O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que o aumento do IOF não passou pela Casa no Congresso. Ele, porém, deve se reunir nesta terça-feira (21) para tratar do pagamento de precatórios.
Governadores de vinte estados assinaram uma carta conjunta onde rebatem as acusações do presidente Bolsonaro quanto à contribuição do ICMS na alta dos preços dos combustíveis no Brasil.
Na agenda, destaque para a publicação de dados do setor imobiliário dos EUA.
Quanto às bolsas, o mercado se recupera de uma segunda-feira (20) marcada por apreensões quanto ao risco de um calote na China.
Esses e outros destaques você confere agora.
LIRA DIZ QUE AUMENTO DO IOF FOI DECIDIDO SEM DISCUSSÕES COM O CONGRESSO
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta segunda-feira (20) que a decisão do governo de aumentar temporariamente o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não passou pelo Congresso Nacional.
“Decreto não passa por tramitação na Casa. Agora, não foi conversado, nem com Câmara nem com Senado. É uma decisão que a Câmara e o Senado podem ver depois”, disse ele.
O aumento do IOF acontece para que o governo consiga bancar o Bolsa Família reformulado, que deve passar a se chamar de Auxílio Brasil, nos últimos meses do ano. Posteriormente, o governo estuda passar uma PEC que resolva o impasse gerado pelos precatórios.
Quanto a isso, o presidente da Câmara se reunirá com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta terça-feira (21) para tratar dos precatórios de 2022, que passaram de R$ 89 bilhões.
“Não finalizamos ainda o entendimento completo sobre o assunto. Faremos outra reunião amanhã (21), mas no intuito de manter a expectativa de respeito ao teto de gastos. Não há outro caminho que não seja nesse momento a votação de uma PEC na Câmara e essa mesma PEC no Senado”, disse Lira.
CARTA DE GOVERNADORES DIZ QUE O ICMS NÃO FOI ALTERADO NOS ÚLTIMOS 12 MESES
Em resposta às acusações do presidente Jair Bolsonaro sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos estados cobrado sobre o preço dos combustíveis, vinte governadores assinaram uma carta conjunta onde argumentam que o imposto não foi alterado nos últimos 12 meses.
A argumentação de Bolsonaro sobre o alto preço dos combustíveis no Brasil é repetida pelo presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, que afirma que a estatal não tem culpa quando a gasolina passa de R$ 6.
“Os Governadores dos Entes Federados brasileiros signatários vêm a público esclarecer que, nos últimos 12 meses, o preço da gasolina registrou um aumento superior a 40%, embora nenhum Estado tenha aumentado o ICMS incidente sobre os combustíveis ao longo desse período. Essa é a maior prova de que se trata de um problema nacional, e, não somente, de uma unidade federativa. Falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema”, diz a nota assinada pelos governadores.
Saiba mais
Risco de calote de US$ 300 bi da Evergrande despenca o mercado chinês
AGENDA
Sem destaques para o Brasil, o mercado se volta para publicações do setor imobiliário dos EUA. Além disso, o dia é marcado por um discurso do Banco Central Europeu (BCE).
Às 9h30 nos EUA, saem os dados de licenças de construção no mês de agosto. Os dados são publicados pela Census Bureau com expectativa de uma leve desaceleração frente ao mês anterior.
Às 9h30 nos EUA, são publicados os dados de construção de novas casas para o mês de agosto. Os dados são publicados pelo US Department of Commerce.
Durante a madrugada, foram publicados dados da dívida líquida do setor público do Reino Unido, que ficou em 19,78B no mês de agosto, muito acima do esperado (14,75B) e representando uma aceleração considerável comparado com o mês imediatamente anterior (6,21B).
Às 11h30, tem discurso de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE).
Às 17h30, saem os dados de estoques semanais de petróleo bruto dos EUA. Os dados são publicados pela American Petroleum Institute.
Às 22h na China, a taxa preferencial de empréstimo (TPE) do Banco Popular da China é publicada.
Por fim, às 23h no Japão, é publicada a declaração de política monetária do Banco do Japão.
BOLSAS E CÂMBIO
Revertendo as perdas de ontem (20), as bolsas europeias têm uma manhã positiva, com todos os principais índices do continente registrando altas.
O mercado segue de olho na Evergrande, companhia chinesa que corre o risco de dar um calote de US$ 300 bilhões.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +1,09%, indo a 459,06 pontos
- DAX (GDAXI): +1,42%, indo a 15.347,65 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +1,16%, indo a 6.984,15 pontos
- CAC 40 (FCHI): +1,42%, indo a 6.547,26 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +1,22%, indo a 23.355,00 pontos
Acompanhando o mercado europeu, os índices asiáticos registram resultados positivos nesta terça-feira (21).
O único destaque negativo veio do índice japonês, com um mercado seguindo preocupado com o possível calote na China.
- Hang Seng (HK50): +0,51%, indo a 24.221,54 pontos
- KOSPI (KS11): +0,33%, indo a 3.140,51 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +0,19%, indo a 3.613,97 pontos
- Nikkei 225 (N225): -2,17%, indo a 29.839,71 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +1,00%, indo a 4.855,94 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados positivos:
- Nasdaq 100 Futuros: +0,79%, indo a 15.131,40 pontos
- Dow Jones Futuros: +0,88%, indo a 34.268,70 pontos
- S&P 500 Futuros: +0,84%, indo a 4.394,40 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta terça-feira (21):
- Às 9h03, o Dólar caiu -0,97%, a R$ 5,30
- Às 9h03, o Euro caiu -0,82%, a R$ 6,22
Foto: Agência Brasil / Reprodução