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Bolsonaro defende zerar PIS/Cofins do Diesel, perdas de gestões anteriores somaram R$ 46 bi, diz a Caixa; e mais

4 Minutos de leitura

Em sinalização aos caminhoneiros, Bolsonaro defende zerar o PIS/Cofins do diesel já no início de 2022.

Segundo um levantamento da Caixa, as perdas econômicas das gestões anteriores somaram mais de R$ 46 bilhões, que incluem investimentos pelo FGTS e empréstimos concedidos pelo banco.

Na agenda do dia, o destaque para o Brasil fica para a publicação do índice de evolução do emprego do CAGED.

As bolsas globais devem encerrar a penúltima semana de agosto registrando baixas nos principais índices. A variante Delta do novo Coronavírus já causa danos na economia.

Esses e outros destaques você confere agora.

BOLSONARO DEFENDE ZERAR PIS/COFINS DO DIESEL

Segundo o presidente Jair Bolsonaro, em uma live realizada em suas redes sociais nesta quinta-feira (19), o governo federal estuda zerar o PIS/Cofins que resiste sobre o diesel.

A medida dependeria de cortes em subsídios e já seria efetiva a partir do primeiro mês de 2022.

“Pretendo, não vou dizer que vou conseguir. Conversei com o Paulo Guedes, mas existe uma chance – não me cobre ainda, porque tá em estudo ainda – de nós zerarmos o PIS/Cofins do diesel a partir de janeiro do ano que vem”, disse Bolsonaro.

Segundo o presidente, a arrecadação do governo federal quanto ao imposto fica na casa de R$ 17 bilhões. Ele defende que o governo estude alguma medida compensatória para “tapar o buraco”.

“Estamos trabalhando nesse sentido, temos que reduzir 10% dos subsídios no corrente ano e, quando há redução, há margem para você pegar essa margem e fazer uma conta para chegar a outro local. Os 10% de subsídio são na ordem de R$ 15 bilhões. Nós devemos achar para tapar um buraco de R$ 17 bilhões. Faltam R$ 2 bilhões. A gente vai se virar”, disse o presidente. 

A medida é uma sinalização para a categoria de caminhoneiros, base eleitoral forte do presidente, mas que vem estudando a realização de greves e paralisações em todo o país.

POR CONTA DE CORRUPÇÃO, PERDAS DE GESTÕES ANTERIORES SOMARAM R$ 46 BI, DIZ CAIXA

Segundo o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, as perdas somadas pelas gestões anteriores somaram R$ 46 bilhões. Segundo ele, a corrupção é a principal responsável.

O levantamento considera o volume de empréstimos, que somam R$ 22,1 bilhões, e as movimentações no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que somam  R$ 24,4 bilhões.

“Foram R$ 46 bilhões em perdas econômicas geradas no passado e todas investigadas pelo Ministério Público, Polícia Federal, que geraram prisões, delações e devolução de dinheiro por corrupção provada e que não existem mais”, disse Guimarães.

Segundo ele, as perdas geradas pelas gestões anteriores já foram guarnecidas e não representam algum tipo de risco no futuro do banco.

“Não prevemos perdas futuras. Tivemos de provisionar R$ 5 bilhões no balanço”, disse ele.


Saiba mais

Ibovespa cai para níveis registrados em maio: o que causa a baixa na Bolsa?


AGENDA

No Brasil, o destaque do dia fica para a publicação do índice de evolução do emprego do CAGED. O índice é publicado às 14h30 pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Às 15h30, dados da receita tributária federal são publicados pela Receita Federal.

Pela madrugada, foram publicadas as vendas do setor de varejo do Reino Unido. As vendas no setor retraíram -2,5% em julho. No mês anterior, o índice, que é publicado pelo Office for National Statistics, havia ficado em 0,2%.

Na Alemanha, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) fechou o mês de julho com crescimento de 1,9%. No mês imediatamente anterior, o índice havia subido 1,3%.

Às 12h nos Estados Unidos, discursa Robert Steven Kaplan, membro do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC).

BOLSAS E CÂMBIO

A sexta-feira (20) é marcada por mais um dia de quedas nas bolsas globais, com todos os grandes índices de destaque na Europa registrando baixas.

A variante Delta do novo Coronavírus deixou de ser um receio para o futuro e passou a causar danos na economia global. Na China, as projeções de crescimento começaram a esfriar com o temor do avanço do vírus no continente asiático.

O avanço da variante deixa o mercado em mal estar. O medo é que a retomada do crescimento econômico global seja amplamente prejudicado com o aumento das infecções, que podem provocar a aplicação de medidas sanitárias mais severas de restrição social.

Enquanto isso, o mercado digere a última reunião do Fed, que indicou que o Banco Central dos Estados Unidos deve desacelerar sua compra mensal de ativos ainda neste ano, indicando que essa medida, que dá liquidez ao mercado financeiro, pode não ser mais necessária.

Às 8h da manhã:

  • STOXX 600 (STOXX): -0,19%, indo a 466,35 pontos
  • DAX (GDAXI): -0,53%, indo a 15.681,85 pontos
  • FTSE 100 (FTSE): -0,24%, indo a 7.042,15 pontos
  • CAC 40 (FCHI): -0,44%, indo a 6.579,02 pontos
  • FTSE MIB (FTMIB): -0,62%, indo a 25.768,50 pontos

Na mesma direção, as bolsas asiáticas fecharam registrando baixas nos seus principais índices.

Na China, as projeções quanto ao crescimento econômico já começaram a esfriar por conta do fator trazido pela variante Delta do novo Coronavírus.

Além da preocupação quanto às políticas econômicas dos Estados Unidos, o mercado observa as atitudes regulatórias do governo chinês, que pressionam o setor de tecnologia do país.

Na semana passada, o governo do país indicou que pelo menos 40 aplicativos da gigante Tencent violam os termos de uso de dados dos consumidores. Caso os aplicativos não sejam retificados, a empresa pode passar por punições severas.

  • Hang Seng (HK50): -1,84%, indo a 24.849,72 pontos
  • KOSPI (KS11): -1,20%, indo a 3.060,51 pontos
  • Shanghai Composto (SSEC): -1,10%, indo a 3.427,33 pontos
  • Nikkei 225 (N225): -0,98%, indo a 27.013,25 pontos
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -1,91%, indo a 4.769,27 pontos 

Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados negativos:

  • Nasdaq 100 Futuros: -0,33%, indo a 14.884,10 pontos
  • Dow Jones Futuros: -0,50%, indo a 34.718,30 pontos
  • S&P 500 Futuros: -0,46%, indo a 4.385,60 pontos

Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta sexta-feira (20):

  • Às 9h03, o Dólar subiu +0,44%, a R$ 5,44
  • Às 9h03, o Euro subiu +0,37%, a R$ 6,34

Foto: Agência Brasil / Divulgação

Juan Tasso - Smart Money

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