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Greve de parte do setor de caminheiros continua pelo 2º dia

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Pelo segundo dia seguido, a greve de parte do setor de caminheiros se estende por todo o Brasil. Na manhã desta quinta-feira (09), bloqueios em rodovias foram registradas em pelo menos 15 estados, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). 

Diferente de greves anteriormente registradas, a paralisação que iniciou ontem (08) não partiu de lideranças da categoria, e é vista como um movimento autônomo entre caminheiros que dizem ser do grupo de apoio do presidente Jair Bolsonaro. 

“Não estamos participando, porque entendemos que a paralisação é um movimento político. Não tem uma pauta voltada para a categoria. Nossa categoria é muito polarizada, tem gente de esquerda, direita, apartidária. Não tem como levantar um movimento desses com o nome dos caminhoneiros”, disse Wallace Landim, presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores, para a BBC News. “Os caminhoneiros estão sendo usados como massa de manobra”, diz ele. 

Para a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), a paralisação pode provocar graves problemas na cadeia de abastecimento, e manifestou repúdio aos bloqueios. 

Entre os assuntos defendidos pelo movimento autônomo de camionheiros está a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é estadual e cobrado sobre os combustíveis. 

Além de pautas contrarias aos recentes aumentos dos combustíveis nas refinarias, parte dos motoristas também apoiam movimentos contrários aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a favor do voto impresso. 


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O movimento de paralisação iniciou ontem (08), um dia após os protestos do dia 7 de setembro. Os motoristas chegaram a bloquear a via Esplanada dos Ministérios, em Brasília. 

O movimento continua apesar de um áudio vazado ontem (08) do presidente Jair Bolsonaro em que o presidente pede para a categoria de motoristas que não façam a paralisação e sigam com a normalidade. 

Segundo Bolsonaro, a paralisação “atrapalha a economia”, além de prejudicar “todo mundo, em especial, os mais pobres”. 

“Deixa com a gente em Brasília aqui e agora. Mas não é fácil negociar e conversar por aqui com autoridades. Não é fácil. Mas a gente vai fazer a nossa parte aqui e vamos buscar uma solução para isso”, disse o presidente em áudio. 

O conteúdo da mensagem foi confirmado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, em um vídeo gravado na noite de ontem (08). 

“Essa paralisação ia agravar efeitos da economia, inflação, impactar os mais pobres e mais vulneráveis. Nós já temos hoje um efeito nos preços dos produtos em função da pandemia”, disse o ministro. Para ele, o áudio vazado “mostra a preocupação do presidente com a paralisação”. 

A paralização marca o terceiro dia de tensões por conta das manifestações do dia 7 de setembro. Ontem (08), um grupo de manifestantes chegou a tentar invadir o prédio do Ministério da Saúde, em Brasília, e os protestos continuam em parte da capital brasileira. 

Foto: Estadão Conteúdo / Reprodução

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