais
Com a pandemia, China chega a quase 1 bilhão de usuários de internet
Taxa desemprego
Na base anual, o desemprego urbano da China caiu em 0,7%, fechando em 5,0% em junho, mesma taxa encontrada no mês de maio.
De acordo com a NBS, 6,98 milhões foram criados no primeiro semestre do ano, representando 63,5% da meta anual do país.
Produção industrial e vendas no varejo
A produção industrial da China fechou o mês de junho com um crescimento de 8,3% na base anual, ficando acima das projeções que indicavam uma alta de 7,8%.
A taxa representa uma desaceleração comparado com o crescimento na base anual de 8,8% em maio.
Quanto às vendas no varejo, o crescimento é de 12,1% em junho considerando a base anual, ficando acima das expectativas de 11%.
É uma leve desaceleração comparado com os dados registrados no mês anterior (12,4%).
