Internacional

EUA elaboram plano para exigir vacinação de visitantes estrangeiros; França ignora apelo da OMS e prepara terceira dose da vacina; mercado internacional e mais

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EUA ELABORAM PLANO PARA EXIGIR VACINAÇÃO DE VISITANTES ESTRANGEIROS

(Agência Brasil) O governo dos Estados Unidos está desenvolvendo um plano para exigir que quase todos os visitantes estrangeiros estejam totalmente vacinados contra a Covid-19, como parte de eventual suspensão das restrições de viagens que impedem grande parte do mundo de entrar no país, disse uma autoridade da Casa Branca à Reuters nessa quarta-feira (04).

A Casa Branca não está pronta para suspender imediatamente as restrições de viagens por causa do aumento de casos de Covid-19 e da variante altamente transmissível Delta, segundo a fonte.

O governo Biden tem grupos de diferentes agências trabalhando “para ter um novo sistema pronto para quando pudermos reabrir as viagens”, disse a autoridade, acrescentando que o projeto inclui “uma abordagem em fases que, ao longo do tempo, significará, com exceções limitadas, que os estrangeiros viajando para os Estados Unidos (de todos os países) vão precisar ser totalmente vacinados”.

No mês passado, a Reuters informou que a Casa Branca estava considerando exigir que os visitantes estrangeiros fossem vacinados, como parte das discussões sobre como flexibilizar as restrições de viagem.

A autoridade acrescentou que “os grupos de trabalho estão desenvolvendo um processo de planejamento, a ser preparado para quando chegar o momento certo de transição para esse novo sistema”.

Alguns países, incluindo o Canadá e Reino Unido, estão relaxando ou suspendendo as restrições para viagens de norte- americanos vacinados.

A Casa Branca tem mantido discussões com companhias aéreas e outros segmentos sobre como implementaria uma política de exigência de vacinas para visitantes estrangeiros.

FRANÇA IGNORA APELO DA OMS E PREPARA TERCEIRA DOSE DA VACINA

(Agência Brasil) O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou nesta quinta-feira (05) que o governo se prepara para iniciar a distribuição da terceira dose de vacina contra a covid-19 a partir de setembro. O objetivo é proteger a população “mais idosa e mais frágil” com a inoculação de reforço, à semelhança do que já foi anunciado pela Alemanha e Israel. A confirmação surge horas depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter pedido uma moratória às terceiras doses da vacina até que pelo menos 10% da população de todos os países do mundo sejam imunizados.

Por meio das redes sociais, o chefe de Estado francês anunciou que o governo prepara a campanha de reforço já no “início do ano letivo”, ou seja, a partir de setembro.

Macron diz que a terceira dose “não será para todos de imediato”, mas irá abranger “os mais velhos e mais frágeis” nesta fase.

De camisa, sem gravata e em tom informal, ele aparece em vídeo com cerca de um minuto, gravado na residência de verão do chefe de Estado da França, em Fort Brégançon.

Nos últimos dias, Macron tem usado as redes sociais – sobretudo o Instagram ou TikTok, mais populares entre os jovens – para esclarecer questões sobre a vacinação.

Na França, o número exato de pessoas que poderá receber reforço vacinal no início do ano letivo deverá ser definido “na próxima semana”, anunciou o Ministério da Saúde na terça-feira (3).

Atualmente, a terceira dose só é recomendada para pessoas imunossuprimidas, como por exemplo um doente que tenha recebido um transplante.

A decisão de avançar com as doses de reforço na França surge poucas horas depois do mais forte apelo da Organização Mundial de Saúde no sentido de adiar as terceiras doses, pelo menos até que os países mais pobres consigam ampliar a vacinação. 

“Entendemos a preocupação dos governos em proteger as suas populações da variante Delta, mas não podemos aceitar que os países que já utilizaram a maioria dos fornecimentos das vacinas usem ainda mais, enquanto as populações mais vulneráveis do mundo continuam desprotegidas”, declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Das cerca de 4 bilhões de doses de vacinas administradas no mundo, mais de 80% foram dadas em países mais desenvolvidos, que representam menos de metade da população mundial.

A moratória proposta pela OMS duraria até o final de setembro, até que pelo menos 10% dos habitantes de todos os países do mundo tenham o esquema vacinal completo.

Enquanto grande parte dos países da Europa já conseguiu vacinar mais de metade da população, a maioria dos países do Continente Africano só conseguiu vacinar cerca de 2% da população.

“Precisamos da cooperação de todos, especialmente de um grupo de países e empresas que controlam a produção global de vacinas”, afirmou Tedros Adhanom, apelando aos grupos farmacêuticos para que privilegiem o Covax, o mecanismo de distribuição universal e equitativo de vacinas.

Esta semana, antes do apelo da OMS, a Alemanha anunciou que vai aplicar uma terceira dose de reforço da vacina a idosos e outros grupos mais vulneráveis a partir de 1º de setembro. A Espanha também pretende avançar com a administração da terceira dose.

Na semana passada, Israel tornou-se o primeiro país a generalizar o acesso à terceira dose da vacina, ao reforçar a imunização da população com mais de 60 anos.

O Reino Unido planeja a campanha de reforço de vacinação para os idosos e os mais vulneráveis a partir de 6 de setembro, já tendo adquirido 60 milhões de doses extra da Pfizer. De acordo com o britânico Telegraph, pelo menos 32 milhões de pessoas deverão receber a terceira dose.

Em Portugal, o Infarmed descarta para já o reforço de vacina, enquanto o representante da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, considerou que essa situação será “inevitável”.

Depois das declarações de Tedros Adhanom, os Estados Unidos rejeitaram a ideia de uma moratória, considerando que não será necessário optar por administrar vacinas aos cidadãos norte-americanos ou doá-las a países mais pobres.

“É uma falsa alternativa. Achamos que conseguimos fazer as duas coisas”, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki. Ela lembrou que os Estados Unidos já doaram mais de 100 milhões de doses, o que supera as doações de todos os outros países juntos.

Os Estados Unidos ainda não tomaram uma decisão sobre a administração de doses de reforço, ainda que a Pfizer/BioNTech tenham solicitado aos reguladores norte-americano e europeu que aprovem um reforço da vacinação, argumentando que há maior risco de infecção seis meses depois da vacinação.

Em 8 de julho, a Food and Drug Administration (FDA) considerou que os norte-americanos totalmente vacinados não necessitam, para já, de uma dose de reforço. No entanto, o especialista Anthony Fauci admitiu recentemente que os norte-americanos com imunidade comprometida poderão precisar de nova inoculação, diante da ameaça da variante Delta.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) absteve-se, em julho, de fazer qualquer recomendação sobre doses de reforço, sendo que os contratos de Bruxelas com a Pfizer/BioNTech e a Moderna já contavam com a possibilidade de ser necessário adquirir essas doses. 

A Pfizer e a Moderna anunciaram, no início deste mês, o aumento do preço das novas doses nos últimos contratos celebrados com a União Europeia, diz o Financial Times.

BRASIL CONQUISTA MAIS UMA PRATA NO SKATE

No início desta madrugada, o skate trouxe mais uma medalha olímpica para o Brasil. No skate park, o catarinense Pedro Barros finalizou a competição da segunda colocação e levou a terceira prata do skate brasileiro nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

O skatista comemorou muito a medalha, se mostrando bastante emocionado no pódio. Barros exaltou a experiência olímpica acima de tudo, chamou a medalha de “souvenir” e se mostrou feliz pela medalha de ouro do australiano Keegan Palmer, a quem acolheu quando menor.

“Foi lindo, foi maravilhoso. Essa medalha aqui é simplesmente um souvenir, é uma dessas experiências que a gente leva para vida, que é algo muito maior”, apontou. “Esse moleque, a gente chamou para ficar em casa quando ele tinha nove anos. Ele foi com o pai dele, levou a prancha, surfou, se divertiu, ficou com sorriso no rosto todos os dias”.

O único país com mais medalhas que o Brasil no skate, modalidade estreante em Jogos Olímpicos. O Japão conquistou 5 medalhas no Centro de Esportes Urbanos de Ariake, incluindo uma dobradinha (medalhas de ouro e prata) no skate park feminino, única competição em que o Brasil não conquistou medalha no skate.

No quadro de medalhas, o top-3 segue firme com China, Estados Unidos e Japão nas primeiras colocações. Houveram mudanças logo abaixo, com a Austrália e o Comitê Olímpico Russo ultrapassando a Grã-Bretanha e assumindo a quarta e a quinta colocação, respectivamente.

O Brasil segue na 16ª colocação, com 4 medalhas de ouro nos Jogos. O país já igualou o número de medalhas em jogos olímpicos conquistadas na Rio 2016, com 19 pódios. No quadro de medalhas, porém, estão apenas 16 medalhas, que que ainda resta saber a cor da medalha dos finalistas do boxe Beatriz Ferreira e Hebert Conceição, além da seleção masculina de futebol.

Eliminada na semifinal contra o Comitê Olímpico Russo, a seleção masculina de vôlei terá de jogar a decisão do terceiro lugar para conquistar uma medalha de bronze. Os russos interromperam uma sequência de 4 finais consecutivas do Brasil, que agora deve lutar para chegar ao pódio pela quinta olimpíada consecutiva.

Confira a seguir o quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos de Tóquio:

#PaísOuroPrataBronzeTotal
1China34241674
2Estados Unidos29352791
3Japão22101446
4Austrália1751941
5Austrália16222058
16Brasil44816

Saiba mais

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BOLSAS E CÂMBIO

Confira os números do mercado europeu:

  • STOXX 600 (STOXX): +0,37% (469,96)
  • DAX (GDAXI): +0,33% (15.744,67)
  • FTSE 100 (FTSE): -0,05% (7.120,43)
  • CAC 40 (FCHI): +0,52% (6.781,19)
  • FTSE MIB (FTMIB): +0,69% (25.665,55)

Confira os números do mercado asiático:

  • Hang Seng (HK50): -0,84% (26.204,69)
  • KOSPI (KS11): -0,13% (3.276,13) 
  • Shanghai Composto (SSEC): -0,31% (3.466,55)
  • Nikkei 225 (N225): +0,52% (27.728,12)
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -0,61% (4.948,67) 

Confira os números do mercado norte-americano:

  • Dow Jones (DJI): +0,78% (35.064,25)
  • S&P 500 (SPX): +0,60% (4.429,10)
  • Nasdaq Composto (IXIC): +0,78% (14.895,10)

Confira a cotação das principais moedas estrangeiras:

  • Dólar: +0,58% (R$ 5,21)
  • Euro: +0,57% (R$ 6,17)

Imagem em destaque: Agência Brasil / divulgação

Guilherme Guerreiro

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