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Aras é indicado para segundo mandato na PGR, executivo costura acordo para reduzir fundo eleitoral; e mais

4 Minutos de leitura

Augusto Aras foi anunciado pelo presidente para seu segundo mandato na PGR. A indicação é polêmica, pois quebra uma tradição da formação de uma lista tríplice por um órgão.

Mesmo após o anúncio do veto do “fundão” eleitoral, a tendência é que o Executivo costure um acordo com o Congresso para reduzir a verba para o ano que vem.

Na agenda, o destaque do dia fica para a arrecadação federal, que é publicada mensalmente pelo Banco Central (BC).

Segundo a tendência de recuperação do sell-off do início da semana, as bolsas mundiais seguem de olho na alta de casos da variante Delta do novo Coronavírus.

Esses e outros destaques você confere agora.

EXECUTIVO IGNORA LISTA TRÍPLICE E INDICA ARAS PARA MAIS UM MANDATO NA PGR

Ignorando a lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), que conta com os nomes mais votados, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que indicou Augusto Aras para um novo mandato de dois anos no cargo de procurador-geral da República.

O anúncio foi feito nas redes sociais:

Em resposta, Augusto Aras disse ter se sentido “honrado”:

“Honrado com a recondução para o cargo de procurador-geral da República, reafirmo meu compromisso de bem e fielmente cumprir a Constituição e as Leis do País”, disse.

A indicação de Aras, na visão de especialistas, enfraquece a Procuradoria-Geral da República (PGR). Isso porque a lista tríplice é uma tradição seguida desde o governo Lula.

“A recusa na adoção de uma prática consolidada pelos chefes do Poder Executivo entre 2003 e 2017 representa a quebra de um procedimento que está perfeitamente alinhado à Constituição e ao desejo da sociedade brasileira por um Ministério Público combativo e comprometido com a ordem jurídica e com a democracia”, disse a ANPR em nota.

Agora, a indicação deve passar por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, seguido de uma votação secreta.

Aras precisa de pelo menos 41 votos de senadores. Em 2019, ele havia sido aprovado por 68 votos a favor e 10 contra.

FUNDO ELEITORAL: VETO PODE SER DERRUBADO NO CONGRESSO, E ACORDO PODE DIMINUIR O VALOR

O presidente Jair Bolsonaro anunciou que deve vetar a ampliação do fundo eleitoral, que foi de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões em 2022, de acordo com o texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aprovada no Congresso Nacional.

Segundo o presidente, o trecho que amplia o “fundão”, que foi aprovado por sua base na Câmara, deve ser vetado “em respeito ao povo brasileiro”.

O veto do trecho, porém, ainda pode ser derrubado no Congresso Nacional. Outro risco que a proposta corre é de ser reduzida, mas não vetada em sua totalidade.

Segundo o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), Bolsonaro estaria costurando um acordo para aprovar um “fundão” eleitoral de R$ 4 bilhões, menor que o aprovado no Congresso, mas o dobro da verba anterior.

A tendência é que o Planalto negocie um valor intermediário com membros aliados no Congresso Nacional, já que um possível veto no Congresso está praticamente descartado por falta de tempo.


Saiba mais

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AGENDA

O destaque do dia para o Brasil fica para a divulgação dos dados da arrecadação federal de junho. A projeção é que a arrecadação, que é publicada às 11h30, fique em R$ 139,05 bilhões.

Um pouco mais tarde, são publicados os dados do fluxo cambial estrangeiro, às 14h30, pelo Banco Central (BC).

Pela madrugada, as vendas do setor industrial da Itália caíram -1% em maio em relação ao mês imediatamente anterior, segundo dados publicados pelo Istituto Nazionale di Statistica. Na variação anual, porém, o índice cresceu 40,2%.

Às 8h da manhã nos Estados Unidos, os juros de hipotecas de 30 anos foram publicados pela Mortgage Bankers Association. Os juros ficaram em 3,11%, maiores que os 3,09% do mês anterior.

Às 11h30 nos Estados Unidos, são publicados os dados de estoque de petróleo bruto pela Energy Information Administration.

Às 16h na Argentina, o Índice de Atividade Econômica será publicado pelo Instituto Nacional De Estadistica y Censos. No mesmo horário, dados da balança comercial do país são publicados.

BOLSAS E CÂMBIO

As bolsas europeias continuam a tendência de recuperação do sell-off de segunda-feira (19), com todos os principais índices do país apontando para dados positivos.

No início da semana, os investidores reagiram aos recentes dados de novas infecções pela variante Delta do novo Coronavírus, que segue somando casos no mundo inteiro.

Mesmo com a chance de novas medidas de restrição, os investidores encaram a semana com mais otimismo quanto à vacinação em massa da população, impulsionando a recuperação econômica dos países.

Às 8h da manhã:

  • STOXX 600 (STOXX): +1,35%, indo a 452,65 pontos
  • DAX (GDAXI): +0,92%, indo a 15.356,20 pontos
  • FTSE 100 (FTSE): +1,71%, indo a 6.998,75 pontos
  • CAC 40 (FCHI): +1,37%, indo a 6.433,62 pontos
  • FTSE MIB (FTMIB): +1,60%, indo a 24.493,50 pontos

Um pouco mais receoso, o mercado asiático fechou na madrugada desta quarta-feira (21) registrando resultados mistos.

A dois dias da abertura oficial das Olimpíadas, os investidores observam com atenção a alta de casos de COVID-19 entre funcionários e atletas ligados aos jogos.

  • Hang Seng (HK50): -0,04%, indo a 27.201,00 pontos
  • KOSPI (KS11): -0,52%, indo a 3.215,91 pontos 
  • Shanghai Composto (SSEC): +0,73%, indo a 3.562,66 pontos
  • Nikkei 225 (N225): +0,58%, indo a 27.548,00 pontos
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,69%, indo a 5.144,04 pontos 

Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados positivos:

  • Nasdaq 100 Futuros: +0,03%, indo a 14.727,50 pontos
  • Dow Jones Futuros: +0,51%, indo a 34.574,00 pontos
  • S&P 500 Futuros: +0,36%, indo a 4.330,88 pontos

Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quarta-feira (21):

  • Às 9h03, o Dólar subiu +0,06%, a R$ 5,22
  • Às 9h03, o Euro caiu -0,06%, a R$ 6,14

Foto: Agência Brasil / Destaques

Juan Tasso - Smart Money

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