De acordo com o Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC) contando com a contribuição de mais de 100 instituições financeiras, a inflação brasileira, o IPCA, deve terminar o ano em 8%.
Comparado com a semana passada, é uma alta de 0,42% nas projeções para a inflação. Na soma do último mês, a inflação brasileira subiu 0,95%.
A inflação brasileira é pressionada principalmente pelas altas dos combustíveis promovidas pela Petrobrás nas refinarias. Segundo a estatal, os reajustes acontecem por conta da variação no mercado internacional. Desde o início de 2020, os reajustes passaram de 50%.
Além dos combustíveis, a crise hídrica vem causando aumentos sucessivos na conta de luz dos brasileiros, causando pressões ao IPCA.
Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), o Boletim projeta que o crescimento deve ser de 5,04% em 2021, uma queda de 0,11% comparado com o relatório de projeções da semana passada.
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Selic e Câmbio
Segundo as projeções do Boletim, a meta Selic, taxa básica de juros brasileira, deve terminar o ano em 8 pontos percentuais a.a. Comparado com o relatório da semana passada, a alta é de 0,37 p.p.
Na soma de um mês, a alta é de 0,50 p.p. na taxa básica de juros brasileira, indicando que as pressões inflacionárias estão mais fortes que o previsto.
Quanto ao câmbio, o Dólar deve terminar o ano a R$ 5,20, uma alta de R$ 0,03 comparado com o Boletim da semana passada. No mês, a moeda norte-americana sofreu variação de R$ 0,10.