De acordo com o Boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central (BC) contando com a colaboração de mais de 100 instituições financeiras, a inflação oficial brasileira, o IPCA, terminará o ano em 6,31%, ficando muito acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário nacional (CMN), de 5,25%.
Na comparação com a publicação da semana passada, o IPCA sofreu uma variação de 0,20%. Em quatro semanas, a projeção para a inflação já subiu 0,41%.
Uma das razões que impulsiona a inflação deste ano é a recente crise hídrica que afeta o Sudeste e Centro-Oeste do país. Com os reservatórios em baixas recorde, o governo autorizou o ativamento de usinas termelétricas para suprir a demanda energética e evitar apagões e racionamentos.
Por conta disso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já ajustou em 50% a tarifa extra da bandeira vermelha, que está no nível 2.
A crise hídrica, somada à alta dos combustíveis, deve provocar mais pressões inflacionárias até o fim do ano.
Para 2022, 2023 e 2024, o IPCA deve ficar em 3,75%, 3,25% e 3,06%, respectivamente.
Confira a variação do IPCA segundo o Boletim Focus:
Quanto à Selic, a análise das instituições financeiras indicam que os juros básicos do país devem terminar o ano em 6,75% a.a. Comparado com o boletim da semana passada, é um aumento de 0,12 p.p.
As próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) estão marcadas para acontecer nos dias 2 e 3 de agosto, com expectativas de alta na meta Selic.
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PIB e câmbio
Comparado com a semana passada, as projeções quanto ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro subiram 0,01%, indo a 5,27%.
Para 2022, 2023 e 2024, o PIB deve ficar em 2,10%, 2,50% e 2,50%, respectivamente.
As projeções para o câmbio não sofreram variação e se mantiveram a R$ 5,05.
Foto: OCP News / Divulgação