Na véspera da ‘super quarta’, os mercados acionários amanheceram mistos nesta terça-feira. Hoje, os investidores acompanham atentamente a divulgação de indicadores econômicos no Brasil e no exterior.
A ansiedade também está presente entre os investidores. O anúncio das taxas de juros no Brasil e Estados Unidos amanhã (15) deixa o mercado acionário com maior aversão ao risco, enquanto a Covid-19 volta a preocupar na China.
Confira agora os destaques do mercado nesta terça-feira.
AGENDA
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga às 9h (horário de Brasília) os dados de crescimento do setor de serviços referentes a abril deste ano. A expectativa é de uma alta de 0,4% na comparação mensal e 10,4% na base anual.
Aqui e nos EUA, começam hoje as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC). As decisões de política monetária serão divulgadas amanhã, com o mercado projetando alta de 0,5 ponto percentual nos juros em ambos os países.
Nos Estados Unidos, é divulgado às 9h30 o Índice de Preços ao Produtor (IPP), inflação ao produtor, para maio. O mercado projeta alta de 0,8% no período, número que levaria o acumulado nos últimos 12 meses para 10,9%.
À noite, serão divulgados na China dois importantes indicadores: a produção industrial e as vendas no varejo para maio, com expectativa do mercado de quedas de 0,7% e 7,1%, respectivamente, no período. Os números são publicados às 23h.
MERCADOS
Na Ásia, as principais bolsas do continente fecharam sem sinal único nesta terça-feira. O mercado no continente segue atento principalmente ao que acontece nas maiores economias do mundo, Estados Unidos e China.
De um lado, a inflação persistente nos EUA continua incomodando e a iminente aceleração do aperto monetário pelo Fed faz com que uma grande aversão ao risco se crie no mercado internacional. Em Tóquio, o dia hoje foi de queda generalizada nas ações do índice Nikkei 225.
Já na China, investidores seguem alertas aos surtos de Covid-19 no país. Menos de um mês após o início do relaxamento das medidas de isolamento para conter o avanço do vírus no país, algumas regiões da potência asiática já retomam medidas de distanciamento social mais rígidas. Mesmo com esses fatores no radar, o dia foi positivo para as bolsas chinesas hoje, onde as mesmas foram sustentadas pelo bom desempenho das montadoras e do setor de energia.
Confira abaixo os números do mercado asiático:
- Hang Seng (HK50): +0,00% (21.067,99)
- KOSPI (KS11): -0,46% (2.492,97)
- Shanghai Composto (SSEC): +1,02% (3.288,91)
- Nikkei 225 (N225): -1,32% (26.629,86)
- Taiex (TWII): -0,15% (16.047,37)
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,79% (4.222,31)
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A política monetária continua como principal fator de pressão contra os índices europeus. Na região, investidores temem que os bancos centrais das principais economias do mundo comecem a subir os juros acima do esperado em uma tentativa de acompanhar a curva da inflação, que se mostra persistente ao redor do mundo.
Às 8h43, os principais índices do Velho Continente operavam em queda:
- STOXX 600 (STOXX): -1,18% (407,66)
- DAX (GDAXI): -0,81% (13.316,68)
- FTSE 100 (FTSE): -0,78% (7.149,35)
- CAC 40 (FCHI): -1,16% (5.952,36)
- FTSE MIB (FTMIB): -0,91% (21.718,00)
- IBEX 35 (IBEX): -0,83% (8.115,25)
Nos Estados Unidos, os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram em alta nesta terça. O mercado de Wall Street ensaia um dia alta após consecutivos pregões de forte alta, que levaram o S&P 500 para um bear market nesta segunda-feira (13).
Assim como no restante do mundo, o investidor nos EUA se mantém atento às sinalizações vindas do Federal Reserve sobre a decisão de juros que ocorre amanhã. Apesar de Jerome Powell, presidente do BC americano, ter ‘barrado’ uma alta superior a 0,50 p.p. nos juros da maior economia do mundo, o mercado não descarta que o FOMC pode surpreender e anunciar uma elevação de 0,75 p.p. nesta quarta.
Às 8h48, os mercados futuros dos EUA apresentavam alta:
- Dow Jones Futuros: +0,17% (30.569,60)
- S&P 500 Futuros: +0,27% (3.759,70)
- Nasdaq 100 Futuros: +0,56% (11.352,00)