Internacional

Bolsonaro discursa na Assembleia Geral da ONU; Biden assegura que Estados Unidos “não procuram nova guerra fria”; mercado internacional e mais

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BOLSONARO DISCURSA NA ASSEMBLEIA GERAL DA ONU 

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro (sem partido) discursou hoje na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Bolsonaro usou de seu tempo de fala para enaltecer a própria gestão e para fazer diversas afirmações controversas. 

Desde a primeira Assembleia Geral da ONU, em 1947, cabe ao presidente brasileiro fazer o discurso de abertura do evento. Como de costume, o discurso de Bolsonaro foi seguido pela fala de Joe Biden, que discursou pela primeira vez como presidente dos Estados Unidos na ONU. 

Jair Bolsonaro é o único presidente entre as maiores potências do mundo a não se vacinar de forma oficial. Em seu discurso, estimulou o “tratamento precoce” contra a Covid-19, feito a partir do uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença. Atualmente, a rede de saúde Prevent Senior é acusada de omitir sete mortes ocorridas durante seus estudos a respeito do “kit Covid”. 

Bolsonaro apontou em seu discurso que a economia brasileira teve um dos melhores desempenhos entre os países emergentes durante a pandemia da Covid-19. O país, na verdade, teve um encolhimento de 4,1% no PIB em 2020, superior à média dos demais países desenvolvidos (2,1%) e do mundo (3,2%). 

O presidente brasileiro ainda usou do seu tempo de fala para exaltar as manifestações a seu favor feitas no último 7 de setembro, também fazendo afirmações sem embasamento. “No último 7 de setembro, data de nossa Independência, milhões de brasileiros, de forma pacífica e patriótica, foram às ruas, na maior manifestação de nossa história”, apontou. 

Ganhou destaque também o programa de vacinação do Governo Federal, com mais de 260 milhões de doses de imunizantes aplicadas em território brasileiro. “Até o momento, o governo federal distribuiu mais de 260 milhões de doses de vacinas e mais de 140 milhões de brasileiros já receberam, pelo menos, a primeira dose, o que representa quase 90% da população adulta”, afirmou o presidente. 

A mídia internacional recebeu o discurso do presidente com bastante criticismo. Portais destacaram a personalidade controversa do presidente brasileiro e viram a fala de Bolsonaro como “provocativa”. Para o Washington Post, dos EUA, “o não vacinado Bolsonaro, do Brasil, parece quebrar o ‘sistema de honra’ da vacina das Nações Unidas durante o discurso”. 

Confira a seguir o discurso de abertura da Assembleia da ONU, feito pelo presidente brasileiro Jair Bolsonaro: 

BIDEN ASSEGURA QUE ESTADOS UNIDOS “NÃO PROCURAM NOVA GUERRA FRIA” 

(Agência Brasil) O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, assegurou hoje (21), em Nova York, que o país “não procura uma nova guerra fria”.  

Numa alusão ao confronto que ocorre com a China, Biden insistiu que “não procura uma nova guerra fria ou um mundo dividido em blocos”. Acrescentou que os Estados Unidos “estão prontos para trabalhar com todas as nações que se comprometam e procurem uma solução pacífica para partilhar os desafios, mesmo que existam intensos desacordos em outros domínios”. 

O líder da Casa Branca também assegurou que o seu país regressará plenamente ao acordo sobre o programa nuclear iraniano, caso o Irã “faça o mesmo”, e prometeu impedir que Teerã consiga obter a bomba atômica. 

“Os Estados Unidos permanecem determinados e prontos para impedir as armas nucleares iranianas”, afirmou. 

Trabalhamos com os membros permanentes do Conselho de Segurança (França, Reino Unido, Rússia e China), e ainda com a Alemanha, “para obter diplomaticamente, com toda a segurança, o regresso do Irã ao Acordo Nuclear”, disse, numa referência ao acordo de 2015 chamado Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), acrescentou. 

O presidente norte-americano prometeu ainda aumentar os esforços internacionais para combater a pandemia de covid-19 e as alterações climáticas. Disse que “vai anunciar compromissos adicionais” para aumentar a vacinação nos países menos avançados, durante cúpula virtual que organiza na quarta-feira. 

Além disso, Biden se comprometeu a “duplicar de novo” o montante de ajuda dos Estados Unidos aos países mais pobres para enfrentar as alterações climáticas, sem precisar no entanto o valor. 

A assembleia geral das Nações Unidas, um dos pontos mais altos para a diplomacia internacional, começou hoje (21) em Nova York, com o discurso do secretário-geral da ONU, António Guterres, na presença de mais de 100 chefes de Estado e de Governo e representações diplomáticas de todos os 193 Estados-membros. 

Confira a seguir o discurso completo do presidente norte-americano Joe Biden na Assembleia da ONU (com legendas em inglês): 

ARGENTINA FLEXIBILIZA USO DE MÁSCARAS E REABRIRÁ PARA BRASILEIROS 

(Agência Brasil) O governo argentino anunciou hoje (21) que abrirá as fronteiras para viajantes de países vizinhos, incluindo o Brasil, a partir de 1º de outubro. Na mesma data, o país deixará de exigir o uso de máscaras em espaços abertos sem aglomeração de pessoas, entre outras medidas de flexibilização de regras sanitárias. 

Os anúncios foram feitos pela ministra da Saúde, Carla Vizotti, que justificou a flexibilização diante do avanço da vacinação na Argentina e da queda na média de contágios diários. “Temos 16 semanas consecutivas de queda nos casos”, disse ela. “Do ponto de vista sanitário estamos num momento realmente muito positivo”, acrescentou em seguida. 

Pelo anúncio oficial, a partir de 24 de setembro os argentinos, residentes e estrangeiros com autorização de trabalho poderão entrar na Argentina sem a necessidade de fazer isolamento. 

No caso dos países vizinhos, corredores sanitários devem ser abertos nas fronteiras a partir de 1º de outubro para a entrada de estrangeiros, incluindo brasileiros. A abertura de tais corredores sanitários dependerá, contudo, da regulamentação pelas autoridades sanitárias locais, que devem estabelecer cotas, ainda não divulgadas, para a entrada de pessoas, informou a ministra. 

Entre os dias 1º de outubro e 1º de novembro, tais cotas devem ser ampliadas progressivamente, segundo o Ministério da Saúde argentino. A partir de 1º de novembro, os aeroportos e portos devem ser abertos para os demais estrangeiros. 

Em todos os casos, para ingressar na Argentina será necessário comprovar o esquema de vacinação contra covid-19 completo há ao menos 14 dias, e ter testado negativo para a doença antes do ingresso. Um novo teste do tipo PCR deverá ser realizado pelo visitante entre o quinto e sétimo dias de estadia, se for o caso. 

Para quem não tiver o esquema vacinal completo, incluindo menores de idade, o ingresso também será permitido, porém será exigida a realização de quarentena nesses casos, bem como de teste antígenos ao ingressar no país e de teste PCR ao sétimo dia de estadia. 

Outros anúncios incluem a permissão para reuniões sociais e realização de eventos para mais de mil pessoas, embora com 50% da capacidade do local onde serão realizados. Também foi anunciada a retomada das atividades comerciais, industriais e de serviços com 100% da capacidade. 

Segundo Carla Vizotti, a intenção é que haja uma abertura ainda maior logo que a Argentina chegue a 50% da população completamente vacinada. Segundo o Ministério da Saúde, o país vacinou até o momento 20.276.732 pessoas com o esquema completo. 

Desde o início da pandemia, a Argentina registra 5.241.394 casos confirmados de covid-19, com 114.518 mortes, segundo dados divulgados ontem (20) pela pasta da Saúde. 

BOLSAS E CÂMBIO 

Confira os números do mercado europeu: 

  • STOXX 600 (STOXX): +1,00% (458,68) 
  • DAX (GDAXI): +1,43% (15.348,53) 
  • FTSE 100 (FTSE): +1,12% (6.980,98) 
  • CAC 40 (FCHI): +1,50% (6.552,73) 
  • FTSE MIB (FTMIB): +1,22% (25.353,36) 

Confira os números do mercado asiático: 

  • Hang Seng (HK50): +0,51% (24.221,54)  
  • KOSPI (KS11): +0,33% (3.140,51) 
  • Shanghai Composto (SSEC): +0,19% (3.613,97)  
  • Nikkei 225 (N225): -2,17% (29.839,71) 
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +1,00% (4.855,94) 

Confira os números do mercado norte-americano: 

  • Dow Jones (DJI): -0,15% (33.919) 
  • S&P 500 (SPX): -0,08% (4.354) 
  • Nasdaq Composto (IXIC): +0,22% (14.746) 

Confira a cotação das principais moedas estrangeiras:  

  • Dólar: -0,88% (R$ 5,28) 
  • Euro: -0,91% (R$ 6,19) 

Imagem em destaque: Veja / divulgação 

Guilherme Guerreiro

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