Destaques do dia

Votação da Reforma Tributária é adiada, Câmara aprova coligações partidárias; e mais

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Em mais um capítulo da novela da Reforma Tributária, os parlamentares aprovaram um requerimento que retirava a pauta das discussões do dia, adiando a votação.

A Câmara aprovou ontem (17) a volta das coligações partidárias proporcionais, que são amplamente criticadas, mas defendidas por parlamentares por conta da redução de danos.

Sem destaques para o Brasil na Agenda, o mercado está de olho nas repercussões de dados inflacionários europeus e a ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) dos Estados Unidos.

Nas bolsas, as expectativas são as mesmas. Na Ásia, embora o dia tenha fechado de forma positiva, o mercado está de olho nas pressões regulatórias chinesas.

Esses e outros destaques você confere agora.

VOTAÇÃO DA REFORMA TRIBUTÁRIA É ADIADA

A votação da segunda parte da Reforma Tributária, que trata de mudanças no Imposto de Renda (IR) foi adiada mais uma vez na Câmara dos Deputados. Os parlamentares aprovaram um requerimento ontem (17) para que a pauta fosse retirada do dia.

“Consenso neste plenário sobre esse tema é impossível. Precisa separar o que é política do que é justo e correto para o Brasil”, disse o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Ele defendeu que o tema fosse discutido em plenário e que mudanças sejam feitas por destaques.

“Há muitas divergências sobre as contas feitas. Foram apresentados muitos destaques que podem desvirtuar o equilíbrio. Eu sugiro que a votação do texto e dos destaques fiquem para a próxima semana”, disse o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

O governo esperava a aprovação da pauta através de um acordo feito com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM). A Câmara, porém, foi contrária a um projeto que reduzia o reajuste salarial para professores.

De acordo com as últimas mudanças promovidas pelo relator, o deputado Celso Sabino (PSDB-PA), a redução no Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) será de 8,5 p.p., indo de 25% para 16,5%. No texto anterior, a redução seria de 9,5 p.p.

Além disso, empresas que pagam IR pelo regime de lucro presumido, com faturamento de até R$ 4,8 milhões, terão isenção total sobre os lucros e dividendos.

Quanto à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), a redução segue de 9% para 7,5%.

COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS SÃO APROVADAS NA CÂMARA

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (17) a PEC que retoma as coligações partidárias proporcionais. A proposta teve 347 votos favoráveis e 135 contrários. Agora, ela segue para o Senado Federal.

A principal mudança promovida é a volta das coligações partidárias nas eleições proporcionais. Isso permite a união entre partidos para disputarem as eleições proporcionais em um único bloco.

A proposta é amplamente criticada por voltar com o antigo sistema de “partidos de aluguel”, que vão de acordo com a onda.

“Eu mantenho minha posição pessoal. Eu considero, sim, que é um retrocesso. Nós fizemos uma opção inteligente em 2017, e um dos itens é justamente o fim das coligações e, com a cláusula de desempenho, fará com que nós tenhamos menos partidos políticos e uma melhor representatividade na política”, disse o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Segundo parlamentares da Casa, porém, a aprovação da PEC reduz danos. Isso porque a principal proposta, o “distritão”, foi rejeitada.


Saiba mais

Alteração na Reforma Tributária isenta FIIs e coloca o Brasil próximo da quota de um paraíso fiscal


AGENDA

Sem destaques para o Brasil, o dia é marcado pela publicação de dados inflacionários da Europa e pela ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) dos Estados Unidos.

Pela madrugada, foram publicados dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Reino Unido. A inflação ficou zerada (0,00%) no mês de julho, ficando abaixo das expectativas e desacelerando a alta de preços comparado com o crescimento de 0,5% do mês imediatamente anterior.

Na Zona do Euro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) fechou o mês de julho retraindo -0,1%, uma desaceleração comparado com a alta de 0,3% registrada no mês imediatamente anterior. Nos últimos 12 meses, a Zona do Euro apresentou uma inflação de 2,2%.

Às 9h30 no Canadá, é publicado o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do mês de julho.

Nos Estados Unidos, às 9h30, são publicados dados de licenças de construção pelo Census Bureau.

Às 11h nos Estados Unidos, são publicados dados de estoques de petróleo bruto.

Às 15h30 nos Estados Unidos, é publicada a ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC).

Às 14h30, são publicados dados do fluxo cambial estrangeiro no Brasil.

BOLSAS E CÂMBIO

Em um dia marcado pela publicação de dados inflacionários europeus, os índices do continente amanhecem nesta quarta-feira (18) registrando altas nas principais bolsas.

Os economistas também aguardam pelas atas da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) dos Estados Unidos.

Às 8h da manhã:

  • STOXX 600 (STOXX): +0,01%, indo a 473,79 pontos
  • DAX (GDAXI): -0,11%, indo a 15.905,05 pontos
  • FTSE 100 (FTSE): -0,25%, indo a 7.162,85 pontos
  • CAC 40 (FCHI): -0,33%, indo a 6.797,41 pontos
  • FTSE MIB (FTMIB): +0,13%, indo a 26.259,50 pontos

Na mesma direção, as bolsas asiáticas fecharam registrando altas nos seus principais índices.

Os resultados positivos acontecem apesar das pressões regulatórias chinesas, que já atingem o setor de tecnologia do país. Os ministros da Indústria e Tecnologia do país soltaram um comunicado alegando que 43 aplicativos da Tencent quebram regras de uso de dados de usuários.

O governo ordenou que os aplicativos fossem retificados até o dia 25 de agosto. Caso contrário, a companhia deve sofrer punições.

  • Hang Seng (HK50): +0,47%, indo a 25.867,01 pontos
  • KOSPI (KS11): +0,50%, indo a 3.158,93 pontos
  • Shanghai Composto (SSEC): +1,11, indo a 3.485,29 pontos
  • Nikkei 225 (N225): +0,59%, indo a 27.585,91 pontos
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +1,17%, indo a 4.894,24 pontos 

Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados mistos:

  • Nasdaq 100 Futuros: +0,13%, indo a 15.022,70 pontos
  • Dow Jones Futuros: -0,17%, indo a 35.283,60 pontos
  • S&P 500 Futuros: -0,03%, indo a 4.446,90 pontos

Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quarta-feira (18):

  • Às 9h05, o Dólar caiu -0,31%, a R$ 5,26
  • Às 9h05, o Euro caiu -0,32%, a R$ 6,16

Foto: Agência Brasil / Divulgação

Juan Tasso - Smart Money

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