O presidente Jair Bolsonaro disse que as eleições presidenciais são o principal motivo para a falta de avanço de reformas importantes que tramitam no Congresso Nacional.
Por conta do avanço da Ômicron, mais de 500 voos já foram cancelados nos principais aeroportos do país.
Confira os destaques desta terça-feira (11).
BOLSONARO DIZ QUE REFORMAS NÃO DEVEM AVANÇAR EM 2022 POR CONTA DAS ELEIÇÕES
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (10) que algumas reformas que tramitam no Congresso Nacional não devem avançar durante o ano de 2022 por conta das eleições presidenciais.
“A gente gostaria que a reforma administrativa avançasse, por exemplo, mas eu tenho sete mandatos de deputado federal e nesses anos onde existem as eleições para presidente, para senadores, para deputados também são anos difíceis, não tem negociação”, disse ele em entrevista à Jovem Pan.
A reforma administrativa, por exemplo, foi enviada ao Congresso no segundo semestre de 2020 e aprovada em comissão parlamentar especial. A proposta, porém, ainda não foi ao plenário.
Outras propostas que devem demorar para terem conclusão é a reforma no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária ampla, embora a PEC tenha apoio do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
“O parlamentar no final das contas ele vê aonde é que ele vai pagar um preço com aquele voto, contrário ou favorável a tal proposta. Então, muito difícil que qualquer proposta siga dentro do parlamento que possa despertar qualquer sentimento outro junto ao eleitorado brasileiro”, complementou Bolsonaro.
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AVANÇO DA ÔMICRON PROVOCA CANCELAMENTO DE VÔOS
O avanço da Ômicron no país e os surtos de influenza já prejudicam os aeroportos nas principais capitais do Brasil. As companhias aéreas Latam e Azul já chegaram a cancelar 1% dos voos previstos para o mês após funcionários testarem positivo para COVID-19.
Os dados oficiais do avanço da nova variante no país estão subnotificados por conta da paralisação nos sistemas do Ministério da Saúde desde a invasão nos sistemas do ministério em dezembro.
Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a Azul registrou um aumento de 405% nos pedidos de afastamento por motivos médicos comparado com o mesmo período no ano passado.
Além de mais de 500 voos cancelados em todo o país, o avanço da Ômicron também já causa lotação em postos de saúde nas principais capitais do país, além de prejudicar o funcionamento de setores de turismo, como restaurantes.
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