O presidente Jair Bolsonaro foi internado nesta quarta-feira (14) após queixas de dores abdominais e soluços que já duravam mais de uma semana. Segundo o hospital, cirurgias estão descartadas.
Segundo o ministro da Economia, a defasagem na arrecadação gerada pela Reforma Tributária “já está paga”. Além disso, a aprovação da reforma deve beneficiar o novo programa social do governo, previsto para ser lançado no ano que vem.
Na agenda, os destaques ficam para as taxas de desemprego dos Estados Unidos e Reino Unido, além da produção industrial no país norte-americano.
Pela manhã, as bolsas sentem o impacto gerado pela publicação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) da China, que ficou abaixo do esperado por economistas.
Esses e outros destaques você confere agora.
BOLSONARO É INTERNADO EM SÃO PAULO
O presidente Jair Bolsonaro foi internado nesta quarta-feira (14) no Hospital Vila Nova Star, Vila Nova Conceição, na Zona Sul de São Paulo, após apresentar quadro de obstrução intestinal.
Ele chegou em São Paulo por volta das 19h em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), e foi de ambulância de Congonhas diretamente ao hospital.
Uma possível cirurgia na região do abdômen está descartada até o presente momento, segundo o cirurgião gástrico Antonio Luiz Macedo, que faz parte da equipe médica do presidente.
“O Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, foi transferido na noite desta quarta-feira para o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, após passar por uma avaliação no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, e ser diagnosticado com um quadro de suboclusão intestinal. Após avaliações clínica, laboratoriais e de imagem realizadas, o Presidente permanecerá internado inicialmente em tratamento clínico conservador”, diz uma nota divulgada pelo hospital.
Bolsonaro já estava se queixando de soluços que estavam durando mais de uma semana, gerando desconforto durante pronunciamentos oficiais. Na madrugada de quarta-feira (14), começou a sentir dores na região do abdômen.
GUEDES: DEFASAGEM NA ARRECADAÇÃO “JÁ ESTÁ PAGA”
Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, a perda na arrecadação pelo governo, que será sentida com a segunda parte da Reforma Tributária que trata de mudanças no IRPF e IRPJ, “já está paga”.
As falas vieram após um parecer do relator da reforma do Imposto de Renda (IR), o deputado Celso Sabino (PSDB-PA), que indicava uma redução na carga tributária na casa de R$ 30 bilhões em 2023.
“Isso não está nos preocupando muito agora, porque só de o PIB voltar ao nível semelhante ao que estava antes da pandemia já veio uma arrecadação R$ 100 bilhões acima do previsto”, disse Guedes em um live do jornal Valor Econômico.
Na concepção dele, é preferível “correr o risco de errar para o lado de redução de carga que errar pelo aumento de carga tributária”.
Para Guedes, a Reforma Tributária ainda permitirá que o novo Bolsa Família, apelidado de ‘Renda Cidadã’, seja reforçado em R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões em 2022.
A aposta do governo é que a ascensão da economia, impulsionada pela retomada da normalidade e vacinação em massa, ajude na defasagem da arrecadação. Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), existe tempo para se ajustar:
“O governo está com sentimento de acreditar que, desonerando o capital produtivo, a economia vai reagir e vai aumentar a arrecadação. Vem se demonstrando isso no ano de 2021. Nós, ultrapassando essa fase, vamos para um crescimento também em 2022, e essa previsão só é para 2023. Então, há tempo de se ajustar”, disse Lira na terça-feira (13).
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AGENDA
O destaque do dia fica para a publicação de dados de desemprego nos Estados Unidos. Às 9h30, os pedidos iniciais por seguro-desemprego são publicados pelo Department of Labor, com a expectativa que o índice continue a tendência de queda.
Às 10h15 nos EUA, a produção industrial no mês de junho é publicada pela Federal Reserve, com a expectativa que o índice desacelere (0,6%) em relação ao mês anterior (0,8%).
Às 10h30 nos EUA, tem discurso de Jerome Powell, presidente do Fed.
Também é destaque do dia a publicação que indica a variação no número de desempregados no Reino Unido. Dados do Office for National Statistics indicam que o desemprego caiu 4,8% no trimestre finalizado em maio em relação ao trimestre anterior.
Na Itália, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para o mês de junho fechou em 0,1%, mantendo a taxa do mês anterior.
Às 16h na Argentina, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) referente ao mês de junho é publicado.
BOLSAS E CÂMBIO
Após a publicação dos dados de crescimento econômico na China, os índices europeus iniciam a manhã registrando baixas nas principais bolsas.
O receio de economistas é que um crescimento mais fraco que o esperado, juntamente com a alta da inflação nos países, pode gerar um aumento nas taxas de juros, esfriando a economia global.
Outro receio é que a alta nos casos da variante delta do novo Coronavírus atrase mais ainda o boom econômico pós-pandemia.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): -0,52%, indo a 458,16 pontos
- DAX (GDAXI): -0,95%, indo a 15.639,65 pontos
- FTSE 100 (FTSE): -0,81%, indo a 7.033,75 pontos
- CAC 40 (FCHI): -0,77%, indo a 6.507,82 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): -0,98%, indo a 24.947,50 pontos
O PIB da China cresceu 7,9% no segundo trimestre de 2021 na base anual, um pouco abaixo do esperado por especialistas. Apesar disso, todos os índices chineses registram altas no momento do fechamento.
- Hang Seng (HK50): +0,83%, indo a 27.973,37 pontos
- KOSPI (KS11): +0,66%, indo a 3.286,22 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +1,02%, indo a 3.566,52 pontos
- Nikkei 225 (N225): -1,15%, indo a 28.279,09 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +1,35%, indo a 5.151,46 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados mistos:
- Nasdaq 100 Futuros: +0,14%, indo a 14.913,25 pontos
- Dow Jones Futuros: -0,50%, indo a 34.634,00 pontos
- S&P 500 Futuros: -0,30%, indo a 4.354,62 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quinta-feira (15):
- Às 9h05, o Dólar subiu +0,19%, a R$ 5,08
- Às 9h05, o Euro caiu -0,14%, a R$ 6,00
Short Squeeze #18 – Reforma Tributária
Neste episódio do Short Squeeze, Guilherme Guerreiro recebe William Teixeira, head de renda variável da Messem Investimentos, para conversar sobre reforma tributária, explicando a importância da mesma para a nossa economia.
Foto: Globo / Reprodução