Em mais um capítulo da Reforma Tributária, a votação que trata de mudanças no Imposto de Renda (IR) foi adiada para a próxima semana. Além disso, o relator da proposta promoveu mais mudanças para tentar agradar estados e municípios.
O STF incluiu o presidente Jair Bolsonaro em mais um inquérito. No total, o presidente está incluído em quatro investigações.
Na agenda do dia, o destaque do dia fica para a publicação da prévia do PIB publicada pelo Banco Central (BC), índice importante para a tomada de decisões em curto prazo.
Em direções opostas, as bolsas asiáticas e europeias reagem às publicações de dados desta semana. A variante Delta do novo Coronavírus segue sendo um fator de preocupação.
Esses e outros destaques você confere agora.
VOTAÇÃO DA REFORMA TRIBUTÁRIA É ADIADA E RELATOR PROMOVE MAIS MUDANÇAS
A votação da segunda parte da Reforma Tributária, que trata de mudanças no Imposto de Renda (IR) foi adiada para a próxima terça-feira (17). Além disso, o relator da proposta, o deputado Celso Sabino (PSDB-PA), promoveu mais alterações à proposta.
A votação desta segunda parte da reforma seria votada ontem (12), com expectativas do governo de que o andamento das mudanças no IR destrave a proposta da fusão do PIS/Cofins na Câmara dos Deputados.
A proposta foi adiada para atender as necessidades de estados e municípios, que se sentem defasados e prejudicados com o avanço da reforma.
De acordo com as mudanças promovidas pelo relator, a redução no Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) será de 8,5 p.p., indo de 25% para 16,5%. Até ontem (12), a redução seria de 9,5 p.p.
Além disso, empresas que pagam IR pelo regime de lucro presumido, com faturamento de até R$ 4,8 milhões, terão isenção total sobre os lucros e dividendos.
Quanto à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), a redução segue de 9% para 7,5%.
STF ABRE INQUÉRITO CONTRA BOLSONARO
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (12) a abertura de um inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro. De acordo com a decisão da corte, o presidente é suspeito de vazamento de informações sigilosas sobre uma operação da Polícia Federal (PF).
A decisão atende a um pedido feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na segunda-feira (09). Segundo a entidade, Bolsonaro mostrou na íntegra um inquérito sigiloso do TSE em suas redes sociais.
Agora, Bolsonaro está incluído em quatro inquéritos. Os outros três abordam supostas interferências na Polícia Federal (PF), prevaricação no caso da compra da Covaxin e ataques contra o sistema urnas eletrônicas.
A decisão de Moraes também afasta o delegado Victor Feitosa e investiga o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR).
Em resposta, Bolsonaro disse em suas redes sociais que o verdadeiro crime é “esse inquérito não ir para frente”.
“Vamos ver amanhã qual vai ser a decisão da PF sobre a decisão do prezado ministro Alexandre, que afastou o delegado. Só não tem a cópia do inquérito quem não quer. Não tenho provas, é apenas uma suposição”, disse o presidente.
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AGENDA
No Brasil, o destaque do dia fica para a publicação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) às 9h. Conhecido como uma prévia do PIB, o índice é importante para a definição de políticas a curto prazo, e pode servir como termômetro econômico para a definição da meta Selic.
Na França, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) fechou o mês de julho registrando alta de 0,1%, mantendo a mesma taxa inflacionária registrada no mês imediatamente anterior.
Na Espanha, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) fechou o mês de julho registrando retração de -0,8%. No mês anterior, o IPC tinha ficado em 0,5%.
A balança comercial da Zona do Euro fechou o mês de julho registrando 18,1B, superávit acima do registrado no mês imediatamente anterior (12,3B).
Nos Estados Unidos, às 9h30, são publicados os dados de preços de exportação e de bens importados.
BOLSAS E CÂMBIO
Em dia marcado pela publicação da inflação de alguns países europeus e a balança comercial da Zona do Euro, os índices iniciam a manhã desta sexta-feira (13) registrando altas nos seus principais índices.
Os mercados também reagem positivamente às publicações que marcaram a semana no calendário econômico, como a queda nos pedidos por seguro desemprego nos Estados Unidos.
Mesmo assim, economistas ainda seguem cautelosos quanto ao avanço da variante Delta do novo Coronavírus, que pode frear a retomada econômica das grandes potências.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,19%, indo a 475,72 pontos
- DAX (GDAXI): +0,39%, indo a 15.998,95 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +0,35%, indo a 7.218,51 pontos
- CAC 40 (FCHI): +0,31%, indo a 6.904,10 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +0,27%, indo a 26.629,50 pontos
Na direção oposta, os mercados asiáticos registram baixas na maioria dos principais índices do continente nesta sexta-feira (13).
Economistas aguardam com certa ansiedade a publicação de dados domésticos do países, que pode indicar como o avanço da variante Delta está afetando as economias do continente.
- Hang Seng (HK50): -0,48%, indo a 26.391,62 pontos
- KOSPI (KS11): -1,16%, indo a 3.171,29 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): -0,24%, indo a 3.516,30 pontos
- Nikkei 225 (N225): -0,14%, indo a 27.977,15 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -0,55%, indo a 4.945,98 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados positivos:
- Nasdaq 100 Futuros: +0,01%, indo a 15.080,00 pontos
- Dow Jones Futuros: +0,14%, indo a 35.453,00 pontos
- S&P 500 Futuros: +0,06%, indo a 4.457,25 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta sexta-feira (13):
- Às 9h05, o Dólar caiu -0,29%, a R$ 5,24
- Às 9h05, o Euro caiu -0,08%, a R$ 6,16
Foto: Agência Brasil / Divulgação
