APENAS 3% DA POPULAÇÃO AFRICANA ESTÁ VACINADA CONTRA COVID-19
Nesta terça-feira (14), a União Africana divulgou dados atualizados sobre a vacinação contra Covid-19 no continente. Segundo as informações, apenas 3,5% da população africana foi totalmente vacinada contra o novo coronavírus até o momento.
Enquanto alguns países já administram doses de reforço contra a doença, a maioria das nações africanas têm dificuldade para ter acesso aos imunizantes. Enviado especial da União Africana para aquisição de vacinas, Strive Masiyiwa declarou que os países africanos querem comprar vacinas, e não apenas esperar por doações de países mais ricos.
“A arquitetura das promessas financeiras não funciona, porque o comprometimento de verbas é sujeito a condições e mais condições até a crise passar, e isso não pode acontecer. Não podemos estar dependentes da partilha de vacinas, especialmente quando podemos chegar à mesa das negociações e dizer que também queremos comprar dos mesmos fabricantes e nas mesmas condições (que os países mais desenvolvidos”, apontou.
A União Africana criou Fundo Africano de Aquisição de Vacinas (Avat). O enviado apontou que as farmacêuticas têm a “responsabilidade moral” de vender vacinas para as nações africanas, o que não tem ocorrido. “Esses fabricantes sabem muito bem que nunca nos deram o acesso apropriado (às vacinas)”, apontou.
Masiyiwa ainda pediu que as principais instituições internacionais trabalhem para criar mecanismos que permita uma reação mais eficaz a crises como a pandemia de Covid-19. “Aprendemos a lição de que não podemos andar à procura de dinheiro durante uma crise, o mundo precisa de saber que pode haver outra crise semelhante, e por isso pedimos ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Mundial para liderarem a criação de uma estrutura permanente de financiamento”, disse.
O diretor do Centro de Controle de Doenças africano, John Nkengasong, apontou em entrevista coletiva que o índice de vacinação é muito inferior à meta estipulada de vacinar até 60% da população. Segundo o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, os países da África “foram abandonados pelo resto do mundo”.
A OMS defende que os países desenvolvidos não façam campanhas de doses de reforço contra a Covid-19, citando que a comunidade internacional deve priorizar a distribuição de doses para o maior número possível de países antes de distribuir terceiras doses. A entidade espera ajudar o continente africano a vacinar completamente 40% da população até o final de 2021.
UNIÃO EUROPEIA ANUNCIA DOAÇÃO DE VACINAS E AJUDA AO AFEGANISTÃO
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, afirmou em discurso nesta quarta-feira (15) que a prioridade número 1 da União Europeia é acelerar a vacinação contra Covid-19 a nível global.
Von der Leyen afirmou que a UE já se comprometeu a doar cerca de 250 milhões de doses de imunizantes contra a Covid-19 para países de menor poder aquisitivo. Em adição a essas doses, ela ainda apontou que mais 200 milhões de doses devem ser repassadas até os meados de 2022. “Trata-se de um investimento na solidariedade, mas também na saúde mundial”, apontou Von der Leyen.
O discurso foi feito na reunião do Estado da União Europeia, na sede do Parlamento Europeu, a presidente da Comissão Europeia afirmou ainda considerar preocupante a divergência nos níveis de vacinação a nível mundial. “Uma pandemia é uma maratona, não uma corrida de velocidade”, apontou.
Ainda no discurso do Estado da União Europeia, feito anualmente, Ursula Von der Leyen chamou atenção para a situação do Afeganistão. Segundo ela, a Europa tem obrigação de monitorar a situação e amparar todos os cidadãos possivelmente afetados pela crise no país.
“É nossa obrigação fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para evitar o risco real de uma grande fome e de uma catástrofe humanitária. Faremos a nossa parte, aumentando a ajuda humanitária concedida ao Afeganistão, com 100 milhões adicionais”, apontou. A ajuda adicional fará parte de um novo pacote de auxílio ao Afeganistão, que deve ser apresentado nas próximas semanas.
Ainda estiveram em pauta no discurso de Von der Leyen o compromisso da UE com a implementação de tecnologias limpas. Ela revelou que a comissão propôs a criação de um Fundo Social para a Ação Climática, que tem o objetivo de democratizar o acesso às tecnologias limpas.
Von der Leyen ainda reforçou o compromisso da UE de investir na implementação da tecnologia 5G no continente. Ela citou também que a Europa deve investir na fabricação própria de semicondutores no futuro próximo. Atualmente, o mercado internacional passa por uma escassez de semicondutores e, segundo Ursula, é necessário reduzir a dependência mundial de semicondutores asiáticos.
“De smartphones a trens ou fábricas inteiramente inteligentes, semicondutores fazem tudo funcionar”, apontou. “Apresentaremos uma nova lei europeia no domínio dos circuitos integrados. O objetivo é criar em conjunto um ecossistema europeu de circuitos integrados de vanguarda, que inclua a produção”.
CHILE AUTORIZA ENTRADA DE TURISTAS NO PAÍS
O governo do Chile anunciou hoje a flexibilização das restrições nas fronteias do país. Agora, está permitida a entrada de turistas no país, com as fronteiras fechadas desde abril. A mudança será válida a partir do dia 1º de outubro.
Com cerca de 72% da população totalmente vacinada, o governo chileno revisou o fechamento das fronteiras à medida que os números de casos e mortes por Covid-19 baixaram no país. Até agora, apenas o aeroporto da capital Santiago estava com permissão para receber voos internacionais, que serão permitidos nos aeroportos de Antofagasta e Iquique a partir de outubro.
A liberação de entrada de estrangeiros não residentes no país ocorre como forma de estimular o turismo chileno, setor duramente afetado pela pandemia de Covid-19. As fronteiras terrestres — o chile faz fronteira com Argentina, Bolívia e Peru — permanecem.
“Este anúncio da abertura de fronteiras, que é um primeiro passo de um processo que será progressivo, permite que turistas estrangeiros possam vir ao nosso país”, apontou o subsecretário de Turismo chileno, José Luis Uriarte.
Para entrar no Chile, viajantes precisam preencher uma declaração até 48 horas antes do voo e apresentar teste PCR com resultado negativo feito até 72 horas antes da viagem. Será obrigatório ainda um seguro de viagem de valor igual ou superior a US$ 30 mil e validar online os certificados de vacinação. As solicitações de viagem ao Chile podem ser feitas a partir de amanhã (16) e o governo chileno afirma que pode levar até um mês para responder os pedidos.
Será ainda obrigatória uma quarentena em hotel sanitário antes de ser liberada a circulação pelo país. Para viajantes vacinados, o período de isolamento será de cinco dias e, para não vacinados, será de sete dias.
Desde o início da pandemia de Covid-19, o Chile registrou aproximadamente 1,6 milhões de casos da doença, com 37 mil óbitos pelo novo coronavírus. A vacinação no Chile está em estágio avançado, com 13,9 milhões de chilenos totalmente vacinados — o equivalente a 73,5% da população do país.
BOLSAS E CÂMBIO
Confira os números do mercado europeu:
- STOXX 600 (STOXX): -0,68% (464,48)
- DAX (GDAXI): -0,68% (15.616,00)
- FTSE 100 (FTSE): -0,25% (7.016,49)
- CAC 40 (FCHI): -1,04% (6.583,62)
- FTSE MIB (FTMIB): -1,02% (25.762,10)
Confira os números do mercado asiático:
- Hang Seng (HK50): –1,84% (25.033,21)
- KOSPI (KS11): +0,15% (3.153,40)
- Shanghai Composto (SSEC): -0,17% (3.656,22)
- Nikkei 225 (N225): -0,52% (30.511,71)
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -1,01% (4.867,32)
Confira os números do mercado norte-americano:
- Dow Jones (DJI): +0,68% (34.814)
- S&P 500 (SPX): +0,85% (4.480)
- Nasdaq Composto (IXIC): +0,82% (15.161)
Confira a cotação das principais moedas estrangeiras:
- Dólar: -0,41% (R$ 5,23)
- Euro: -0,31% (R$ 6,18)
Imagem em destaque: Africanews / divulgação