A pandemia do coronavírus fez o mundo entender que é possível e necessário ampliar as possibilidades de negócios em meios digitais. Dito isso, entenda: metaverso não é mais ficção científica ou utopia. É uma nova camada de realidade que integra o universo real ao virtual.
Sua acessibilidade faz parte da combinação de diversas tecnologias, como realidade virtual e aumentada, computação gráfica, blockchain, criptomoedas e muito mais. Por meio deste ambiente, já é possível interagir socialmente com a sensação de “presença física”.
Para entender o multiverso, muitos comparam ao jogo “Second Life” (1999), que simulava a vida real e social do ser humano, via avatares, em um ambiente digitalizado. Só que agora as coisas estão diferentes: além de criar e personalizar o seu avatar e construir e decorar o seu espaço de vivência, hoje já é possível comprar, vender ou alugar o imóvel no metaverso.
Isso porque lá existem terrenos negociáveis, que ficam disponíveis em mapas digitais, são divididos por lotes e comercializados com as famigeradas criptomoedas. Eles até possuem registro de propriedade. O mercado imobiliário do metaverso, inclusive, já apresenta inflação, isto é, houve uma rápida valorização dos imóveis, causando a alta dos preços.
No novo mercado de imóveis virtuais já é pensado um meio de facilitar transações e usar contratos inteligentes para automatizar e acelerar processos jurídicos. Contratos inteligentes podem ser programados para acionar ações instantaneamente e executar pedidos conforme necessário. Como resultado, os ativos imobiliários, como edifícios, ações ou fundos e dívidas ou patrimônio, podem ser automatizados de novas maneiras e executados em minutos, em vez de semanas ou meses, como no mercado imobiliário tradicional e do mundo real.
Além disso, os imóveis virtuais também são vistos como ativos negociáveis, o que permitirá, talvez, até serem usados como garantia extraível para alimentar métodos inovadores de empréstimo em finanças descentralizadas (DeFi) no mundo físico.
Será que em um futuro próximo teremos dividendos oriundos desses imóveis digitais? Ainda é muito cedo para tal afirmação, mas, de antemão, é plausível dizer que ainda teremos grandes surpresas tecnológicas advindas dessa nova realidade virtual, visto que inúmeras grandes corporações já fazem parte do projeto do metaverso.
Veja abaixo o mapa do Sandbox, mundo virtual no metaverso, em que você pode criar suas próprias terras e, estas, possuem um proprietário com todos os direitos legais garantidos.
Os grandes empreendedores ao redor do mundo já têm uma visão do que poderá render o metaverso e como ele deve impactar as próximas gerações. Já imaginou que o metaverso pode ser a nova rede social ou o novo sistema bancário?
A “telepresença em 3D” pode demorar alguns anos até que seja implantada em nossa sociedade realmente. Porém, é preciso se antecipar a esse mercado que já é citado ao redor do mundo e possivelmente será a evolução da internet. Bill Gates, Cofundador da Microsoft, já deixou claro que acredita que, em cerca de três anos, a maioria das reuniões de negócios serão por meio do metaverso.
Você não precisa, necessariamente, comprar terrenos virtuais para investir no metaverso.
As criptomoedas estão progressivamente adentrando no cotidiano das pessoas globalmente e são um componente importante do metaverso. Trata-se de uma moeda digital, com tecnologia descentralizada – ou seja, não há um governo por trás das criptos – e com uma oferta limitada de emissão. As transações que ocorrem no metaverso são feitas através das criptomoedas.
Os terrenos virtuais são negociados em NFTs, isto é, um token não fungível, único e exclusivo, que irá comprovar sua posse naquele terreno virtual, funciona como um selo de autenticidade. E os NFTs são comprados como? Com as queridinhas criptomoedas.
Existem algumas maneiras de investir no metaverso, como, por exemplo, através de ETFs que são atrelados a esse mercado. Empresas ligadas ao universo gamer também se beneficiam da tendência e aproximam-se cada vez mais para adentrar a esse multiverso. Outrossim, NFTs, ações como Meta Platform (FB), Exchange Traded Funds(ETFs) e criptoativos são uma maneira de aproveitar a oportunidade de penetrar pela tangente neste mercado que tanto promete.