Com a chegada de mais um Dia das Crianças, a cena nos corredores das lojas se repetem: É possível ver a adrenalina correndo pelo corpo das crianças, a excitação por saber que naquele dia elas possuem o direito de escolher um presente e os típicos comportamentos de “birra” quando não há um acordo entre duas partes.
Não só em datas comemorativas como o Dia das Crianças, mas também no dia a dia como em um shopping ou no supermercado é fácil presenciarmos cenas com difíceis negociações entre pais e filhos onde há uma disputa de autoridade. Mas, especialistas dizem que não existe desenvolvimento saudável sem birra, que esse comportamento faz parte da personalidade da criança, pois é como ela aprende a se posicionar diante de negações e a lidar com limites.
O que resta aos adultos é aprender a lidar com momentos como esses, e como a infância é uma fase de desenvolvimento para a vida adulta, assim que a criança começa a desenvolver a fala já é possível ensinar educação financeira para ela.
3 – 4 anos
Essa é a idade em que normalmente a fala já está desenvolvida e que a criança começa a pedir coisas. Obviamente, você não dará dinheiro para um bebê de 3 anos, mas poderá ensinar sobre fazer ESCOLHAS. Seja em casa ou em um ambiente sedutor como o interior de uma loja, assim que ela começar a pedir mais de uma coisa, ensine que ela deve escolher entre “isso ou aquilo”. Ensine, desde essa idade, que não se pode ter tudo.
5 – 6 anos
Nessa fase, a criança ainda não entenderá o preço de um produto, de nada adiantará você dizer que um produto é caro ou barato. Mas é nesse momento que você poderá ensinar o VALOR do dinheiro para ela. Quando ela pedir uma boneca de R$300,00, explique que aquela boneca vale o preço de 3 bonecas de R$100,00. Ou que o dinheiro que seria gasto somente naquela boneca, poderia proporcionar várias outras coisas.
7 – 8 anos
Agora é a hora da famosa mesada. Porém, para uma melhor didática o ideal é que a mesada seja dividida em 4 e que seja dada uma pequena quantia por semana. Essa é a fase em que a criança já pode começar a lidar com o dinheiro físico e que você pode ensiná-la a dividir o seu dinheiro em 3 baldes:
- Carteira – O primeiro balde é onde ficará aquela quantia reservada para gastar com qualquer coisa. – Quer comprar uma bala ou pular na cama elástica? Use o dinheiro da sua carteira.
- Cofrinho – O segundo balde pode ser aquele clássico porquinho, nele será depositado uma certa quantia semanalmente com o propósito de fazer uma compra maior posteriormente. – Quer muito aquele brinquedo? Dessa vez é você quem vai comprar.
- Tesouro – O terceiro balde é o tesouro, aquele mesmo dos desenhos, sabe? É o dinheiro que ficará enterrado para nunca ser retirado, ou somente desenterrado a longuíssimo prazo. Toda criança conhece o valor de um tesouro!
Perceba que ensinar educação financeira não é ensinar a fazer contas, e sim ensinar conceitos. Dessa forma a criança aprenderá que o dinheiro não é todo para gastar, nem todo para guardar, e que devemos sempre pensar no futuro.
Temos um problema de base, a educação financeira não é ensinada na escola e nem em casa, pois não foi ensinada aos professores, e muito menos aos pais. E como as crianças são o futuro da nossa nação, devemos cultivar o nosso solo, plantar as sementes certas para colher os melhores frutos, que passarão de geração a geração.