A visita de Bolsonaro à Rússia é aguardada “com impaciência”, diz um porta-voz de Putin.
Na Globo News, o presidente do BC comenta sobre as reações do mercado quanto a possibilidade de troca de poder.
Confira os destaques desta terça (15).
VISITA DE BOLSONARO À RÚSSIA É AGUARDADA “COM IMPACIÊNCIA”
O presidente Jair Bolsonaro chega hoje na capital Moscou, na Rússia. O presidente deve tratar de relações bilaterais com o presidente russo Vladimir Putin, além de tentar enviar uma mensagem de paz.
Em uma entrevista coletiva, o porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, disse que o presidente espera o brasileiro “com impaciência”. Bolsonaro chega na capital em um dos piores momentos das tensões na fronteira com a Ucrânia.
“Também se falará de esferas potenciais em que se pode ser aprofundada e ampliada a interação”, disse o porta-voz. O diálogo entre os presidentes também será uma “boa oportunidade para trocar opiniões sobre os temas mais candentes da agenda mundial, incluindo aqueles de que falamos faz bastante tempo”.
A viagem do presidente brasileiro foi amplamente criticada. Embora o Brasil faça parte do BRICS, bloco em que também participam a China, África do Sul e Índia, a visita amistosa pode ser interpretada como apoio à Moscou.
Segundo o Palácio do Planalto, porém, a mensagem não deve ser de apoio, e sim de paz.
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CAMPOS NETO ENXERGA UM MERCADO MENOS RECEOSO COM EVENTUAL VITÓRIA DE LULA
Questionado sobre uma eventual vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais deste ano, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto enxerga um mercado um pouco mais tranquilo com uma eventual passagem de poder.
“Tem vários preços que mostram o risco da passagem de um governo para outro. E mais recentemente, quando a gente olha esses preços, eles atenuaram, caíram um pouco. Significa que o mercado passou a ser menos receoso da passagem de um governo para outro”, disse ele para a Globo News.
Para ele, porém, ainda é cedo para pensar em eleições presidenciais. Ele ressaltou a autonomia da autarquia, que se prepara para as trocas de poder e reações do mercado.
Atualmente, o ex-presidente é o favorito nas pesquisas. Para o mercado, além do processo de eleições presidenciais, que geralmente é turbulento, a volta de Lula pode significar a aplicação de ações mais extremas na economia brasileira.
Foto: Agência Brasil / Reprodução