O presidente Jair Bolsonaro sugeriu nesta quinta-feira (30) que uma espécie de “fundo” dos lucros da Petrobrás fosse utilizada para a regulação nos preços dos combustíveis no país.
Segundo declarações da Petrobras e governo federal, um aporte de R$ 300 milhões da estatal deve ser destinado à criação de um programa assistencial que deve distribuir botijões de gás para famílias de baixa renda.
Na agenda, atenção para a publicação do PMI industrial de diversos países e dados de renda e consumo dos Estados Unidos.
Nas bolsas, um tom negativo marca o início de outubro, com os índices de olho nos Estados Unidos e o programa trilionário de infraestrutura.
Esses e outros destaques você confere agora.
BOLSONARO SUGERE USAR DIVIDENDOS DA PETROBRAS PARA REGULAR PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS
Segundo o presidente Jair Bolsonaro em uma transmissão ao vivo realizada nesta quinta-feira (30), está em estudo uma política de uso de dividendos da Petrobras para regular a alta nos preços dos combustíveis.
“Vim conversando com Montezano [presidente do BNDES] hoje no avião pegando dicas com ele o que a gente pode fazer. É criar um fundo regulador, ver o lucro da Petrobras que veio para o governo federal, para nós… ninguém vai botar a mão em nada”, disse.
Segundo ele, os lucros bilionários da Petrobras poderiam ser convertidos nesse fundo regulador, que poderia ser usado como dinheiro em caixa que diminuiria o impacto dos aumentos nos combustíveis.
“Toda vez que der um aumento, você não repassar todo aumento, ou não repassar aumento nenhum. Você faz caixa quando está mais no baixo e quando sobe você, com esse caixa, compensa o reajuste lá na frente”, disse o presidente.
A mesma ideia foi proposta pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) ontem (30). Ele também propôs mudanças na política de cobrança do ICMS nos estados para diminuir os impactos.
“Não podemos dizer que é o ICMS que puxa o aumento, mas contribui com alguns excessos para que fique mais caro. Queremos discutir um fundo de estabilização, sem mexer no preço da Petrobras, para não agredir com taxação ou definição de valores, mas para dar conforto para essas oscilações. Vamos passar a semana discutindo rapidamente, porque esse assunto não pode ser protelado”, disse o presidente da Câmara.
Do ponto de vista do governo, a constante alta nos combustíveis é especialmente preocupante perto de um ano eleitoral. Uma mudança no cálculo de preços, que não necessariamente afete a política da Petrobrás de variação conforme o mercado internacional, também prejudica menos a imagem do país frente aos investidores estrangeiros.
GOVERNO PRETENDE CRIAR “VALE-GÁS” PARA FAMÍLIAS DE BAIXA RENDA
Segundo “O Globo”, o governo federal está cogitando a criação de um “vale-gás” para famílias beneficiadas com o Bolsa Família. Entre as propostas, está a distribuição direta do GLP para as casas.
Na quarta-feira (29), a Petrobras anunciou que deve destinar R$ 300 milhões à futuros programas de repasses para as famílias de baixa renda do país. Segundo a estatal, o programa deve durar 15 meses, ou seja, até o fim do ano eleitoral.
Segundo apurações, a proposta está em estudo no Ministério da Cidadania em conjunto com o Ministério da Economia.
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AGENDA
Sem destaques para o Brasil, o dia é marcado pela publicação do Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) Industrial de países europeus e de dados de renda e consumo nos EUA.
Na Espanha, o Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) Industrial de setembro registrou 58,1 pontos, uma queda comparada com dados do mês anterior (59,5 pontos).
Na Itália, o Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) Industrial fechou setembro registrando 59,7 pontos, uma contração comparada com dados do mês anterior (60,9 pontos).
Na França, o Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) Industrial de setembro fechou registrando 55,0 pontos, uma leve queda comparada com dados do mês anterior (55,2 pontos).
Na Zona do Euro, o Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) Industrial fechou setembro registrando 58,6 pontos, uma leve contração comparada com dados do mês anterior (58,7 pontos).
Na Zona do Euro, dados preliminares do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) indicam alta mensal de 0,5% em setembro, 0,1 p.p. acima do registrado no mês anterior.
No Reino Unido, o Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) Industrial registrou 57,1 pontos, uma contração comparada com dados do mês anterior (56,3 pontos).
Nos Estados Unidos, dados de renda e gastos mensais referentes ao mês de agosto são publicados pela Bureau of Economic Analysis às 9h30..
Às 11h, o Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) Industrial dos Estados Unidos é publicado.
BOLSAS E CÂMBIO
O primeiro dia de outubro marca um tom negativo nos mercados internacionais, com as principais bolsas da Europa apontando para baixas no início da manhã.
Os mercados reagem ao anúncio de que a votação de um pacote trilionário para o setor de infraestrutura dos Estados Unidos foi adiada.
O Dow, uma das principais bolsas dos EUA, caiu –4,3% no mês de setembro, o pior resultado desde 2011.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): –0,73%, indo a 451,47 pontos
- DAX (GDAXI): –0,61%, indo a 15.168,35 pontos
- FTSE 100 (FTSE): –0,96%, indo a 7.018,27 pontos
- CAC 40 (FCHI): –0,56%, indo a 6.483,33 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): –0,43%, indo a 25.573,00 pontos
Acompanhando o mercado europeu, os índices asiáticos registram resultados negativos nesta sexta-feira (01).
Como os mercados da China e Hong Kong estão fechados, os índices do Japão e da Coréia do Sul reagem ao mercado internacional.
- Hang Seng (HK50): +1,20%, indo a 24.510,98 pontos (FECHADO)
- KOSPI (KS11): -1,62%, indo a 3.019,18 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +0,38%, indo a 3.642,22 pontos (FECHADO)
- Nikkei 225 (N225): -2,31%, indo a 28.771,07 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,65%, indo a 4.853,20 pontos (FECHADO)
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados negativos:
- Nasdaq 100 Futuros: –0,01%, indo a 14.688,80 pontos
- Dow Jones Futuros: –0,15%, indo a 33.794,20 pontos
- S&P 500 Futuros: –0,12%, indo a 4.302,30 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta sexta-feira (01):
- Às 9h03, o Dólar caiu -0,25%, a R$ 5,42
- Às 9h03, o Euro caiu -0,09%, a R$ 6,29
Foto: Agência Brasil / Reprodução
