Na agenda, destaque total para a decisão das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos.
Nos índices, um tom mais positivo e apreensões quanto ao conflito na Ucrânia.
Confira os destaques do mercado nesta quarta-feira (16).
AGENDA
No Brasil, o grande destaque do dia fica para a decisão da manutenção, ou reajuste, da meta Selic, a taxa básica de juros brasileira. A decisão é publicada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) a partir das 18h, com expectativa de alta dos atuais 10,75% a.a. para 11,75 p.p.
Um pouco mais cedo, o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) foi publicado pela FGV. O índice subiu 1,2% em março na variação mensal, um pouco menor que o esperado pelo mercado.
Às 9h, é divulgado pelo IBGE o crescimento do setor de serviços referente ao mês de janeiro.
Nos Estados Unidos, às 8h, foi divulgado o índice MBA, do mercado imobiliário do país.
Às 9h30 nos EUA, os dados de crescimento do setor de varejo referentes a fevereiro são divulgados.
Fique atento: às 15h, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve (Fed) publica sua declaração de política monetária. É esperado que os EUA aumentem suas taxas de juros, que atualmente estão em baixa recorde, na mesma medida em que o tapering retira os estímulos criados durante a pandemia.
Na China, às 10h, os dados de crescimento do setor de varejo referente a fevereiro são divulgados.
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MERCADOS
Na expectativa pela decisão do FOMC, os índices europeus registram resultados positivos nesta quarta-feira (16).
É esperado que o Fed dos EUA aumente as taxas de juros do país, que atualmente estão em baixa recorde. A medida acontece ao mesmo tempo em que o tapering elimina os estímulos fiscais criados durante a pandemia de COVID-19.
Segundo o Fed, a decisão também faz jus aos dados do setor trabalhista do país, que, segundo a entidade monetária, já se recuperaram quase que integralmente do baque da pandemia.
Caso o reajuste esperado pelo mercado se confirme hoje, será o primeiro aumento nos juros desde 2018.
Na Rússia, cresce a suspeita de que o país dará seu primeiro calote na dívida externa desde 1917. Com recursos de reservas bloqueados graças ao pacote de sanções aplicados pelos EUA e Europa, o pagamento de US$ 117 milhões em juros sobre títulos em Dólar, que vence hoje, poderá não ser pago.
A Rússia se prepara para manobras de sanções desde a indexação da Criméia, na Ucrânia, em 2015. Desde lá, o país acumulou mais de US$ 600 bilhões em moedas externas, além de diversificar este valor para Euro e Yen, por exemplo. Deste valor total, cerca de US$ 300 bilhões estão bloqueados.
Com uma economia colapsando, a inflação do país acelerou. Nem mesmo a lei aprovada por Putin que proíbe pagamentos em moedas que não seja o Rublo adiantou contra uma possível recessão.
Enquanto isso, delegações da Ucrânia e Rússia se encontram novamente nesta quarta para tratar de possíveis caminhos para o fim da guerra, que já passa de 20 dias.
Ontem (15), o encontro diplomático foi interrompido devido a um processo “muito difícil e viscoso”, segundo o negociador da Ucrânia Mykhailo Podolyak:
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +2,67%, indo a 446,73 pontos
- DAX (GDAXI): +3,18%, indo a 14.360,53 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +1,23%, indo a 7.264,17 pontos
- CAC 40 (FCHI): +3,45%, indo a 6.574,25 pontos
- IBEX 35 (IBEX): +2,09%, indo a 8.408,50 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +3,21%, indo a 24.255,00 pontos
Acompanhando o mercado europeu, os índices asiáticos registram resultados positivos nesta quarta-feira (16).
Em Hong Kong, a bolsa se recupera após o governo da China dizer que suportará a economia, que foi duramente prejudicada após o confinamento forçado da cidade vizinha Shenzhen.
- Hang Seng (HK50): +9,08%, indo a 20.087,50 pontos
- KOSPI (KS11): +1,44%, indo a 2.659,23 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +3,48%, indo a 3.170,71 pontos
- Nikkei 225 (N225): +1,64%, indo a 25.762,01 pontos
- Taiwan Capitalization Weighted Stock Index (TAIEX): +0,09%, indo a 16.940,83 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +4,32%, indo a 4.156,08 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados negativos:
- Nasdaq 100 Futuros: +1,57%, indo a 13.670,30 pontos
- Dow Jones Futuros: +0,96%, indo a 33.865,00 pontos
- S&P 500 Futuros: +1,12%, indo a 4.310,00 pontos
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