Após o adiamento do manifesto que seria lançado pela Fiesp, a Febraban publicou uma nota de apoio ao conteúdo da nota e em defesa da democracia.
De acordo com cálculos da Comsefaz, as perdas do governo com a aprovação da reforma do IR podem passar de R$ 41 bilhões em 2023.
Na agenda, o destaque fica para a publicação de dados trabalhistas dos EUA, que devem pautar as bolsas durante todo o dia.
No início da manhã, as bolsas estão sem rumo definido, mas aguardando a publicação dos dados.
Esses e outros destaques você confere agora.
FEBRABAN LANÇA NOTA DE APOIO EM DEFESA À DEMOCRACIA
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lançou uma nota nesta quinta-feira (02) dizendo apoiar o manifesto da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que defende a harmonia entre os poderes e a democracia.
A nota é lançada em uma semana que foi marcada por um manifesto da Fiesp assinado por 200 entidades, entre elas a Associação Brasileira de Agronegócio (Abag) e a Fecomercio e a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
A nota seria lançada na terça-feira (31) intitulada como “A Praça é dos Três Poderes”, que foi recebida de forma amarga no Planalto. Além disso, a adesão da Febraban fez o Banco do Brasil e o Banco Caixa saírem da entidade.
“A Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) reafirma o apoio emprestado ao manifesto “A Praça é dos Três Poderes”, cuja adesão se deu, desde o início, dentro de um contexto plurifederativo de entidades representativas do setor produtivo e cuja única finalidade é defender a harmonia do ambiente institucional no país”, diz a nota da Febraban.
A entidade afirmou respeito pelo BB e o Banco Caixa, que se manifestaram contrários à publicação da carta aberta.
“Diante disso, a FEBRABAN avalia que, no seu âmbito, o assunto está encerrado e com isso não ficará mais vinculada às decisões da FIESP, que, sem consultar as demais entidades, resolveu adiar sem data a publicação do manifesto”, diz a nota.
REFORMA DO IR PODE GERAR PERDAS DE R$ 41 BILHÕES AO GOVERNO
De acordo com um cálculo do Comitê de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), com a aprovação da reforma no Imposto de Renda (IR), o governo perderá R$ 41,3 bilhões em arrecadações em 2023. No caso de municípios e estados, a perda é de R$ 19,3 bilhões, enquanto que o rombo na União é de R$ 21,8 bilhões.
Segundo a entidade, o cálculo leva em consideração a queda de 1% na Contribuição Social sobre Lucros Líquido (CSLL).
A reforma, que foi aprovada nesta quinta-feira (02), conta com mudanças importantes. A principal delas é a mudança na taxação de dividendos, que era de 20% no texto-base, mas foi ao Senado em 15% após as mudanças promovidas ontem (02).
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AGENDA
No Brasil, o destaque do dia fica para a publicação, às 10h, do Índice de Gerentes de Compras (PMI) composto Markit referente ao mês de agosto.
Durante a madrugada, foram publicados dados do balanço orçamentário do governo referente ao mês de julho. Os resultados ficaram em -166,6B, ampliando o resultado negativo do mês anterior (-131,3B).
Ainda na França, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) composto fechou o mês de agosto registrando 55,9 pontos, uma queda comparado com o mês imediatamente anterior (56,6 pontos).
Na Alemanha, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) composto fechou em 60,0 pontos em agosto, uma retração comparado com o mês anterior (62,4 pontos).
Na Zona do Euro, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) composto ficou em 59,0 pontos em agosto, uma retração comparado com o mês imediatamente anterior (60,2 pontos).
No Reino Unido, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) composto de agosto fechou em 54,8 pontos, uma retração comparado com o mês anterior (59,2 pontos).
Na Zona do Euro, as vendas do varejo retraíram em -2,3% no mês de julho comparado com o mês anterior. Em junho, o setor havia crescido 1,8%.
Às 9h30 nos Estados Unidos, é publicado o Relatório de Emprego (Payroll) não-agrícola e privado referente ao mês de agosto. Os dados são publicados pela Bureau of Labor Statistics.
Às 9h30 nos EUA, a taxa de desemprego de agosto é publicada.
Às 10h45 nos EUA, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) composto de agosto é publicado.
BOLSAS E CÂMBIO
Mais uma vez sem rumo definido, as bolsas europeias iniciam a sexta-feira (03) registrando resultados mistos.
Os mercados aguardam pela publicação de dados trabalhistas nos Estados Unidos, que podem dar um sentimento mais claro quanto à economia do país e a recuperação pós-pandemia.
Bons dados dos EUA podem indicar que os efeitos causados pela variante Delta são mais amenos por lá, e que o Banco Central do país talvez mude suas políticas de compra de ativos.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): -0,16%, indo a 473,83 pontos
- DAX (GDAXI): +0,11%, indo a 15.858,30 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +0,21%, indo a 7.179,21 pontos
- CAC 40 (FCHI): -0,41%, indo a 6.735,12 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +0,02%, indo a 26.238,50 pontos
Também sem rumo definido, os mercados asiáticos fecharam de forma mista, com investidores de olho nos efeitos causados pela alta de casos da variante Delta do novo Coronavírus.
No Japão, a bolsa reage ao anúncio do primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, de que ele não buscará a reeleição e deve deixar o cargo.
O anúncio acontece ao mesmo tempo em que as taxas de aprovações de Suga estão baixíssimas.
“Hoje [13], na reunião executiva, o presidente Suga disse que quer concentrar seus esforços em medidas contra o coronavírus e não vai contestar a eleição do líder do partido”, disse o secretário-geral do partido, Toshihiro Nikai.
- Hang Seng (HK50): +0,24%, indo a 26.090,43 pontos
- KOSPI (KS11): -0,97%, indo a 3.175,85 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +0,84%, indo a 3.597,04 pontos
- Nikkei 225 (N225): +0,33%, indo a 28.543,51 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -0,54%, indo a 4.843,06 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados positivos:
- Nasdaq 100 Futuros: +0,10%, indo a 15.620,20 pontos
- Dow Jones Futuros: +0,12%, indo a 35.487,80 pontos
- S&P 500 Futuros: +0,16%, indo a 4.544,40 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta sexta-feira (03):
- Às 9h03, o Dólar caiu –0,29%, a R$ 5,17
- Às 9h03, o Euro caiu -0,32%, a R$ 6,13
Foto: Agência Brasil / Reprodução
