Daqui poucos dias comemoraremos o Dia das Mães e eu como mão não posso deixar essa data passar em branco. Hoje, muito mais do que informações e conteúdo sobre marketing, comunicação e branding, eu trarei um panorama sobre o mercado de trabalho x mães.
Você já deve ter conhecido alguma mulher, que logo após virar mãe foi desligada, certo? Ou ainda que quando retornou da licença maternidade teve ainda mais cobranças e pressão por entregas. Infelizmente, essa é uma realidade vivida por milhares de brasileiras, de mães trabalhadoras.
Vamos aos dados?
– De acordo com pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, a FGV, após 24 meses, quase metade das mulheres que tiram licença-maternidade não está mais presente no mercado de trabalho, padrão que se repete até 47 meses depois. Nesse mesmo levantamento foi apontado que entre 247 mil mães, 50% foram demitidas após dois anos da licença maternidade.
– Um levantamento feito pela Vagas.com aponta que durante processos seletivos, mais de 70% das mulheres já foram perguntadas se são ou pretendem ser mães e ainda foram questionadas com quem deixariam seu filho caso ele ficasse doente.
– De acordo com o Great Place to Work 47% das pessoas renunciaram a oportunidades de promoção em sua própria empresa ou em outras organizações, visto que teriam dificuldades de conciliar a rotina de casa, filhos com demandas que seriam exigidas.
E em relação ao dado acima eu mesma faço parte dele. Quando meu filho tinha em torno de 2 anos eu recebi uma proposta incrível, mas que na minha rotina não conseguiria conciliar com o papel de mãe. E um tempo depois aconteceu novamente, recebi uma outra proposta, porém como envolveria mudança de cidade e estado, entre outras demandas analisei e cheguei à conclusão que ficaria inviável. E nesses momentos pensei em quantas mulheres deixaram sua carreira “em segundo lugar” em virtude da maternidade.
As mães já passam por inúmeras situações que exigem uma maturidade emocional gigante e ainda assim, muitas vezes, precisam enfrentar situações desnecessárias, como por exemplo, quando precisam fazer alguma solicitação à empresa, que envolva atividade com os filhos, 50% das mulheres afirmaram que sentem medo e ansiedade.
E quando a maternidade é solo os dados e exemplos são ainda piores, além de preconceito, oportunidades limitadas, essas mães passam por sobrecarga de trabalho, responsabilidade e diversas vezes dificuldades financeiras.
Inclusive, alguns dias atrás conversando com amigas comentamos o quanto amadurecemos após sermos mães, o quanto somos otimizadoras de tempo, já que temos inúmeras demandas e pouco tempo. O quanto nos tornamos mais empáticas com as pessoas e situações que vivem e como acabamos sendo líderes de nossas vidas e lares. Ou seja, é muito claro que o combo mulher/mãe só tem de agregar aos negócios e a sociedade.
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