No primeiro dia de paralisação nacional de servidores públicos, dois atos devem acontecer em Brasília.
O governo federal deve recompor menos da metade dos gastos subestimados do Orçamento recomendados pela equipe econômica.
Acompanhe os destaques desta terça-feira (18).
PARALISAÇÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS DEVE TER A PARTICIPAÇÃO DE MAIS DE 19 CATEGORIAS
Começa hoje uma paralisação nacional de servidores públicos que protestam por melhores condições de salários. Mais de 19 categorias devem fazer parte do protesto nacional, que é promovido pelo Fórum Nacional de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate).
Reajustes nos salários era uma promessa de campanha do governo de Jair Bolsonaro, mas a situação ficou ainda mais tens quando o Orçamento para 2022 contava apenas com R$ 1,7 bilhão destinados ao reajuste na Polícia Federal (PF).
“Desde a reposição que atingiu a maior parte dos servidores, em 2017, até aqui, nós já perdemos 27% do poder aquisitivo dos salários. É isso o que cobramos do governo: manutenção do poder aquisitivo. Não falamos de aumento real, mas de reposição das perdas inflacionárias”, disse Rudinei Marques, presidente do Fonatec.
Dois atos devem acontecer em Brasília hoje. Um está marcado para às 10h na frente do Banco Central (BC), enquanto outro ato deve acontecer na frente do prédio do Ministério da Economia às 14h.
Algumas categorias já realizam atos desde dezembro do ano passado. É o caso da Receita Federal, que promoveu paralisações e a entrega de cargos. A situação gerou grandes filas de caminhões nos principais portos do país. Servidores do Banco Central (BC) também já promoveram atos de debandada de cargos no início deste mês.
Na semana passada, o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifico) chegou a participar de uma reunião com o ministro Paulo Guedes para tentar resolver a situação, mas nenhum acordo foi fechado.
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GOVERNO DEVE RECOMPOR MENOS DA METADE DAS DESPESAS SUBESTIMADAS DO ORÇAMENTO
O governo federal deve recompor menos da metade das despesas subestimadas do Orçamento que foram enviadas pela equipe econômica ao Planalto.
Dos R$ 9 bilhões, são apenas R$ 3,8 bilhões, sendo que R$ 3 bilhões são para gasto de pessoal e R$ 800 milhões para o fundo de financiamento de campanhas (FEFC).
Foto: Agência Brasil / Reprodução