De acordo com dados do Boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central (BC) contando com a participação de 100 instituições financeiras, a inflação brasileira deve terminar o ano em 6,56%.
Comparado com a semana passada, a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,25 p.p., indicando que os recentes efeitos inflacionários vem preocupando o mercado financeiro.
A tendência da inflação para 2021 já era alta no início do ano, mas a situação se agravou com o início da crise hídrica, que afeta as regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Com a crise no abastecimento de energia elétrica, o governo autorizou o uso de usinas termelétricas para suprir a demanda. Como a geração de energia ficou mais cara, a conta de luz do brasileiro sentiu o impacto negativo.
Com uma inflação acima do esperado, o mercado também aposta em mais altas na meta Selic, juros básicos do país. O aumento das taxas é um dos instrumentos que o Banco Central (BC) possui para frear a alta nos preços.
De acordo com o boletim desta semana, a meta Selic terminará o ano em 7,0% a.a., um aumento de 0,25 p.p. comparado com o boletim da semana passada.
A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está marcada para acontecer nos dias 2 e 3 de agosto.
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PIB e câmbio
O Boletim Focus indica um Produto Interno Bruto (PIB) robusto até o fim do ano. As projeções aumentaram em 0,02%, indo a 5,29%.
Para 2022, 2023 e 2024, o PIB deve ficar em 2,10%, 2,50% e 2,50%, respectivamente.
Quanto ao câmbio, as projeções aumentaram em R$ 0,04 na variação semanal, com especialistas indicando um Dólar custando R$ 5,09 ao término do ano.