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Risco de calote de US$ 300 bi da Evergrande despenca o mercado chinês

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Um anúncio de uma das companhias imobiliárias mais valiosas da China, a Evergrande, fez com que as bolsas asiáticas despencassem nesta quarta-feira (16), com índices como o CSI 300 Index fechando o dia em queda de -1,22% e o SZSE Component caindo -1,91%

Segundo a companhia, existe um risco de ela não conseguir honrar com suas dívidas com os bancos, que somam US$ 300 bilhões. 

De acordo com a Bloomberg, autoridades chinesas emitiram um comunicado aos bancos do país dizendo que o Evergrande Group não será capaz de pagar juros e empréstimos que devem vencer na semana que vem. 

O problema vem se estendendo há algum tempo. A complexa rede de obrigações da Evergrande com bancos, fornecedores, detentores de títulos e proprietários de casas se tornou um dos maiores riscos financeiros da China dos últimos tempos. 

O risco de um eventual colapso do sistema financeiro chinês preocupa os economistas, já que a companhia também pegou dinheiro emprestado de outras entidades internacionais. 

Outra grande preocupação é que um eventual calote da Evergrande pode significar uma onda infecciosa entre outras companhias do mercado imobiliário do país, com mais dívidas sendo desonradas. 


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Para tentar conter um eventual colapso, representantes do Ministério de Habitação e de Desenvolvimento Urbano e Rural se reuniram com bancos da China para estudar a possibilidade de uma eventual prorrogação dos débitos, mas a situação está sendo encarada como uma corrida contra o tempo. 

O caso lembra a crise do subprime nos Estados Unidos, em 2008, quando o Lehmann Brothers quebrou e a crise imobiliária estava instaurada. Os desfechos do caso da Evergrande, porém, devem ser um pouco diferentes. 

Para analistas do Enodo Economics, é altamente improvável que a China promova um plano de resgate para o Evergrande. O governo deve tentar evitar um colapso, mas no caso de uma quebra, devem mitigar os danos e fazer uma quebra “controlada”. 

Enquanto isso, proprietários de imóveis que ainda estão em construção e investidores organizam uma série de protestos na sede da companhia nos últimos dias. 

Foto: APF / Reprodução

Juan Tasso - Smart Money

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