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Ministério da Economia piora projeções da inflação para 2021 e 2022

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Segundo um relatório da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, a inflação oficial brasileira, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve terminar o ano em 7,9%. 

A última projeção da SPE indicava uma alta de 5,9%, indicando que os efeitos inflacionários brasileiros estão pressionando o índice. 

“O valor projetado encontra-se acima da meta de inflação de 3,75% para o ano de 2021, bem como acima do limite superior do intervalo de tolerância”, diz o relatório divulgado. 

A projeção está muito acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 5,25% em 2021, e 0,01 p.p. abaixo das projeções do Boletim Focus, que é divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC). 

Para 2022, a SPE vê uma inflação a 3,75%. 


Saiba mais

Boletim Focus: inflação e Selic atingem 8% enquanto PIB sofre queda


O relatório também aponta que o Produto Interno Bruto (PIB) deve terminar 2021 com um crescimento de 5,3%, mesmo valor observado nas últimas projeções divulgadas pelo SPE. 

“As projeções apontam que o setor de serviços contribuirá de forma robusta para a recuperação econômica no segundo semestre de 2021, concomitantemente ao avanço da vacinação em massa e à flexibilização das restrições às atividades de serviços, alguns dos quais ainda não retomaram o nível pré-pandemia”, explicou a SPE. “Espera-se a manutenção da tendência do setor com impactos positivos no mercado de trabalho, principalmente o informal”, diz o relatório. 

Nos últimos meses, a alta dos preços no Brasil possui dois grandes responsáveis: energia elétrica e combustíveis. No caso da conta de luz, a crise hídrica que atinge o Sudeste e Centro-oeste provocou inúmeros reajustes na bandeira tarifária, e a seca deve durar até pelo menos novembro. 

Para tentar suprir a demanda, o governo autorizou o uso de termelétricas, que costumam ser mais caras que as hidrelétricas. Órgãos como o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também recomendam a importação de outros países do continente, como da Argentina. 

Outras medidas foram aplicadas pelo governo com o aval do Ministério de Minas e Energia (MME), como o programa de bonificações para as famílias que conseguirem economizar o consumo. Até o momento, o Ministério descarta a hipótese de racionamento e apagões no país. 

Enquanto os preços dentro de casa ficam mais caros para o brasileiro, se locomover também está gerando prejuízos. A gasolina nas bombas já subiu mais de 50% desde o início do ano que vem. 

No momento, existe um cabo de guerra entre a Petrobras e os governadores, que culpam um ao outro pela alta dos combustíveis no Brasil. Do lado da estatal, o presidente Joaquim Silva e Luna aponta o ICMS, imposto estadual, como principal vilão. Do lado dos governadores, os constantes reajustes nas refinarias, que acontecem por conta da variação nos preços internacionais, são os principais responsáveis. 

Foto: Agência Brasil / Divulgação

Juan Tasso - Smart Money

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