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CDI: entenda como funciona um dos principais indexadores da renda fixa

4 Minutos de leitura

Na hora de procurar um investimento para aplicar seu dinheiro, um dos termos que mais vão aparecer na sua busca certamente é o CDI. O mesmo é um dos principais indexadores utilizados no mercado de renda fixa brasileiro, principalmente em títulos pós-fixados. 

Mas você sabe o que significa CDI e como esse indicador influencia no mercado financeiro? Este guia vai te explicar tudo que você precisa saber sobre o assunto! 

O que é CDI? 

A primeira coisa que você precisa aprender sobre o CDI é o significado deste termo: ele é uma abreviação para Certificado de Depósito Interbancário – ou Interfinanceiro. Esse é o nome dado para operações de empréstimo que os bancos fazem entre si no mercado brasileiro. 

Mas por que os bancos precisam fazer esses empréstimos? 

Por determinação do Banco Central (BC), todo banco no país deve fechar o dia com saldo positivo, com mais dinheiro entrando do que saindo no sistema. Algumas vezes, no entanto, o volume de saques supera o volume de depósitos e isso faz com que seja difícil que a instituição feche seu dia com saldo positivo. 

E como encerrar o dia no azul? Através de empréstimos. Um banco com superávit diário realiza um empréstimo com prazo de vencimento de apenas 24 horas para que outra instituição consiga fechar o seu dia com saldo positivo. 

Como em qualquer empréstimo, incide sobre essas operações uma taxa de juros. A partir dos juros acordados nestes empréstimos, chega-se à Taxa DI – popularmente chamada de CDI. 

A Taxa DI é uma taxa de variação diária, calculada e divulgada todos os dias pela B3, a nossa bolsa de valores. O valor da Taxa DI de um dia é o valor médio das taxas de juros praticadas entre os bancos naquela data. 

Você pode conferir o valor mais atual do CDI no portal da B3, onde o mesmo é atualizado diariamente.


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Influência nos investimentos

O CDI é um dos principais indexadores do mercado de renda fixa no Brasil. Como falamos antes, você já deve saber disso mesmo que ainda não entenda muito bem sobre o assunto. 

Ao entrar no aplicativo do nosso banco ou corretora de valores, é comum vermos ofertas de investimentos que oferecem um retorno baseado no CDI. Você não vai ver, no entanto, o impacto destas variações diárias da Taxa DI nos seus investimentos. 

Aplicações financeiras que usam o CDI como indexador tem como base o acumulado do indicador ao longo do período da aplicação, ou seja, a referência são as médias mensais ou anuais da taxa. 

O CDI é considerado no mercado financeiro como o menor retorno possível que um investidor pode ter em um investimento seguro, sem riscos. Por isso, o mesmo é usado como benchmark para a maioria dos investimentos do mercado financeiro, sejam ele de renda fixa ou renda variável. 

Ao lado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial do Brasil,  e da Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, o CDI é um dos principais indexadoress de investimentos pós-fixados. Neste tipo de aplicação, o investidor conhece o rendimento total do seu investimento no momento de resgate do dinheiro. 

Os investimentos que mais usam o CDI como referência são: 

  • Certificado de Depósito Bancário (CDB) 
  • Letra de Crédito Imobiliário (LCI) 
  • Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) 
  • Letra de Câmbio (LC) 

Estas não são, no entanto, a única maneira de investir em CDI no mercado brasileiro. Instituições financeiras frequentemente montam fundos de investimentos em renda fixa que usam o CDI como referência. Estes são conhecidos como Fundos DI. 

Você também pode investir em CDI sem precisar fazer uma aplicação do seu dinheiro em um ativo financeiro. Atualmente muitas instituições, principalmente fintechs, oferecem rendimento diário de 100% do CDI para o dinheiro depositado na sua conta corrente ou conta de pagamentos. 

O CDI e a Selic 

Na maioria das vezes, o CDI anda lado a lado com a Selic, taxa estabelecida a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. A diferença entre as duas taxas costuma ficar abaixo de 0,10 ponto percentual. 

Podemos atrelar essa proximidade entre a Taxa DI e a Selic a dois motivos. O primeiro é que a Selic, como taxa básica da nossa economia, é usada como balizadora para a maior parte das operações de crédito no mercado brasileiro. A segunda é que, com as taxas próximas uma da outra, é possível alcançar um equilíbrio e se garantir que nenhum dos investimentos sejam negligenciados pelas instituições financeiras. 

Com a Selic em alta, como está atualmente em 13,25% ao ano, o CDI também fica em alta. Este cenário faz com que investimentos pós-fixados se tornem muito atraentes para os investidores, uma vez que encontrar investimentos pagando uma boa porcentagem (acima de 100%) do CDI começam a ficar disponíveis em larga escala. 


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Guilherme Guerreiro

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