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Open Banking: entenda como a nova tecnologia vai revolucionar o mercado financeiro brasileiro

3 Minutos de leitura

Assim como outras grandes tecnologias do mercado financeiro, com o blockchain e inteligências artificiais (AI) que facilitam a vida de todos, o Open Banking é mais uma das grandes inovações que devem marcar o sistema financeiro nos próximos anos.

De acordo com o próprio Banco Central (BC), o Open Banking, ou sistema financeiro aberto, “é a possibilidade de clientes de produtos e serviços financeiros permitirem o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco Central e a movimentação de suas contas bancárias a partir de diferentes plataformas e não apenas pelo aplicativo ou site do banco, de forma segura, ágil e conveniente”.

Ou seja, essa tecnologia aumenta drasticamente o compartilhamento de informações entre as instituições financeiras. São várias as vantagens, a começar pelo incentivo pela livre concorrência entre as instituições, que agora podem ter acesso aos dados de usuários, interagindo com eles.

É diferente da realidade atual, onde o compartilhamento de dados através de um sistema seguro e complexo não existe. A desvantagem disso é que a criação de novas políticas de abertura de crédito, por exemplo, ficam mais difíceis, já que as instituições financeiras não possuem acesso aos dados de relacionamento dos outros bancos com seus clientes.

É importante dizer que o compartilhamento de informações é totalmente opcional. Mesmo assim, a tecnologia existe para benefício do próprio usuário, então fique atento às vantagens.

Um desses benefícios é a oferta de crédito pelas instituições. Como o compartilhamento de dados acontece em tempo real, um determinado banco pode oferecer opções de aberturas de créditos mais baratas para clientes.

Digamos que, por exemplo, a taxa de juros de um empréstimo é muito alta em um determinado banco. Com a implementação do Open Baking, outras instituições financeiras podem oferecer alternativas com juros mais baixos ao cliente. A tendência é que isso diminua, em um longo prazo, a taxa de juros pagas pelas pessoas em todo o Brasil.

As fintechs devem se beneficiar diretamente com o novo sistema. Além de provocar uma onda de inovação em todo o setor, novos aplicativos e serviços específicos vão surgir no mercado. Como, por exemplo, algum serviço que se especialize em analisar os dados dos usuários, servindo como intermediário entre o cliente e as instituições financeiras.


Saiba mais

As tendências que devem marcar o futuro do mercado financeiro


Implementação

O sistema está sendo implementado em quatro fases pelo Banco Central. A primeira, que começou no dia 01/02/2021, segundo o BC, possibilitará que as instituições participantes disponibilizem ao público informações padronizadas sobre os seus canais de atendimento e as características de produtos e serviços bancários tradicionais que oferecem.

Nessa primeira fase, não será compartilhado nenhum dado de cliente.

A segunda parte está prevista para acontecer no dia 13/08/2021. Neste caso, os clientes poderão solicitar, mediante a autorização, o compartilhamento entre instituições participantes de seus dados cadastrais, de informações sobre transações em suas contas, cartão de crédito e produtos de crédito contratados.

A partir daí, os clientes já poderão receber ofertas de produtos e serviços que mais condizem com seu perfil. Além disso, possibilitará que pessoas conheçam soluções personalizadas de gestão e aconselhamento sobre suas finanças pessoais.

A terceira fase de implementação deve acontecer a partir do dia 30/08/2021. Nessa etapa, segundo o BC, “surge a possibilidade de compartilhamento dos serviços de iniciação de transações de pagamento e de encaminhamento de proposta de operação de crédito”.

A partir desta etapa, o acesso a serviços financeiros fica cada vez mais fácil, pois abre o caminho para o surgimento de novas soluções para a realização de pagamentos e para a recepção de propostas de operações de crédito.

A quarta e última etapa de implementação acontece a partir do dia 15/12/2021. A partir desses momentos, todas as operações de clientes, como abertura de crédito, operações de câmbio, seguros e previdências poderão estar integradas no complexo sistema de Open Banking do Banco Central (BC).

Isso deve aumentar ainda mais a possibilidade de surgimento de novos serviços, aplicativos e empresas focadas na solução de problemas e assistência para instituições financeiras e clientes.

O mais importante dessa história toda, que precisa ser sempre frisado, é que embora os dados sejam guardados de forma segura, o compartilhamento de informações é 100% opcional.

Quais são as instituições financeiras que participam do programa de Open Banking?

Segundo o BC, os bancos de nível S1 — que possuam porte igual ou superior a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) — e S2, com porte inferior a 10% e maior que 1% do PIB, terão o sistema integrado de forma obrigatória.

Além dessas, inúmeras instituições de pagamentos e fintechs já participam do programa de Open Banking.

A lista completa de instituições participantes é disponibilizada pelo Banco Central (BC) e pode ser conferida aqui.

Juan Tasso - Smart Money

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