Internacional

Pedro Castillo assume presidência do Peru; Macron reconhece dívida com a Polinésia Francesa por testes nucleares

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PEDRO CASTILLO ASSUME PRESIDÊNCIA DO PERU

Nesta quarta-feira (28), Pedro Castillo assumiu a presidência do Peru. Castillo chega ao cargo em meio a diversas polêmicas, que vão desde o atual surto de Covid-19 no país até  acusações de fraude por parte da candidata  derrotada no segundo turno, Keiko Fujimori.

“Juro pela população do Peru, por um país sem corrupção e por uma nova Constituição”, declarou o novo presidente peruano.

De esquerda, Castillo enfrentará um Congresso majoritariamente de oposição em seu  governo. Além disso, ele assume a presidência em meio a uma crise interna no seu partido, o Peru Livre.

Em seu primeiro dia à frente do poder executivo do Peru, o novo presidente prestou juramento em frente ao Congresso peruano. Ele compareceu à cerimônia  usando seu tradicional chapéu de palha com abas largas, tradicional da região andina de Cajamarca, de onde é natural.

O Brasil foi o único país vizinho do qual o presidente não foi à Lima para a posse de Pedro Castillo. O vice-presidente Hamilton Mourão, que já havia representado o Brasil na posse do argentino Alberto Fernández, foi o representante do Brasil na cerimônia. Compareceram à posse de Castillo também os presidentes de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e o rei da Espanha.

Logo no primeiro dia de mandato, Pedro Castillo anunciou a criação de um Ministério de Ciência e Tecnologia. O presidente deseja a criação de uma nova Constituição e anunciou que convocará  uma assembleia constituinte dentro do permitido pela lei peruana. Castillo ainda defende uma maior regulação da mídia no Peru e maior controle dos preços de combustíveis no país pela Petroperu, estatal de óleo e gás.


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MACRON RECONHECE DÍVIDA COM A POLINÉSIA FRANCESA POR TESTES NUCLEARES 

O presidente da França, Emmanuel Macron, visitou a Polinésia Francesa nos últimos quatro dias. Nesta quarta-feira, último dia de sua estadia no território ultramarino, Macron finalmente falou sobre os testes nucleares realizados pela França na região ao longo de 30 anos no século passado.

O presidente francês não pediu desculpas pelos testes, que aconteceram entre os anos de 1966 e 1996, deixando milhares de afetados pela radiação, entre mortos e pessoas que sofrem até. Macron quebrou um silêncio de anos por parte do poder executivo francês sobre o assunto.

Cerca de 193 exercícios nucleares foram feitos na região, quando o então presidente Charles de Gaulle transferiu o campo de testes nucleares francês do deserto do Saara para a região da Polinésia Francesa, no Oceano Pacífico.

“Eu queria lhes dizer que a nação tem uma dívida em relação à Polinésia Francesa. Durante muito tempo, o Estado preferiu manter o silêncio sobre esse passado. São 30 anos de explosões sucessivas. O que eu quero quebrar hoje é esse silêncio. Eu assumo e quero a verdade e a transparência com vocês”, afirmou.

Macron reafirmou o compromisso do governo francês para reparar os danos dos exercícios nucleares. Entre as medidas impostas, está a criação de uma comissão que dará direito aos polinésios de saber os locais e a intensidade dos exercícios que afetaram a região.

No entanto, Macron descartou um pedido de desculpas, tão esperado pela população do arquipélago. “Eu poderia me livrar deste assunto pedindo desculpas, como fazemos quando esbarramos em alguém para poder continuar nosso trajeto, mas isso é muito fácil. E é muito fácil para um presidente da República da minha geração dizer que, de alguma forma, meus antecessores erraram, que o pior foi feito”, declarou.

BRASIL PASSA EM BRANCO, JAPÃO SEGUE NA PONTA DO QUADRO DE MEDALHAS E CHINA ULTRAPASSA EUA

Nas últimas 24 horas, o Brasil não conquistou nenhuma medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Na próxima madrugada, porém, o Time Brasil tem boas chances de ir ao pódio pelo  menos uma vez.

Nesta manhã, o mesa-tenista Hugo Calderano se tornou o primeiro latino-americano a disputar as quartas de final de uma Olimpíada. O carioca de 25 anos de idade, porém, acabou derrotado por 4 a 2 pelo alemão Dimitrij Ovtcharov. Após abrir dois sets  de vantagem, Calderano sofreu a virada e acabou eliminado dos jogos.

“É muita dor, claro. Perder um jogo assim, em uma Olimpíada. Faz parte do esporte, é importante sentir a dor da derrota e voltar cada vez mais forte. Tenho certeza que vou voltar mais forte. É importante sofrer bastante com a derrota, porque aí dá para esquecer mais rápido. Sempre consegui deixar para trás minhas derrotas”, afirmou após a partida.

Outra chance de medalha frustrada foi com a judoca Maria Portela. Na luta mais longa das Olimpíadas até aqui, a brasileira foi para a prorrogação contra a russa Madina Taimazova pelas oitavas de final da categoria até 70kg. Durante o tempo extra, Portela derrubou a oponente e o golpe foi revisado pelo VAR.

Na revisão, porém, o VAR não confirmou um wazari que daria a vitória para a brasileira. Logo depois, Maria  Portela recebeu uma advertência por falta de combatividade. No judô, três penalidades contra um atleta resultam no fim da luta. Nas redes, a arbitragem da partida foi duramente criticada, principalmente por não marcar o wazari para a brasileira, que isentou os árbitros de culpa após a luta.

“O árbitro, se a gente não define, ele tem que definir. E quem tiver um pouco mais de iniciativa, vai levar. Não foi culpa dele. Eu tinha que ter sido mais agressiva, imposto mais o ritmo, por mais que não fosse efetiva, que foi o que ela fez e acabou levando. Acredito que o que definiu, como a luta estava muito longa, ela teve um pouquinho mais de iniciativa ali naquele final e eu acabei tomando a punição”, afirmou.

A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) considerou a derrota da brasileira “doída”, mas reiterou que precisa-se respeitar o resultado do tatame e que não cabem recursos em relação ao mesmo.

“A derrota doída definida em decisões difíceis da arbitragem, tanto nas punições, quanto na interpretação do waza-ari ou não, fez com que a brasileira recebesse muitas mensagens de incentivo e indignação de fãs e da comunidade do judô por meio das redes sociais. Neste sentido, é importante esclarecer que, no judô, não existe a possibilidade de recurso, apelação, cancelamento ou mudança do resultado decretado pela arbitragem em cima do tatame”, apontou a CBJ em matéria no seu site.

O judoca brasileiro Rafael Macedo também foi eliminado nesta madrugada, perdendo por ippon logo na sua primeira luta contra Islam Bosbayev, do Cazaquistão. Macedo e Portela voltam ao tatame no sábado para a disputa por equipes, que faz sua estreia nos jogos de Tóquio.

No quadro de medalhas, os anfitriões dos jogos continuam na ponta. De ontem para  hoje, porém houveram mudanças no restante do quadro, com a China ultrapassando os Estados Unidos para assumir a vice-liderança e com a Austrália ultrapassando a Grã-Bretanha e entrando no top-5. Sem medalhas novas, o Brasil caiu para a 18ª posição.

Confira a seguir o quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos de Tóquio:

#PaísOuroPrataBronzeTotal
1Japão134522
2China126927
3Estados Unidos1111931
4Atletas da Rússia710623
5Austrália61916
18Brasil1225

Entre hoje e amanhã, porém, o Brasil tem chances de novas medalhas. Na natação, a equipe brasileira disputa a final do revezamento 4X200m nado livre. No judô, os brasileiros Rafael Buzacarini e Mayra Aguiar também competem por medalha nesta noite.


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TÓQUIO TEM RECORDE DE 3.177 NOVOS CASOS DE COVID-19

(Agência Brasil) O governo metropolitano de Tóquio confirmou nesta quarta-feira (28) 3.177 novos casos de coronavírus na capital japonesa.

Assim, a cidade registra recorde diário de infecções pelo segundo dia consecutivo. A marca ficou acima dos três mil casos pela primeira vez desde o início da pandemia.

O número desta quarta-feira saltou 1.345 casos em comparação com o mesmo dia da semana passada.

BOLSAS E CÂMBIO

A reunião da Fed continuou no radar dos investidores nesta quarta-feira. Na Europa, os índices do continente fecharam em alta hoje, com o pan-europeu Stoxx 600 renovando sua máxima histórica na sessão. Confira os números do mercado europeu:

  • STOXX 600 (STOXX): +0,67% (461,70)
  • DAX (GDAXI): +0,33% (15.570,36)
  • FTSE 100 (FTSE): +0,29% (7.016,63)
  • CAC 40 (FCHI): +1,19% (6.609,31)
  • FTSE MIB (FTMIB): +0,70% (25.261,67)

Na Ásia, o dia foi de resultados mistos. No radar dos investidores continua a pressão exercida pelo governo chinês contra o setor privado, principalmente na área de educação. Confira os números do mercado asiático:

  • Hang Seng (HK50): +1,44% (25.421,00)
  • KOSPI (KS11): +0,13% (3.236,86) 
  • Shanghai Composto (SSEC): -0,58% (3.361,59)
  • Nikkei 225 (N225): -1,39% (27.581,66)
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,19% (4.760,48) 

Nos Estados Unidos, os índices de Wall Street fecharam com resultados mistos com o anúncio do Federal Reserve de manter os incentivos fiscais, mas com perspectiva de diminuir a compra de ativos em um futuro próximo. Confira os números do mercado norte-americano:

  • Dow Jones (DJI): -0,36% (34.930,93)
  • S&P 500 (SPX): -0,02% (4.400,65)
  • Nasdaq Composto (IXIC): +0,70% (14.762,60)

No câmbio, o dólar e o euro despencaram mais de 1% nesta quarta-feira. Confira a cotação das principais moedas estrangeiras:

  • Dólar: -1,29% (R$ 5,10)
  • Euro: -1,07% (R$ 6,05)

Imagem em destaque: El País / divulgação

Guilherme Guerreiro

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