O Partnership é um conceito utilizado por algumas empresas principalmente no mercado financeiro, que traz aos colaboradores de maior destaque a oportunidade de se tornarem sócios da empresa.
Essa forma de “incentivo” serve tanto para reconhecer os bons profissionais, quanto para aumentar o alinhamento dos mesmos com a organização como um todo.
Agora como sócio, esse funcionário ou associado passa a deter um equity como patrimônio, o qual pode crescer e rentabilizar associado ao desempenho da companhia.
A primeira vez que o Partnership apareceu na literatura foi na obra de Herman Melville, Moby Dick. No romance, os tripulantes da embarcação que caçava a grande baleia branca que da nome ao livro, tornaram-se sócios do navio comandado pelo capitão Ahab.
Já no mundo corporativo, o modelo foi inicialmente introduzido por empresas norte americanas, como Goldman Sachs e foi trazido para o Brasil em 1971, pelo empresário Jorge Paulo Lehman, fundador do banco Garantia.
Atualmente diversas empresas utilizam do modelo como a XP Inc. e a Messem Investimentos. Particularmente acredito muito nesse conceito, pois uma vez que passamos a ter mais pessoas dentro da organização com o “olhar de dono” temos um grupo mais alinhado com o resultado global da companhia.
A ideia de “dividir o bolo em mais pedaços para se ter um bolo maior” funciona. Dividir os resultados também gera como consequência o aumento de responsabilidade e engajamento de todos.
Mas é praticamente impossível falar de Partnership sem tratar também de meritocracia. Para que o modelo funcione é preciso ter um mecanismo de reconhecimento efetivo tanto para eleger os novos sócios como para a manutenção da participação deles dentro do quadro societário.
Em tempos onde a pauta “gente” está cada vez mais em alta nas organizações, ter mais pessoas como sócios é um mecanismo, que se bem implementado, cria uma rota para o sucesso, afinal se o “olho do dono que engorda o gado”, por quê não termos vários donos olhando para o mesmo pasto?