PRIMEIRO-MINISTRO DO HAITI RENUNCIA
O primeiro-ministro haitiano, Claude Joseph, anunciou nesta segunda-feira (19) sua renúncia do cargo. Joseph estava ocupando o posto de premiê do país de forma interina desde abril, e acumulava a função também interina de presidente desde o assassinato de Jovenel Moise.
O cargo de primeiro-ministro passará a ser ocupado por Ariel Henry, que havia sido indicado como premiê por Moise pouco antes de sua morte. Joseph voltará para o cargo de ministro das Relações Exteriores do Haiti, papel que desempenhava na administração antes de assumir como premiê.
Após a morte de Jovenel Moise, Claude Joseph assumiu interinamente como presidente do país, com discurso de liderar o Haiti até as eleições do país, que acontecem no próximo outono. No sábado (17), porém, um grupo de embaixadores e demais representantes especiais pediu para que Henry assumisse como primeiro-ministro e guiasse o país até o pleito.
O Haiti vive atualmente uma das maiores crises de sua história. Em meio a pandemia da Covid-19, uma onda de violência de gangues assola o país mais pobre das Américas, culminando no assassinato do presidente Jovenel Moise no dia 7 de julho. Moise foi morto a tiros dentro de sua residência.
Gangues de rua dominam a capital do país, Porto Príncipe. Em meio a esse caos, diversas lideranças haitianas temem pela lisura do processo eleitoral que se aproxima no país. De acordo com o ministro das Eleições haitiano, Mathias Pierre, o pleito deve ocorrer 120 dias após a posse do novo primeiro-ministro.
DIPLOMATAS PEDEM CESSAR-FOGO AO TALIBÃ
Nesta segunda-feira, ao menos 15 missões diplomáticas e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) formalizaram um pedido de cessar-fogo ao Talibã, solicitando que o grupo fundamentalista interrompa suas ofensivas militares no Afeganistão.
O pedido foi feito algumas horas após o encerramento de mais uma rodada de negociações entre as lideranças do Talibã e o governo afegão. As duas partes se reuniram em Doha, capital do Qatar, ao longo do final de semana, mas não chegaram a nenhum acordo para encerrar o conflito na região.
“Neste Eid al-Adha (Festa do Sacrifício), o Talibã deve baixar suas armas para sempre e mostrar ao mundo o seu comprometimento com o processo de paz”, aponta o documento. O Eid al-Adha é um feríado muçulmano feito após a peregrinação para Meca. Nos últimos anos, o Talibã convocou períodos de cessar-fogo ao longo das festividades, para que os afegãos pudessem comemorar o feriado.
Este ano, porém, o Talibã não convocou o cessar-fogo como de costume, o que causou preocupação entre autoridades afegãs e internacionais. Com a saída das tropas norte-americanas do Afeganistão após quase 20 anos de ocupação, o grupo vem ganhando força no país em um ritmo acelerado, em um processo com diversos conflitos armados pelo país.
O comunicado foi endossado por Austrália, Canadá, Tchéquia, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Itália, Japão, Coreia do Sul, Países Baixos, Espanha, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos, além da delegação da União Europeia e a representação civil da Otan.
JULGAMENTO DE EX-PRESIDENTE DA ÁFRICA DO SUL É RETOMADO
A Justiça da África do Sul retomou nesta segunda-feira o julgamento do ex-presidente Jacob Zuma. Preso há 10 dias por desacato à justiça, Zuma enfrenta diversas acusações de corrupção, que vão desde seu período como vice-presidente até sua gestão como presidente.
O julgamento do ex-presidente é retomado 10 dias após a sua prisão, que desencadeou uma onda de protestos e violência na África do Sul desde então. A onda de violência deixou ao menos 215 mortos no país desde o dia 9 de julho.
O governo sul-africano foi obrigado a mobilizar tropas pelo país para conter os tumultos. Nesta segunda, forças militares foram mobilizadas para Pietermaritzburgo, onde acontece o julgamento do ex-presidente.
Jacob Zuma foi forçado a renunciar do cargo de presidente em 2018, após uma série de escândalos virem a público. O ex-presidente deve responder, ao todo, a 12 acusações de fraude e corrupção. Uma das denúncias aponta que o Zuma recebeu cerca de R$ 1,4 milhão de propina em um contrato de compra de armamentos para as forças armadas sul-africanas.
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EM MEIO A TENSÃO, PRESIDENTE SUL-COREANO NÃO IRÁ ÀS OLIMPÍADAS
O gabinete do presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, informou nesta segunda-feira que o chefe do executivo do país cancelou sua ida ao Japão para acompanhar os Jogos Olímpicos de Tóquio. O anúncio é mais um capítulo no clima de tensão entre os dois países às vésperas das Olimpíadas.
Na sexta-feira (16), uma reportagem revelou que um diplomata da embaixada japonesa em Seoul afirmou que o presidente sul-coreano “estava se masturbando” como forma de descrever os esforços de Moon para estreitar as relações entre os dois países.
O secretário de imprensa de Moon, Park Soo-hyun, classificou a afirmação do diplomata japonês como inaceitável. “O presidente Moon decidiu não visitar o Japão”, apontou. Park ainda afirmou que Japão e Coreia do Sul fizeram progresso em suas tratativas diplomáticas, mas que ainda não chegaram a resultados concretos.
No lugar do presidente, o ministro da Cultura, Esportes e Turismo do país, Park Yang-woo será enviado para Tóquio e será o chefe da delegação coreana na abertura dos jogos. A abertura dos Jogos Olímpicos ocorre nesta sexta-feira (23).
BOLSAS E CÂMBIO
A semana começou com as bolsas de valores em baixa nesta segunda. Ao redor do mundo, o número de casos da variante Delta da Covid-19 colocaram os mercados em alerta e acendeu um sentimento de pessimismo quanto à reabertura econômica global.
Confira os números do mercado europeu:
- STOXX 600 (STOXX): -2,30% (444,30)
- DAX (GDAXI): -2,62% (15.133,20)
- FTSE 100 (FTSE): -2,34% (6.844,39)
- CAC 40 (FCHI): -2,54% (6.295,97)
- FTSE MIB (FTMIB): -3,34% (23.965,92)
Confira os números do mercado asiático:
- Hang Seng (HK50): -2,23% (27.456,62)
- KOSPI (KS11): -1,00% (3.244,04)
- Shanghai Composto (SSEC): -0,01% (3.539,312)
- Nikkei 225 (N225): -1,25% (27.652,74)
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,37% (5.113,49)
Confira os números do mercado norte-americano:
- Dow Jones (DJI): -2,09% (33.962)
- S&P 500 (SPX): -1,59% (4.258)
- Nasdaq Composto (IXIC): -1,06% (14.274)
Confira a cotação das principais moedas estrangeiras:
- Dólar: +2,63% (R$ 5,25)
- Euro: +2,58% (R$ 6,19)
Imagem em destaque: Jovem Pan / divulgação