No Brasil, a agenda do dia é marcada pela publicação do crescimento do setor industrial. No mercado internacional, o payroll dos EUA e inflação da Zona do Euro impactam os mercados.
Nos índices, a guerra na Ucrânia segue no radar. As ameaças da Rússia sobre o fornecimento de gás para o continente europeu também acendem um alerta vermelho.
Confira os destaques do mercado desta sexta-feira (01).
AGENDA
No Brasil, o destaque do dia fica para a divulgação do crescimento do setor industrial no mês de fevereiro. Os dados são divulgados às 9h pelo IBGE.
Às 9h30, dados da dívida líquida / PIB e balanço orçamentário são divulgados pelo Banco Central (BC).
Às 15h, a balança comercial brasileira referente ao mês de março é divulgada.
Na Zona do Euro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 2,5% em março na taxa mensal e máxima recorde de 7,5% na taxa anual. O núcleo da inflação (IPC-Núcleo) subiu 2,5% na taxa mensal e 3% na taxa anual.
Às 9h30 nos Estados Unidos, o payroll referente ao mês de março é divulgado.
No mesmo horário, a taxa de desemprego dos EUA referente ao mês de março é publicada.
Às 11h, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial dos EUA referente ao mês de maço é divulgado.
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INFLAÇÃO ALTA E CORTE DA GÁS NA EUROPA
Os economistas acompanham as reações do mercado quanto a inflação da Zona do Euro, que bateu recorde na taxa anual ficando em 7,5% em março. Uma inflação acima do esperado pode provocar mudanças na postura do Banco Central Europeu (BCE), que adota uma política monetária mais conservadora.
O setor energético é o grande pressionado no mês de março. Com a guerra na Ucrânia, o petróleo e o gás natural sofreram altas consideráveis. Na Europa, 60% da matriz energética é importada de outros países, sendo que 38% destes são de origem russa.
A semana também foi crítica para as negociações de gás natural, pois a Rússia cobrou pagamentos em rublos a partir da primeira semana de abril. O governo de Putin ameaçou cortar o fornecimento para os países que se recusarem a adaptarem o meio de pagamento.
“Se tais pagamentos não forem efetuados, vamos considerar inadimplência por parte dos compradores, com as consequências decorrentes. Ninguém nos dá nada de graça, e não vamos fazer obras de caridade. Portanto, nesse caso, os contratos atuais serão interrompidos”, diz o anúncio do presidente Vladimir Putin.
MERCADOS
Com Ucrânia e Rússia no foco dos investidores, os índices europeus registram resultados positivos nesta sexta-feira (01). Mesmo assim, o último mês marcou a queda mais acentuada das bolsas europeias e norte-americanas desde o início de 2020, marcado pelo início da pandemia.
Enquanto os economistas se preocupam com a inflação na Zona do Euro, o mercado ainda não consegue ver um fim na guerra do leste europeu que já dura mais de 30 dias.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,54%, indo a 458,33 pontos
- DAX (GDAXI): +0,42%, indo a 14.475,09 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +0,23%, indo a 7.533,00 pontos
- CAC 40 (FCHI): +0,60%, indo a 6.699,78 pontos
- IBEX 35 (IBEX): +1,00%, indo a 8.529,35 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +0,88%, indo a 25.242,00 pontos
Em uma direção distinta, os índices asiáticos fecharam de forma mista nesta sexta-feira (01).
Além da guerra na Ucrânia, a alta de casos de COVID-19 na China acende mais um alerta de possíveis novas medidas de restrição regionais, atitude que pode prejudicar ainda mais o desempenho de crescimento econômico do país.
- Hang Seng (HK50): +0,19%, indo a 22.039,55 pontos
- KOSPI (KS11): -0,65%, indo a 2.739,85 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +0,94%, indo a 3.282,72 pontos
- Nikkei 225 (N225): -0,56%, indo a 27.665,98 pontos
- Taiwan Capitalization Weighted Stock Index (TAIEX): -0,38%, indo a 17.625,59 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +1,27%, indo a 4.276,16 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados positivos:
- Nasdaq 100 Futuros: +0,63%, indo a 14.931,60 pontos
- Dow Jones Futuros: +0,60%, indo a 34.887,60 pontos
- S&P 500 Futuros: +0,58%, indo a 4.556,90 pontos