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Campos Neto diz que Petrobras repassa preços “mais rápido” que outros países, Guedes culpa “barulho político” pelo Dólar alto; e mais

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Para Campos Neto, os repasses de preços da Petrobras são mais rápidos que a de outros países. Além disso, o presidente da entidade comentou a respeito dos preços das commodities e a inflação brasileira. 

Para Guedes, um Dólar alto é resultado do “barulho político” brasileiro, coisa que ele também identifica nos Estados Unidos. 

Na agenda, o destaque do Brasil fica para a publicação da chamada “prévia do PIB” do Banco Central (BC). 

Nas bolsas, os mercados reagem aos fracos resultados do setor de indústria da China, a inflação dos EUA e a publicação de preços de bens importados e exportados do país norte-americano. 

Esses e outros destaques você confere agora. 

CAMPOS NETO: PETROBRAS REPASSA OS PREÇOS “MAIS RÁPIDO” QUE OUTROS PAÍSES 

Segundo o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, o preço dos combustíveis no Brasil é diretamente atrelado ao Dólar, e que a Petrobras repassa os preços de maneira mais rápida que outros países. 

O presidente da entidade monetária disse isso no evento MacroDay 2021 quando comentava a respeito da inflação brasileira, que, segundo ele, é pressionada pela alta das commodities e pela crise hídrica. 

“A parte de passar esse preço de commodities para o preço interno no Brasil, o mecanismo é um pouco mais rápido, lembrando que a Petrobras, por exemplo, passa preços muito mais rápido do que a grande parte dos outros países. A gente tem olhado isso também”, disse ele. 

Segundo ele, o BC previa uma alta para o setor de Serviços, e disse ainda que o Brasil foi um dos primeiros países a sentirem a alta nos preços das matérias-primas pelo mundo, impulsionada pela retomada econômica em grandes potências como a China e Estados Unidos. 

Quando questionados sobre a Selic, Campos Neto que a taxa básica de juros brasileira pode ser elevada “até onde for necessário”. 

“Quando a gente fala ‘whatever it takes’, basicamente a gente está querendo dizer o seguinte: a gente tem um instrumento na mão que vai ser usado da forma como ele precisa ser usado e a gente entende que a gente pode levar a Selic até onde precisar ser levada para que a gente tenha uma convergência da meta no horizonte relevante”, disse ele. 

O presidente da entidade deixou claro, porém, que não significa que mudará a Selic a cada resultado novo da inflação. 

“Mas a gente também gostaria de dizer que isso não significa que o BC vai reagir, que vai ter alterações no plano de voo, a cada dado de alta frequência que sai. Ou seja, algumas coisas a gente tem comunicado, já tinha antecipado, algumas coisas de disseminação estão um pouco piores de fato na ponta, mas a gente tem um plano de voo que a gente olha num horizonte mais longo. Isso não significa que você não vai atingir o objetivo de estabilizar, de fazer a convergência da inflação à frente”, disse ele. 

Atualmente, a meta Selic está a 5,25% ao ano, com projeções de alta até 8% segundo o Boletim Focus. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está marcada para acontecer nos dias 20 e 21 de setembro. 

SEGUNDO GUEDES, O ‘BARULHO POLÍTICO’ ATRAPALHA A QUEDA DO DÓLAR 

Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, o “barulho político” atrapalha o desempenho do Real ante o Dólar, que deveria estar entre a faixa de R$ 3,80 e R$ 4,20. 

“Esse dólar já era para estar descendo mesmo, mas o barulho político não deixa descer”, disse ele durante um evento em São Paulo. 

Mesmo sem citar nomes, Guedes disse que os ruídos entre os poderes Executivos e Judiciário são comuns, e que o mesmo acontece na Suprema Corte dos Estados Unidos. 

“Está acontecendo isso aqui também. O pau está comendo. Mas as instituições estão evoluindo”, disse ele. 


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AGENDA 

No Brasil, o destaque do dia fica para a publicação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) referente ao mês de julho, que deve acontecer às 9h. O índice é publicado pelo BC e serve como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). 

Às 12h, é publicado Índice Primário de Sentimento do Consumidor do Brasil pela Thomson Reuters/Ipsos. 

Às 14h30, dados do fluxo cambial estrangeiro são publicados pelo Banco Central (BC). 

Durante a madrugada, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Reino Unido foi publicado, indicando alta de 0,7% em agosto frente a julho, ficando 0,2 p.p. acima do previsto pelos economistas. No mês anterior, a inflação havia subido 0,5%. Na base anual, a inflação ficou em 3,2%. 

Ainda no Reino Unido, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) de bens intermediários fechou com alta de 0,4% em agosto frente ao mês imediatamente anterior, ficando 0,2 p.p. acima do previsto por economistas. Em julho, o IPP havia subido 1,3%. 

Na França, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) cresceu 0,6% em agosto frente ao mês imediatamente anterior, quanto a inflação havia subido 0,1%. 

Na Itália, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,4% em agosto frente ao mês anterior, quando subiu 0,5%, ficando um pouco abaixo da expectativa de economistas. 

Na Zona do Euro, a produção industrial cresceu 1,5% em julho, ficando muito acima da projeção de economistas (0,6%) e acelerando frente a variação de –0,1% do mês imediatamente anterior. 

Nos Estados Unidos, às 9h, são publicados os dados de preços de bens importados e exportados referente ao mês de agosto. 

Às 10h15 nos Estados Unidos, a produção industrial do mês de agosto é publicada pela Federal Reserve (Fed). 

Às 11h nos EUA, dados de estoques de petróleo bruto são publicados. 

Às 9h30, tem discurso de Isabel Schnabel, membro do Banco Central Europeu (BCE). 

Para finalizar o dia, às 20h30, a balança comercial japonesa ajustada é publicada pelo Ministry of Finance.

BOLSAS E CÂMBIO 

No aguardo pela publicação de mais dados econômicos nos Estados Unidos, as bolsas europeias iniciam a manhã registrando resultados mistos. 

Os índices também reagem à publicação da inflação do Reino Unido, França e Itália para o mês de agosto. 

Às 8h da manhã: 

  • STOXX 600 (STOXX): 0,34%, indo a 466,08 pontos 
  • DAX (GDAXI): 0,22%, indo a 15.687,85 pontos 
  • FTSE 100 (FTSE): +0,04%, indo a 7.036,95 pontos 
  • CAC 40 (FCHI): 0,61%, indo a 6.612,65 pontos 
  • FTSE MIB (FTMIB): 0,46%, indo a 25.907,00 pontos 

Acompanhando o mercado europeu, os índices asiáticos registram resultados mistos nesta quarta-feira (15). 

Enquanto os economistas seguem de olho nas pressões regulatórias da China, o setor econômico também acompanha o desenrolar das publicações na Europa e Estados Unidos, com destaque para a inflação norte-americana, que ficou um pouco abaixo do esperado. 

Além disso, o mercado reage aos dados da China, cuja produção industrial para o mês de agosto decepcionou. 

  • Hang Seng (HK50): -1,84%, indo a 25.033,21 pontos 
  • KOSPI (KS11): +0,15%, indo a 3.153,40 pontos 
  • Shanghai Composto (SSEC): 0,17%, indo a 3.656,22 pontos 
  • Nikkei 225 (N225): -0,52%, indo a 30.511,71 pontos 
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -1,01%, indo a 4.867,32 pontos  

Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados positivos: 

  • Nasdaq 100 Futuros: +0,25%, indo a 15.421,70 pontos 
  • Dow Jones Futuros: +0,06%, indo a 34.599,30 pontos 
  • S&P 500 Futuros: +0,17%, indo a 4.450,60 pontos 

Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quarta-feira (15): 

  • Às 9h03, o Dólar caiu -0,48%, a R$ 5,23 
  • Às 9h03, o Euro caiu -0,38%, a R$ 6,18 

Foto: Reuters / Reprodução

Juan Tasso - Smart Money

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