O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, anunciou nesta quinta-feira (21) que a capital da Rússia voltará a adotar um lockdown para conter o avanço da Covid-19. As medidas de quarentena entram em vigor na próxima quinta (28).
De forma geral, apenas o comércio essencial – como supermercados e farmácias – estará liberado na cidade. Bares, lojas e restaurantes terão de interromper suas operações a partir da semana que vem. A quarentena será válida até o dia 7 de novembro. A exceção à regra são os teatros e museus, que poderão abrir desde que limitem o número de visitantes, que devem usar máscara e comprovar vacinação ou que se recuperaram recentemente da Covid-19.
A quarentena tem efeito para a região metropolitana de Moscou. A decisão pelo lockdown vem na esteira de um decreto do presidente russo, Vladimir Putin, que ontem (21) estabeleceu feriado nacional entre os dias 30 de outubro de 7 de novembro em todo a Rússia.
A Rússia enfrenta atualmente a sua pior fase da pandemia desde que a mesma se iniciou no começo de 2020. Nesta quinta. o país registrou 33 mil novos casos da doença e passou dos mil óbitos por Covid-19 pela primeira vez.
Segundo Putin, os governantes locais têm a liberdade de adotar ou não medidas de isolamento mais rígidas – como o lockdown – durante o período de feriado nacional. Segundo a presidente da Alta Câmara do Parlamento russo, Valentina Matvienko, uma quarentena a nível nacional não está nos planos. “Seria um enorme golpe para a economia e um golpe psicológico para os cidadãos. Não é necessário”, apontou.
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A Rússia foi um dos primeiros países a desenvolver e aplicar vacinas contra a Covid-19. O imunizante nacional, Sputnik V, foi adotado antes mesmo de finalizadas todas as etapas de testes clínicos. No entanto, a população russa tem mostrado resistência à vacina, 36,1% dos russos tomaram ao menos uma dose de vacina contra a doença, enquanto apenas 32,9% estão totalmente imunizados.
Imagem em destaque: Exame / divulgação