Destaques do dia

Câmara adia a votação da PEC dos Precatórios mais uma vez, Brasil possui o maior juro real do mundo após alta da Selic; e mais

4 Minutos de leitura

A Câmara dos Deputados adiou ontem (27) a votação da PEC dos precatórios, que é importante para que o governo consiga viabilizar seu programa social. 

Com o aumento da Selic de ontem (27), o Brasil passa a ter os maiores juros reais do mundo. Confira o ranking abaixo. 

Na agenda, o destaque do dia para o Brasil fica para a publicação da inflação do aluguel. No mercado internacional, atenção total para a definição da taxa de juros da Zona do Euro. 

Nos mercados, reações aos dados da madrugada e a taxa de juros da Zona do Euro marcam o dia. 

Esses e outros destaques você confere agora. 

CÂMARA ADIA VOTAÇÃO DA PEC DOS PRECATÓRIOS 

Por conta do baixo quórum e risco da proposta falhar no plenário, a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios foi adiada mais uma vez na Câmara dos Deputados. 

Segundo membros do governo, a votação deve acontecer no dia 3 de novembro. Negociações com lideranças da oposição também devem acontecer nesse meio tempo. 

A PEC dos precatórios é essencial para que o governo consiga viabilizar a criação do Auxílio Brasil, programa assistencial que marca a reformulação do Bolsa Família. O programa deve pagar R$ 400 para cada beneficiado, mais que o dobro do que é pago hoje (R$ 192). 

A PEC deve criar um espaço fiscal de R$ 83 bilhões para o governo gastar com o Auxílio Brasil, mas sofre críticas por furar o teto de gastos, dispositivo que entrou em vigor em 2017 para controlar os gastos do governo. 

As alterações recentes na proposta acontecem por conta do atraso da votação da reforma do Imposto de Renda (IR) no Senado. Sob relatoria do senador Angelo Coronel (PSD-BA), a proposta deve passar por inúmeras mudanças e estudos antes de ir ao plenário. 

Como o governo tem pressa, a PEC que trata do pagamento limitado dos precatórios do ano que vem foi alterada para abrir mais espaço fiscal. 

BRASIL TEM O MAIOR JURO REAL DO MUNDO APÓS ALTA DA SELIC 

Com o aumento da meta Selic, a taxa básica de juros do Brasil, pelo Comitê de Política Monetária (Copom), o Brasil passa a ter o maior juro real (juros nominais menos a inflação projetada para os próximos 12 meses) do mundo. 

Os dados são da Infinity Asset Management, que afirma que com o aumento da Selic de ontem (27), que está em 7,75% a.a., o Brasil passa a Rússia no ranking global de juros reais. 

Confira o ranking

  • Brasil: 5,96% 
  • Rússia: 4,77% 
  • Turquia: 3,46% 
  • Colômbia: 2,78% 
  • México: 2,08% 
  • Indonésia: 0,56% 
  • Chile: 0,46% 
  • República Checa: 0,47% 
  • China: 0,20% 
  • Malásia: 0,17% 

Saiba mais

Copom eleva Selic para 7,75% ao ano


AGENDA 

No Brasil, o destaque do dia fica para a publicação do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) de outubro, que é conhecido como a inflação do aluguel medida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). 

Pela madrugada, aconteceu a divulgação do relatório de projeções do Banco do Japão (BoJ). A entidade manteve a política monetária do país, mas cortou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país de 3,8% para 3,4%. 

Na Alemanha, a taxa de desemprego de outubro ficou em 5,4%, 0,1 pontos percentuais a menos que o mês anterior. 

Na Zona do Euro, o índice de confiança do consumidor fechou outubro registrando -4,8 pontos, resultado pior que o esperado (-4,0 pontos) e representando uma deterioração do índice comparado com os dados do mês passado (-4,0 pontos). 

Às 9h, sai a declaração de política monetária decidida pelo Banco Central Europeu (BCE) para a Zona do Euro. 

Às 9h30 na Zona do Euro, acontece uma coletiva de imprensa com membros do Banco Central Europeu (BCE)

Às 9h30 nos Estados Unidos, saem dados dos pedidos iniciais por seguro-desemprego

No Japão, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) núcleo referente ao mês de outubro é publicado às 20h30. 

Ainda no Japão, a taxa de desemprego é publicada às 20h50. 

BOLSAS E CÂMBIO 

No aguardo pela decisão da taxa de juros na Zona do Euro, os índices europeus iniciam a manhã desta quinta-feira (28) registrando resultados mistos. Os índices também reagem aos dados publicados da confiança do consumidor, que ficou abaixo do esperado em outubro. 

O risco de um aumento nas taxas de juros é sentido no mundo todo, em especial nas grandes economias. Nos Estados Unidos, as pressões inflacionárias acima do esperado já causam uma cautela nas bolsas. 

Às 8h da manhã: 

  • STOXX 600 (STOXX): +0,09%, indo a 474,51 pontos 
  • DAX (GDAXI): -0,14%, indo a 15.684,20 pontos 
  • FTSE 100 (FTSE): -0,27%, indo a 7.234,01 pontos 
  • CAC 40 (FCHI): +0,54%, indo a 6.789,92 pontos 
  • IBEX 35 (IBEX): +0,24%, indo a 8.993,50 pontos 
  • FTSE MIB (FTMIB): +0,44%, indo a 26.923,00 pontos 

Em uma direção mais cautelosa que o mercado europeu, os índices asiáticos registram resultados negativos nesta quinta-feira (28). 

Os índices acompanham os resultados de Wall Street de ontem (27), que foram influenciados principalmente pelo medo dos investidores quanto a um possivel aumento nas taxas de juros. 

  • Hang Seng (HK50): -0,28%, indo a 25.555,73 pontos 
  • KOSPI (KS11): -0,53%, indo a 3.009,55 pontos 
  • Shanghai Composto (SSEC): -1,23%, indo a 3.518,42 pontos 
  • Nikkei 225 (N225): -0,96%, indo a 28.820,09 pontos 
  • Taiwan Capitalization Weighted Stock Index (TAIEX): -0,19%, indo a 17.041,63 pontos 
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -0,69%, indo a 4.864,14 pontos  

Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados positivos: 

  • Nasdaq 100 Futuros: +0,61%, indo a 15.693,60 pontos 
  • Dow Jones Futuros: +0,26%, indo a 35.584,50 pontos 
  • S&P 500 Futuros: +0,36%, indo a 4.568,10 pontos 

Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quinta-feira (28): 

  • Às 9h03, o Dólar caiu -0,01%, a R$ 5,57 
  • Às 9h03, o Euro caiu -0,12%, a R$ 6,46 

Foto: Agência Brasil / Reprodução

Juan Tasso - Smart Money

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