Descomplica

Agro é tech, agro é pop, agro é muito

3 Minutos de leitura

Muito se fala do agronegócio brasileiro, mas quão relevante ele é para o Brasil? Qual sua relevância quando falamos em termos mundiais? Como podemos investir nesse segmento?

Antes de começar a falar sobre a importância desse segmento, é primordial entender: 

O que é o agronegócio? O agronegócio é formado tanto pelo ramo agrícola como pelo ramo da pecuária, envolvendo a produção dos insumos, passando pela agroindústria, serviços agropecuários até chegar no consumidor final ou na exportação.

Uma das maneiras de medirmos a relevância de um setor econômico dentro do país é entender o quanto ele impacta o Produto Interno Bruto. O PIB do agronegócio atingiu aproximadamente a marca de R$2 trilhões em 2020 (Cepea Esalq/Usp), em comparação com R$7,45 trilhões (IBGE) do PIB brasileiro inteiro no mesmo período, ou seja, o agronegócio representa mais de 25% de toda a economia. 

Outro ponto que podemos avaliar é o crescimento desse segmento: na última década nossa economia cresceu em média 0,3% ao ano, já o setor do agronegócio teve crescimento de aproximadamente 2,4% ao ano. 

Já observamos que o agronegócio é bastante importante para o Brasil, mas quão relevante esses números são quando o assunto é global?

 O agronegócio brasileiro é um dos principais nomes do segmento. Segundo o estudo: “O agro no Brasil e no Mundo: uma síntese do período de 2000 – 2020” realizado pela Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas (Sire), o Brasil é no mundo:

– Maior produtor e exportador de soja;

– Possui o maior rebanho bovino;

– Maior produtor de café;

– Maior produtor de açúcar;

– Maior produtor de suco de laranja.

Mas dado que se trata de um segmento secular, será que ainda há perspectivas de crescimento? 

A grande tese está no crescimento populacional e renda da população. O racional é simples: quanto maior o número de pessoas e quanto mais dinheiro elas possuem, mais elas comem. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas) a população mundial pode chegar a 9,7 bilhões de pessoas em 2050. Alimentar quase 10 bilhões de pessoas será um desafio para o setor e para suprir esta necessidade será necessário investimento. 

Agora que já tivemos um resumo sobre o segmento e seu crescimento, a pergunta é: Como fazer parte dele? Como obter recursos para aproveitar esse grande diferencial competitivo que o Brasil possui? Como financiar essa tecnologia necessária para aumento de produtividade?

Se você quer se tornar um investidor desse segmento tão importante no Brasil e com projeção de crescimento no mundo, saiba que não é preciso calçar as botas, tampouco ter hectares de terra fértil. Se você já é um produtor, empresário ou colaborador de uma empresa do agrobusiness, saiba que existem outras maneiras de obter ganhos investindo nesse setor: o mercado de capitais. 

Uma maneira usual de acessar investimentos nesse segmento seria comprando ações de empresas do setor, hoje na B3 já é possível se tornar sócio de grandes companhias do agro e de diferentes setores. 

Ao invés de se tornar sócio das companhias, é possível obter ganhos no segmento de outra forma: emprestar dinheiro para as empresas. É possível fazer isso hoje através dos CRAs (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) e das Debêntures Verdes, ambos ativos contam com isenção de imposto de renda para pessoa física.

Os FiAgro, lançados em 2020, são mais uma maneira de investir no segmento. Este ativo financeiro nada mais é do que um fundo de investimento, ou seja, uma forma condominial e profissional de se investir, mas que o destino do recurso captado esteja inserido nas cadeias produtivas da agropecuária, podendo ser de natureza imobiliária rural ou produtiva.

Estes fundos podem investir em uma ampla variedade de ativos, como: direitos creditórios, imóveis, valores mobiliários, ações ou cotas de sociedades, sempre no contexto das atividades integrantes da cadeia produtiva agroindustrial.  

Com isso temos mais 3 categorias de fundos de investimento, todas do agronegócio e com base em veículos já existentes:

1. Direitos Creditórios: FIAgro baseado nos FIDC;

2. Imobiliários: FIAgro com dividendos isentos de IR para pessoa física baseado nos Fundos de Investimentos Imobiliários (FII);

3. Participações: FIAgro baseado nos Fundos de Investimentos em Participações (FIP).

Agora você já sabe que o agronegócio é bastante importante no Brasil e no mundo, está em crescimento e tem motivos para continuar avançando. O que não falta são ativos financeiros baseados neste segmento para rentabilizar a sua carteira, alguns até com isenção de imposto. O próximo passo é, junto ao seu assessor de investimentos, encontrar o ativo que mais se adequa ao seu perfil de risco e horizonte de tempo.

Descomplica

Postagens relacionadas
ArtigosCuriosidadesDescomplicaEducação Financeira

4 erros de investir na previdência em dezembro

2 Minutos de leitura
Maravilha, tudo bem? Possivelmente você já saiba que a previdência privada do tipo PGBL é o único investimento que oferece um benefício…
DescomplicaEducação Financeira

Não consegui finalizar a declaração! O que fazer?

1 Minutos de leitura
O nosso colunista Rondinelli Borges, Auditor Fiscal da Receita Estadual, pós-graduado em Direito Tributário e em Finanças e Investimentos, gravou um treinamento…
DescomplicaEducação Financeira

Posso declarar CURSOS como despesas com educação?

1 Minutos de leitura
O nosso colunista Rondinelli Borges, Auditor Fiscal da Receita Estadual, pós-graduado em Direito Tributário e em Finanças e Investimentos, gravou um treinamento…