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“Acordão” de Guedes prevê a aprovação da PEC dos Precatórios e reforma no IR ao mesmo tempo, BC diz que manterá ritmo de reajuste na Selic; e mais

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Em um acordo firmado com os presidentes das Casas do Congresso, Paulo Guedes quer garantir que a PEC dos Precatórios e a reforma no Imposto de Renda (IR) sejam aprovadas mesmo com mudanças profundas nos textos. O acordo é importante para que o governo consiga manter o novo Bolsa Família. 

Com o aumento na meta Selic, promovida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), o BC alertou que deve manter o ritmo de reajustes na taxa na próxima reunião da entidade. 

Na agenda, destaque para a publicação de dados trabalhistas do Estados Unidos, um dia após as reuniões do Fed. 

As bolsas reagem de forma positiva quanto as reuniões do Fed desta semana. Enquanto isso, na Ásia, a atenção continua virada para a Evergrande. 

Esses e outros destaques você confere agora. 

GUEDES FECHA ACORDO PARA ACELERAR VOTAÇÃO DA ALTERAÇÃO DO IR NO SENADO 

A semana no Congresso Nacional foi marcada pelo grande acordo firmado entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, com os presidentes da Câmara dos Deputados e Senado Federal, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG). 

A ideia é conseguir acelerar a votação da segunda parte da Reforma Tributária, que trata de alterações no Imposto de Renda (IR), no Senado Federal. Ela já foi aprovada na Câmara, mas estava na “geladeira” do Senado. 

Guedes quer que a votação aconteça apesar de possíveis mudanças promovidas no texto, que agora está sob a relatoria do senador Ângelo Coronel (PSD), indicado na Comissão de Assuntos Econômicos da Casa. 

O problema é que a votação da alteração no IR na Câmara recebeu uma enxurrada de críticas. Caso o texto não seja profundamente revisto, o Brasil corre o risco de ter um grave problema fiscal no futuro. 

A votação da Reforma Tributária é fundamental para que o governo consiga bancar o Auxílio Brasil, que deve ser um Bolsa Família “turbinado”. Para os últimos meses de 2021, o programa será bancado com os recursos adventos do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). 

O projeto também é fundamental para que a PEC dos Precatórios, que deve desafogar bilhões do espaço fiscal, faça sentido. 

Até o momento, a proposta do governo limita em R$ 39 bilhões o pagamento de precatórios em 2022, que somam R$ 89 bilhões no total. É um acordo firmado com a contribuição do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), presidido pelo ministro Fux, do STF. 

COPOM MANTERÁ A ATUAL POLÍTICA DE REAJUSTE DA SELIC NA PRÓXIMA REUNIÃO 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentou em 1 p.p. a meta Selic, considerada a taxa básica de juros do Brasil, elevando-a para 6,25% ontem (22). 

Em comunicado, o Banco Central (BC) garantiu que o atual ritmo de reajuste deve seguir na próxima reunião do órgão, marcada para acontecer nos dias 25 e 26 de outubro. 

“O Copom considera que, no atual estágio do ciclo de elevação de juros, esse ritmo de ajuste é o mais adequado para garantir a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante e, simultaneamente, permitir que o Comitê obtenha mais informações sobre o estado da economia e o grau de persistência dos choques”, diz o BC. 


Saiba mais

Copom eleva Selic para 6,25% ao ano


AGENDA 

Sem destaques para o Brasil, o dia é marcado pela publicação de dados preliminares do Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) de países europeus e norte-americanos. 

Na Espanha, o Produto Interno Bruto (PIB) fechou o segundo trimestre do ano registrando alta de 1,1%, muito abaixo das expectativas de economistas (2,8%), mas recuperando-se da queda de –0,6% registrada no trimestre imediatamente anterior. 

Na França, o Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) composto preliminar de setembro registrou 55,1 pontos, abaixo do esperado (55,8 pontos) e desacelerando frente ao mês anterior (55,9). 

Na Alemanha, o Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) composto preliminar fechou setembro com 55,3, abaixo do esperado por economistas (59,3 pontos), e desacelerando frente ao mês imediatamente anterior (60,0 pontos). 

Na Zona do Euro, o Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) composto preliminar fechou setembro com 56,1 pontos, abaixo do esperado (58,5 pontos) e desacelerando frente ao mês anterior (59,0 pontos). 

Na Zona do Euro, a Operação de Refinanciamento de Longo Prazo (LTRO) foi publicada pelo Banco Central Europeu (BCE). 

Ainda na Zona do Euro, foi publicado o Relatório Mensal do Banco Central Europeu (BCE)

No Reino Unido, o Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) composto preliminar fechou setembro com 54,1 pontos, desacelerando frente ao mês anterior (54,8 pontos). 

Às 8h no Reino Unido, a foi publicada a decisão da taxa de juros (0,10%) pelo Bank of England e foram publicadas as atas da reunião do Comitê de Política Monetária (MPC). 

Às 9h nos Estados Unidos, são publicados os pedidos iniciais por seguro desemprego

Às 10h45, o Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) composto preliminar referente ao mês de setembro é publicado. 

Para finalizar o dia, às 20h30 no Japão é publicado o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) núcleo

BOLSAS E CÂMBIO 

No início da manhã, os índices europeus registram resultados positivos na maioria das suas bolsas. 

O mercado reage positivamente à falta de surpresas da Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos. A taxa de juros continua em baixa recorde, e o programa de compra de ativos, que dá liquidez ao Dólar, pode sofrer reduções em breve. 

Às 8h da manhã: 

  • STOXX 600 (STOXX): +0,83%, indo a 467,04 pontos 
  • DAX (GDAXI): +0,66%, indo a 15.609,85 pontos 
  • FTSE 100 (FTSE): 0,09%, indo a 7.077,25 pontos 
  • CAC 40 (FCHI): +0,69%, indo a 6.682,82 pontos 
  • FTSE MIB (FTMIB): +0,88%, indo a 25.945,00 pontos 

Acompanhando o mercado europeu, os índices asiáticos registram resultados positivos nesta quinta-feira (23). 

A crise da Evergrande ainda continua sendo um fator de preocupação para os investidores, mas o mercado reage positivamente ao anúncio da China de que a companhia deve evitar o default de títulos. 

  • Hang Seng (HK50): +1,20%, indo a 24.510,98 pontos (FECHADO) 
  • KOSPI (KS11): 0,41%, indo a 3.127,58 pontos 
  • Shanghai Composto (SSEC): +0,38%, indo a 3.642,22 pontos 
  • Nikkei 225 (N225): +1,25%, indo a 30.381,84 pontos (FECHADO) 
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,65%, indo a 4.853,20 pontos  

Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados positivos: 

  • Nasdaq 100 Futuros: +0,53%, indo a 15.256,50 pontos 
  • Dow Jones Futuros: +0,46%, indo a 34.416,50 pontos 
  • S&P 500 Futuros: +0,50%, indo a 4.417,70 pontos 

Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quinta-feira (23): 

  • Às 9h03, o Dólar caiu -0,54%, a R$ 5,26 
  • Às 9h03, o Euro caiu -0,49%, a R$ 6,16 

Foto: Câmara dos Deputados / Reprodução

Juan Tasso - Smart Money

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