Reinvestir seus dividendos pode ser uma ação muito eficaz para aumentar sua rentabilidade e ampliar o seu patrimônio. Além de você ganhar com a valorização do ativo, ainda receberá cada vez mais dividendos à medida que vai adquirindo novas cotas.
No curto prazo, essa diferença pode até não parecer muito significativa, mas, com o passar do tempo, o reinvestimento dos proventos pode trazer retornos expressivos, graças à disciplina dos investidores que mantiveram o hábito de reaplicar seus rendimentos, focando na acumulação de seu capital no longo prazo.
Para ficar mais claro, tente pensar no seguinte exemplo: existem dois investidores, um que adquiriu 200 cotas de HGLG11 e que reinveste seus dividendos mensalmente para aumentar sua posição nesse Fundo Imobiliário e outro que comprou o mesmo número de cotas do ativo, mas que opta por sacar esses rendimentos.
Vamos supor que esses dois investidores tenham feito a compra desse FII na mesma data: 14/12/2016, ao preço de R$ 110,40. Logo no mês seguinte, ambos receberam R$ 174,00 como resultado do lucro distribuído pela gestora do fundo (R$ 0,87 por cota). O primeiro cotista, com o objetivo de receber ainda mais dividendos no próximo mês, resolve reaplicá-los e adquire mais uma cota de HGLG11. Já o outro investidor opta por realizar o resgate do dinheiro. No mês seguinte, o primeiro investidor receberá um dividendo total maior do que o segundo, já que agora possui 201 cotas, e resolve comprar mais uma cota do FII, enquanto o segundo novamente não o reinveste.
Resultado: em 14/12/2021, passados exatos 5 anos, o primeiro investidor, que reinvestiu todos os dividendos recebidos, poderia ter um total de até 283 cotas e um retorno acumulado de 105,09%, considerando os proventos recebidos e a valorização das cotas. Por outro lado, o outro cotista, que manteve as suas 200 cotas iniciais, teria um retorno de 44,71%, uma diferença de 60,38%, ou seja, deixou de ganhar em média 12,07% a mais por ano caso tivesse reinvestido seus dividendos. Esse investidor estaria obtendo um retorno praticamente igual ao do IFIX, principal índice do mercado de Fundos Imobiliários, que apresentou uma rentabilidade acumulada de 43,40% no mesmo período. Além disso, esse recurso poderia ser utilizado pelo investidor para subscrever novas cotas em uma eventual emissão do fundo, que em muitos casos costumam ser ofertadas com deságio em relação ao preço de mercado.
Importante ressaltar que o investidor não precisa necessariamente aplicar essa renda mensal em cotas do mesmo fundo: a ideia aqui é apenas a possibilidade de multiplicar seus ganhos ao reinvesti-los. É claro que em um determinado momento o cotista precisará usufruir desses rendimentos, mas tudo vai depender das estratégias que ele resolverá adotar. Como vimos, quanto mais você reaplicar seu dinheiro em ativos pagadores de dividendos, maiores tendem a ser os seus ganhos futuros. Portanto, esta fase de acumulação é essencial para que o investidor, no momento em que decidir realizar esses resgates, possa ter seu poder de compra elevado lá na frente.
