As principais praças do mercado internacional amanheceram em alta nesta quarta-feira (15). Os investidores monitoram hoje a divulgação da nova taxa de juros nos Estados Unidos e o discurso de Jerome Powell, presidente do BC americano, após o anúncio.
E a ‘super quarta’ ganhou mais um componente que pode mudar os rumos da economia global: O Banco Central Europeu (BCE) faz hoje uma reunião de emergência para discutir a situação econômica da zona do euro. Na Ásia, números bons em indicadores chineses impulsionaram algumas praças do continente.
Confira agora os destaques do mercado financeiro nesta quarta-feira.
AGENDA
No Brasil, foi divulgado às 8h (horário de Brasília) o IGP-10 para junho, com alta de 0,7% no período. A expectativa do mercado era de alta de 0,6%.
A partir das 18h30, o Banco Central divulga o novo valor da taxa Selic. O mercado projeta que o Comitê de Política Monetária (Copom) eleve a taxa básica de juros para 13,25% ao ano.
Nos Estados Unidos, às 9h30 são divulgados os dados de venda no varejo em maio no país. As expectativas são de alta de 0,2% na comparação com o mês de abril.
Às 11h30, a Administração de Informação Energética (EIA, na sigla em inglês), divulga os dados sobre os estoques de petróleo no país.
O Federal Reserve, banco central norte-americano, divulga às 15h30 o novo valor dos juros básicos no país. A expectativa do mercado é que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) eleve os juros em 0,75 p.p. hoje, aumento inicialmente descartado pelo Fed em maio.
Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) realiza hoje uma reunião de emergência para discutir a recente instabilidade do mercado financeiro. A presidente da instituição, Christine Lagarde, tem discurso marcado para as 13h20.
MERCADOS
Na Ásia, as bolsas do continente fecharam sem direção única nesta quarta-feira. De um lado, as bolsas chinesas foram impulsionadas pelos bons indicadores econômicos divulgados ontem, enquanto as demais praças do continente continuam sofrendo com o clima de incertezas no mercado internacional.
A produção industrial na China surpreendeu o mercado, registrando alta de 0,7% em maio na comparação com o mesmo período no ano passado, bem acima da queda de 2,9% projetada. As vendas no varejo também vieram acima do projetado, caindo 6,7% – um pequeno alívio comparado à queda de 7,1% projetada por analistas.
Confira agora os números do mercado asiático:
- Hang Seng (HK50): +1,14% (21.308,21)
- KOSPI (KS11): -1,83% (2.447,38)
- Shanghai Composto (SSEC): +0,50% (3.305,41)
- Nikkei 225 (N225): -1,14% (26.326,16)
- Taiex (TWII): -0,30% (15.999,25)
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +1,32% (4.278,22)
Na Europa, os mercados iniciaram o dia com viés de recuperação após quedas consecutivas. A reunião de emergência do BCE deixa os investidores da região atentos em um dia em que um aperto monetário mais agressivo por parte do Fed pode causar uma ‘fuga’ na renda fixa europeia.
Com os títulos europeus em baixa, as bolsas do Velho Continente operam em alta às 8h42:
- STOXX 600 (STOXX): +1,22% (412,30)
- DAX (GDAXI): +1,23% (13.468,06)
- FTSE 100 (FTSE): +1,29% (7.280,40)
- CAC 40 (FCHI): +1,09% (6.014,69)
- FTSE MIB (FTMIB): +2,92% (22.487,00)
- IBEX 35 (IBEX): +1,51% (8.188,50)
Em Wall Street, os índices futuros de Nova York também amanheceram com viés positivo. O mercado já digere com antecedência a possibilidade de um aumento de 0,75 ponto percentual, movimento que vem na esteira de dados fortes no payroll e uma inflação bastante acima do esperado pelo mercado. Antes ‘barrado’, um aumento de 0,75 p.p. pode ser uma necessidade para o Fed agora.
Às 8h47, os mercados futuros de Wall Street operavam em alta:
- Dow Jones Futuros: +0,59% (30.543,50)
- S&P 500 Futuros: +0,76% (3.763,80)
- Nasdaq 100 Futuros: +0,97% (11.421,10)