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Mais eficiência ao investir

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Você já deve ter ouvido falar que não é prudente colocar todos os ovos na mesma cesta.

A ideia é simples: se você deixar a cesta cair, lá se foram todos os seus ovos ao chão. Por outro lado, se levasse em duas cestas e apenas uma delas caísse, você ainda teria 50% dos ovos intactos. Quando o assunto é investimentos, a lógica é a mesma. A palavra diversificação é uma das mais importantes na hora de alocar seus recursos. Se você investir todo o seu patrimônio financeiro em um único ativo, e esse ativo sofrer desvalorização, por qualquer que seja o motivo, você vai perder dinheiro. 

Mas por que é tão tentador levar todos os ovos em uma única cesta? 

Pela praticidade, por ser mais barato e exigir pouca habilidade. Em investimentos funciona mais ou menos assim: É mais fácil ter apenas uma ação na carteira, assim só precisará acompanhar uma empresa, pagar apenas uma corretagem, mas, novamente, em algum momento de crise, você terá um risco maior de perder dinheiro.

No longo prazo, tão importante quanto ganhar dinheiro é não perder. Para exemplificar: imagine um ativo que você comprou por R$100, se em uma crise esse ativo cair 50%, chegando ao patamar dos R$50, para retornar ao preço inicial ele teria de dobrar de preço, ou seja, subir 100%.

O mercado é cíclico, crises vêm e vão, e com isso os preços dos ativos ficam voláteis. Por isso a importância da diversificação, para evitar ao máximo deixar todos os ovos caírem em uma turbulência.

Diversificação na prática

Vejamos então como a diversificação pode nos ajudar na prática. Para auxiliar no exercício, vamos utilizar o ano de 2020, que foi o último ciclo fechado e tivemos uma crise global. 

Imagine um investidor A: ele detinha R$1000 para aplicar no começo do ano e decide investir em ações da Petrobras (PETR3). Em março, pior momento do mercado, ele viu os R$1000 virarem R$432 em apenas 3 meses. Ao final de dezembro, ele nem sequer recuperou o capital investido, fechando com R$928. 

Agora imagine o investidor B: ele também, bastante arrojado, iria investir tudo em ações, mas compraria uma cesta mais diversificada. Vamos utilizar como exemplo o Ibovespa (BOVA11 – ETF do Ibovespa), que possui uma carteira com mais de 70 ações. Investindo os mesmos R$1000, em março chegou a ter R$626 e ao final do ano obteve retorno de 2,21%, fechando em R$1.022. 

Fica claro nestes exemplos que o mercado de ações brasileiro em 2020 passou por um período de baixo retorno devido à crise que vivemos, mas só o fato de diversificar diminuiu bastante as perdas.

Podemos melhorar!

Imagine agora um investidor: este decide por investir metade do seu capital em ações brasileiras e a outra metade em ações da bolsa americana em dólar (IVVB11 – ETF do S&P500 dolarizado). Igualmente aos investidores A e B, ele investe os mesmos R$1000 no início de 2020, o resultado dessa carteira é que em março ele detinha R$809, queda bem inferior ao das outras duas carteiras, e no final do ano ele fechou com R$1260. Isso significa que mesmo em um ano de crise o investidor C conseguiu auferir mais de 26% de ganho, isso graças a diversificação de ativos, geográfica e de moedas. 

Carteira de Investimentos

A diversificação em empresas, bolsas e moedas diferentes é apenas a ponta do iceberg.  Existem dezenas de classes de ativos diferentes: Renda fixa, fundos multimercado, fundos imobiliários, private equity, previdência, commodities, criptoativos e cada um com um papel diferente na carteira. A diversificação nos ajuda a montar uma carteira mais eficiente, isto é, a não tomar risco desnecessário. Não existe fórmula mágica, sua carteira vai depender do seu horizonte de tempo, recurso financeiro e perfil de investidor, é recomendável que procure um profissional para lhe auxiliar com essas demandas.

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