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Investimentos Alternativos

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Você já ouviu falar de investimentos alternativos?

Estamos no começo de uma popularização de investimentos que até pouco tempo eram exclusivamente para investidores institucionais e profissionais e com aplicações iniciais milionárias. Além disso, são investimentos, que diferente dos tradicionais, não são listados em bolsa, balcão ou regidos por uma regulação consolidada. Apresentando mais flexibilidade e possivelmente um risco maior. E por isso, eles estão sendo chamados de investimentos alternativos.

A maior vantagem desses ativos é a diversificação de portfólio, por conta de não seguir o mercado padrão você consegue ser sócio ou emprestar dinheiro para empresas não listadas, em fase inicial de crescimento e desenvolvimento, empresas que nem todo investidor tem acesso ou sabe que pode ter acesso. Além disso, por estar investindo nessas empresas em um estágio inicial, os ganhos potenciais, em geral, são maiores do que comprando ações já listadas em bolsa ou títulos de empresas já consolidadas, ou seja, mais um ponto positivo para essa estratégia de investimento. 

Atualmente você consegue ter acesso a aos alternativos sendo investidores qualificados (investidor com mais de R$1 milhão em aplicações financeiras e que ateste essa condição por escrito) com aplicação inicial de R$25.000,00. 

Mas você deve estar se perguntando: quais os pontos de alerta para essa classe de ativos? 

Por se tratar de investimentos com maior nível de complexidade, o acompanhamento da performance desses investimentos é menos dinâmico. Quando você tem ações de uma empresa, o preço dessa ação está sendo atualizado a todo momento no horário de funcionamento da bolsa. Já a ação de uma empresa não listada precisa passar por um processo de auditoria e precificação que pode levar dias ou até meses. E por isso, a atualização do desempenho do seu investimento alternativo segue esse mesmo padrão. 

Outro ponto é a questão da liquidez, como mencionado anteriormente, nem todos os investidores têm acesso a essa classe, e com menos investidores, menor o número de compradores e vendedores, ou seja, menor a liquidez dos ativos. O ideal é investir em alternativos pensando em um longo prazo, cinco, dez anos ou mais. A necessidade de uma venda antecipada pode ocasionar em prejuízo ao detentor do ativo, mesmo em momentos favoráveis à estratégia, por conta da falta de liquidez desse mercado. 

Agora vamos falar de alguns exemplos de investimentos alternativos. 

Fundos Private Equity: 

Os Private Equity são fundos que investem em ações de empresas de capital fechado, ou seja, não listadas em bolsa de valores. O objetivo dessa estratégia é investir na fase inicial dessas empresas e assim que ela se desenvolver vender as ações capturando o lucro da valorização da empresa. Como o risco de investimento em uma fase inicial é maior do que o risco de uma empresa já maturada, a expectativa de retorno, também, é maior. 

Outro ponto importante dessa estratégia é a participação ativa por parte da gestora nas decisões de direcionamento da empresa, participando de conselhos e acompanhando o dia a dia da empresa. Os fundos podem investir em empresas em diferentes estágios de consolidação, uma classificação bastante utilizada para esses estágios é a divisão entre Seed Capital, Venture Capital e Private Equity. 

Seed Capital é o investimento no primeiro estágio da empresa, onde a ideia ainda nem saiu do papel. Consequentemente é o estágio mais arriscado de investimento, pois é o momento de colocar a teoria em prática e descobrir o que funciona e o que precisa ser repensado. 

Venture Capital é o investimento quando a empresa já existe, não está mais apenas na teoria, mas ainda está em um estágio inicial e são chamadas de start-ups. E esse investimento, também, apresenta um alto risco, pois a ideia é que essas empresas crescem rapidamente, o que trás novos e grandes desafios para a empresa e para o investidor. 

Por fim, o Private Equity, um investimento em uma fase mais consolidada na empresa, geralmente com objetivo de escalonamento e expansão dela.

 Fundos de Special Situations:

São fundos que buscam empresas em situações específicas e geralmente investem através de estruturas de crédito. Essas situações podem ser necessidade de um aporte rápido, empresas em recuperação judicial, aporte para a empresa fazer abertura de capital na bolsa (IPO), empresas com dificuldades financeiras ou operacionais (distressed). 

Fundos de infraestrutura e Real Estate 

São fundos que investem no setor de infraestrutura e imobiliário em diversos estágios da operação, isso significa que pode haver um grande risco de execução da obra. É comum o fundo focar na área residencial ou comercial, criando uma expertise em uma das áreas.

Agora que você conhece um pouco mais sobre essa nova classe de ativos, acompanhe as oportunidades junto com seu assessor. Os setores de investimentos e estratégias são diversas e pode ser que alguma seja interessante para sua carteira e perfil de investidor. 

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