Destaques do dia

Reforma ministerial provoca cabo de guerra entre Guedes e centrão, mudanças adicionais na Reforma Tributária; e mais

4 Minutos de leitura

A reforma ministerial provoca um cabo de guerra entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o centrão, principal beneficiado com as mudanças. O ministro teme perder boa parte da influência no Orçamento para 2022.

Guedes também confirmou que empresas indexadas em um programa governamental devem ser isentas de taxação nos lucros e dividendos. Além disso, a faixa de isenção deve ser ampliada.

Na agenda, o destaque do dia no Brasil é a publicação do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) pela FGV. Além disso, fique atento à publicação preliminar do PIB de uma das grandes potências mundiais.

Esses e outros destaques você confere agora.

MINISTÉRIO DO TRABALHO É RECRIADO COM SUGESTÕES DE GUEDES

O presidente Jair Bolsonaro oficializou em Medida Provisória (MP) a recriação do Ministério do Trabalho e Previdência, anteriormente anexado ao Ministério da Economia.

A nova pasta deve ficar sob comando de Onyx Lorenzoni. A investida preocupou a equipe da pasta econômica, que em teoria perde controle sobre pautas econômicas importantes, como previdência social.

Em tentativa de melhorar a situação, o ministro Paulo Guedes fez sugestões ao presidente Bolsonaro, e alguns pedidos foram acatados para manter um certo nível de influência na nova pasta.

Um deles é a nomeação de Bruno Bianco para a secretaria executiva do Ministério do Trabalho e Previdência. Anteriormente, Bianco era secretário especial do Trabalho de Previdência da pasta de Guedes.

Outra medida aprovada é a extinção da Secretaria Especial de Fazenda, que deu lugar à Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento.

Além de tentar manter a influência, as investidas de Guedes são de residência direta ante ao centrão, principal bloco beneficiado com a reforma ministerial. O bloco quer seu poder ampliado na criação do Orçamento para 2022, especificamente quanto à Secretaria de Orçamento Federal (SOF).

TAXAÇÃO DOS DIVIDENDOS DEVE AUMENTAR, E COMPANHIAS NO SIMPLES NACIONAL DEVE SER ISENTAS

O ministro Paulo Guedes anunciou que deve isentar a taxação de lucros e dividendos de empresas indexadas no Simples Nacional, programa governamental para micro e pequenas empresas.

A nova mudança acontece para facilitar a aprovação da segunda parte da Reforma Tributária no Congresso Nacional, mas também reforça as falas de Guedes quanto à tributação da classe média do país.

“Se precisar subir mais um pouquinho, sobe mais um pouco. Não quero mexer com dentista, médico, profissional liberal, não queremos atingir a classe média, nada disso”, disse Guedes em um evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O ministro também já dá sinalizações de que a alíquota de Imposto de Renda nos dividendos de empresas, que atualmente tem uma faixa de isenção de até R$ 20 mil por mês de acordo com a proposta enviada ao Congresso Nacional, pode ser ampliada para R$ 25 mil.


Saiba mais

Alteração na Reforma Tributária isenta FIIs e coloca o Brasil próximo da quota de um paraíso fiscal


AGENDA

No Brasil, o destaque do dia fica para a publicação do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) referente ao mês de julho. O índice é publicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Às 9h, acontece a reunião mensal do Conselho Monetário Nacional (CMN), que define diretrizes para o bom funcionamento financeiro do país.

Na Alemanha, a taxa de desemprego ficou em 5,7% em julho, ficando abaixo das expectativas e desacelerando comparado com os 5,9% do mês imediatamente anterior.

Na França, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) fechou em 1,1% em junho, uma aceleração considerável comparado com o crescimento de 0,4% do mês imediatamente anterior.

Na Itália, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) fechou em 1,4% em junho, uma leve aceleração comparado com o crescimento de 1,1% do mês imediatamente anterior.

Às 8h30, o Banco Central Europeu (ECB em inglês) publica a ata da reunião de política monetária.

Às 9h30 nos Estados Unidos, o Bureau of Economic Analysis publica os dados preliminares do Produto Interno Bruto (PIB) do país, com expectativa de crescimento de 8,5% no segundo trimestre do ano.

Às 11h nos Estados Unidos, é publicado o Índice de Vendas Imobiliárias Pendentes NAR (PHSI), importante métrica do mercado imobiliário do país.

Para finalizar o dia, às 20h30, é publicada a taxa de desemprego no Japão para o mês de junho, com expectativa de manutenção da taxa de 3% registrada no mês de maio.

BOLSAS E CÂMBIO

Com a sinalização do Fed de que o crescimento dos EUA está em uma direção saudável, as bolsas europeias iniciaram a manhã registrando altas nos seus principais índices.

Um crescimento saudável nos EUA pode significar que um possível aumento nas taxas de juros do país, que atualmente estão em baixa histórica, pode demorar um pouco mais para acontecer.

O resultado disso é uma economia quente e preparada para crescer, mas sempre prestando atenção nos efeitos inflacionários.

Às 8h da manhã:

  • STOXX 600 (STOXX): +0,38%, indo a 463,46 pontos
  • DAX (GDAXI): +0,50%, indo a 15.647,80 pontos
  • FTSE 100 (FTSE): +0,93%, indo a 7.082,05 pontos
  • CAC 40 (FCHI): +0,81%, indo a 6.663,55 pontos
  • FTSE MIB (FTMIB): +1,01%, indo a 25.515,50 pontos

O mesmo sentimento otimista nas bolsas europeias é estendido para as bolsas asiáticas, que fecharam em tom positivo nesta quinta-feira (30).

As bolsas também se recuperam de um forte sell-off do início da semana, provocado pelas intensas pressões regulatórias da China sobre suas companhias de ensino privado.

  • Hang Seng (HK50): +3,24%, indo a 26.243,62 pontos
  • KOSPI (KS11): +0,18%, indo a 3.242,65 pontos 
  • Shanghai Composto (SSEC): +1,49%, indo a 3.411,72 pontos
  • Nikkei 225 (N225): +0,73%, indo a 27.782,42 pontos
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +1,89%, indo a 4.850,27 pontos 

Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados mistos:

  • Nasdaq 100 Futuros: -0,16%, indo a 14.994,50 pontos
  • Dow Jones Futuros: +0,43%, indo a 35.082,00 pontos
  • S&P 500 Futuros: +0,18%, indo a 4.408,60 pontos

Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quinta-feira (29):

  • Às 9h05, o Dólar caiu -0,48%, a R$ 5,08
  • Às 9h05, o Euro caiu -0,22%, a R$ 6,04

Foto: Agência Brasil / Divulgação


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